sábado, 29 de outubro de 2011

Você Já Oviu a Expressão: Evangélico Não Praticante.



Pois é. O IBGE nos informa que agora existe, de forma definitiva, uma nova designação sociológica relativa à religião que:EVANGÉLICO NÃO PRATICANTE.

Nos últimos seis anos - entre 2003 e 2009 - essa categoria saltou de 0,6% para 2,9% da população brasileira, o que representa, em números absolutos, algo próximo dos 4 milhões de pessoas.

Caso o leitor já tenha tido a oportunidade de ler a reportagem publicada na revista IstoÉ de 19 de Agosto de 2011 - Edição 2180 - que trata do tema "O Novo Retrato da Fé na Brasil", então já sabe do que se trata.

Mas creio que muitos dos leitores desse blog, especialmente aqueles que moram fora do Brasil, poderão aproveitar a leitura dessa bela reportagem que reflete, muito bem, a realidade religiosa que estamos experimentando no Brasil nos dias de hoje.

A mesma poderá ser acessada através do link a seguir:

http://www.istoe.com.br/reportagens/152980_O+NOVO+RETRATO+DA+FE+NO+BRASIL

A leitura irá mostrar que reina a confusão no reino satânico das religiões e deverá despertar em nós o desejo de nos voltarmos para a verdadeira fé cristã, uma fé que:

A. Trata do nosso relacionamento com Deus e não de práticas religiosas. Ver João 17:3 -

E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

B.. Trata do nosso relacionamento com Jesus Cristo que é capaz de suprir todas as nossas necessidades, inclusive aquelas mais profundas como: amor, alegria, paz e esperança. Ver Hebreus 12:1-5 -

1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,

2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.

4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue

5 e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado;

C. Trata do nosso relacionamento com o Espírito Santo que habita em nós e supre com todo o poder que necessitamos para vencer o pecado em nossas vidas que é nossa maior necessidade no dia à dia. Ver

Romanos 6:4 e 12-14 -

4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões;

13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.

14 Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.

D. Trata do nosso relacionamento uns com os outros dentro do Corpo de Cristo, que derrubou todas as paredes que poderiam causar qualquer tipo de separação e nos fez um com Cristo e uns com os outros. Ver

Efésios 2:14:22 -

14 Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade,

15 aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz,

16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.

17 E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe e paz também aos que estavam perto;

18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um Espírito.

19 Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus,

20 edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular;

21 no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor,

22 no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.

E. Nosso relacionamento com o mundo perdido ao qual precisamos anunciar as Boas Novas até que Jesus retorne. Ver

Mateus 28:18-20 -

18 Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.

19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20 ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.

Filipenses 3:20-21 -

20 Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

21 o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.

Como podemos ver a fé Cristã trata, exclusivamente, de RELACIONAMENTOS e não tem nada a ver com práticas, rituais e costumes humanos

Portanto, meus amados irmãos e irmãs estejam alertas e vigilantes e "Ninguém, de nenhum modo, vos engane" - 2 Tessalonicenses 2:3, pois como nos afirma o apóstolo Paulo em -

2 Coríntios 2:11 - Para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.

Procurem treinar a mente de vocês para pensarem com clareza e serem sempre cuidados
com as informações que chegam até vocês.

Em Cristo,

Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ATEÍSTAS TÊM RAIVA DE DEUS??

A Rede de Televisão CNN publicou uma reportagem discutindo a questão que trata da raiva que as pessoas sentem de Deus. Aqueles que tiverem interesse em ver a reportagem original poderão acessar a mesma no link a seguir:

http://thechart.blogs.cnn.com/2011/01/01/anger-at-god-common-even-among-atheists/

Foi o título do artigo que me chamou a atenção. O mesmo equivale em português a: “Raiva de Deus é Comum até Mesmo entre os Ateístas”. A reportagem está baseada em uma série de estudos do Jounal of Personality and Social Psychology que descobriu, através de uma pesquisa, que existem muitas pessoas que sentem raiva de Deus o tempo todo e que “ateístas e agnósticos revelaram os maiores índices de raiva contra Deus durante todas suas vidas”. Por outro lado, o estudo também revela que “as pessoas religiosas têm a tendência de entender as intenções divinas como bem intencionadas”.

Todavia, busquei em vão no material, qualquer referência que fosse que procurasse explicar o por que um ateístas sentiria raiva daquilo que ele mesmo considera um mito? Imagino que, mesmo que eles não reconheçam isso com verdade, os ateístas também são criaturas de Deus e é contra esse Deus Criador que se revela na Bíblia, mas especialmente através de Jesus Cristo, que nutrem seu ódio, agora revelado. Eles não odeiam divindades com Zeus, Osíris ou Kali, pois sabem que esses são falsos deuses e não precisam se preocupar com eles. Mas o Deus Todo Poderoso, esse sim, é o alvo central do ódio que sentem, porque no fundo de suas almas eles sabem que estão errados e em rebeldia contra o Criador que os fez e os ama.

Para mim, a pesquisa apenas confirma aquilo que a Bíblia já afirma há mais de três mil anos – ver Salmos 14:1—3 –

1 Diz o insensato no seu coração: Não há Deus. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.

2 Do céu olha o SENHOR para os filhos dos homens, para ver se há quem entenda, se há quem busque a Deus.

3 Todos se extraviaram e juntamente se corromperam; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.

Todos os seres humanos que não querem aceitar a realidade de Deus, apesar de saberem em seus corações que Ele existe e é o Criador fazem, de fato, uma clara e distinta opção de considerarem Deus como inimigo. Isso explica facilmente a ira descoberta pela pesquisa citada acima. Ora, isso confirma as palavras de Paulo que encontramos em Romanos 8:7 onde ele reconhece que o “pendor da carne é INIMIZADE CONTRA DEUS. Mas Deus não leva em consideração essa inimizade e assim age, com amor, para salvar a todos nós que não passamos de pobres pecadores – ver 3:18—21 -

18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.

19 Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus,

20 visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas;

Romanos 5:6—9

6 Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.

7 Dificilmente, alguém morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer.

8 Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.

Como reformado e pastor por mais de trinta anos, desde cedo aprendi a não confiar no homem e sim em Deus somente conforme nos instrui o profeta Jeremias ao dizer:
Jeremias 17:5—7

5 Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!

6 Porque será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.

7 Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR.

E sou eternamente grato a Deus pela salvação que ele me oferece e a qualquer outra pessoa também, inteiramente de graça através da obra consumada por Jesus sobre a Cruz no monte Calvário. Tudo o que Deus requer de nós é que reconheçamos nosso estado de rebelião e nos voltemos, com fé, completamente rendidos ao Seu amor, pois Paulo afirma em

Romanos 3:25 –

A quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos.

Por outro lado, leio no Estadão de 20 de Outubro de 2011, uma pequena nota retirada de um jornal eletrônico chamado “THE CHRISTIAN POST” – que existe também em uma edição em português – que: “A Fundação Richard Dawkins pela Ciência criou um projeto para reunir sacerdotes de todas as religiões que tenham decidido abandonar suas crenças. O Clergy Project já formou uma comunidade online com cerca de cem ex-padres, pastores e rabinos”1. É lógico que isso não prova absolutamente nada. Equivale a dizer que na última cruzada de algum pastor qualquer, 100 pessoas vieram à frente para aceitar a Jesus. Nos dois casos não existe nenhuma prova que se trata de pessoas que, de fato, aceitaram Jesus como Senhor e Salvador nem que aqueles que abandonaram a fé cristã, alguma vez, de fato, mantiveram qualquer relacionamento real com Deus, o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo como afirmado em João 17:3:

E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo, a quem enviaste.

Que Deus abençoe todos e possa ajudar alguns a se arrependerem de suas vidas de rebeldia e se voltarem para o Deus que enviou Seu único filho para a nossa salvação:

João 3:16 –

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.


Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.

Notas:

1. O Estado de São Paulo. Caderno A pag. 18 Internacional. 20 de Outubro de 2011, São Paulo, SP.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Ricardo Gondim Diz Que “Perdeu a Fé”, sem Notar que Perdeu Sua Própria Alma.



Ricardo Gondim publicou no site “guia-me” - http://www.guiame.com.br - um artigo intitulado “Perdi a Fé”. Aqueles que quiserem ver o artigo por si mesmos poderão fazê-lo acessando o seguinte link:

http://www.guiame.com.br/v4/114571-1542-Perdi-a-f-.html

O artigo não nos surpreende nem pelo título, nem pelo seu conteúdo, pois como já tivemos oportunidade de escrever em outras ocasiões, esse muito infeliz senhor já demonstrou que perdeu a fé faz tempo e não somente agora. Quem desejar conhecer melhor sua trajetória de desilusão com a fé cristã poderá ler alguns dos artigos que publicamos anteriormente, seguindo os links abaixo:

http://ograndedialogo.blogspot.com/2010/03/carta-aberta-da-revista-ultimato-sera-o.html

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/02/ricardo-gondim-e-um-verdadeiro-pinoquio.html

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/03/as-misericordias-de-deus-e-os-tsunamis.html

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/05/porque-nao-posso-concordar-com-o.html

http://ograndedialogo.blogspot.com/2011/05/revista-ultimato-rompe-com-ricardo.html

Todavia, hoje queremos analisar bem de perto suas afirmações no artigo mencionado acima, porque julgamos que as consequências experimentadas pelo Sr. Gondim estão diretamente atreladas às opções teológicas que o mesmo fez no passado, quando decidiu por abandonar a teologia reformada para dar ouvidos à teologia arminiana, adotada pela vasta maioria das igrejas chamadas “Assembleias de Deus”, das quais ele se tornou fundador de uma delas e é, até o presente, presidente da convenção geral da mesma: Igreja Betesda.

Em seu artigo, Ricardo Gondim nos conta que estava assistindo a uma palestra e, enquanto isso, ia pensando com seus botões as coisas que discutiremos em seguida. Ricardo está tão perdido e tão distante do Senhor Jesus, a quem ele se refere de forma respeitosa, mas declara, indiretamente, que não o reconhece como o único caminho. Dessa forma a perdição está garantida. Além de Jesus dizer que era o único caminho – ver João 14:6 ele também disse o seguinte:

Mateus 7:13—14 -

13 Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela),

14 porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.

Portanto, a alegação de Gondim de que: “Estou mais certo dos caminhos que não quero trilhar.”, é prova contundente de quão perdido se encontra.

A seguir ele parte para o ataque e diz que todos os que não têm dúvidas são cínicos. Mas, não seria exatamente o contrário: todos os que se recusam a aceitar a revelação de Deus – como é o caso do próprio Gondim - manifestada, sobretudo através da pessoa de Jesus são, de fato, os verdadeiros cínicos?

Ele alega que tem receio de perpetuar uma espiritualidade desconectada da vida. Mas isso não é espiritualidade. A verdadeira espiritualidade está baseada em relacionamentos com Deus, com o Seu Filho Jesus, com o Espírito Santo e com outros crentes. Ela nunca está desconectada da vida, exatamente por ser isso: um conjunto de relacionamentos. Ver João 17:3 onde Jesus afirma que a vida eterna é um relacionamento de conhecimento do Pai e do Filho. Apenas isso e nada mais!

Gondim alega ser um garimpeiro da verdade, mas uma rápida corrida sobre o que anda lendo – seus campos de garimpo – são suficientes para nos mostrar que está fadado a experimentar desilusão, em cima de desilusão. Ele mesmo atesta isso alistando as coisas acerca das quais já não é mais capaz de acreditar.

É muito importante destacarmos que as coisas nas quais ele deixou de acreditar não são, nem nunca foram verdades bíblicas, e sim ensinamentos humanos sem valor algum, que só poderiam levá-lo ao nível de desencanto e desespero em que ele se encontra agora. Gondim diz:

“1. Não consigo mais acreditar no Deus inativo, que carece de preces "verdadeiras" para mover-se. Uma frase que não faz nenhum sentido para mim? "Oração move o braço de Deus".

É obvio que o deus ao qual ele se refere não é o Pai de Jesus Cristo. Nós, os crentes verdadeiros, oramos porque, entre outros, Jesus nos deixou o seguinte mandamento –

Lucas 18:1—8 –

1 Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer:

2 Havia em certa cidade um juiz que não temia a Deus, nem respeitava homem algum.

3 Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que vinha ter com ele, dizendo: Julga a minha causa contra o meu adversário.

4 Ele, por algum tempo, não a quis atender; mas, depois, disse consigo: Bem que eu não temo a Deus, nem respeito a homem algum;

5 todavia, como esta viúva me importuna, julgarei a sua causa, para não suceder que, por fim, venha a molestar-me.

6 Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo.

7 Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora
pareça demorado em defendê-los?

8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?

É curioso notar no texto acima, que Jesus mesmo pergunta se quando ele voltar, ainda existirá pessoas orando? Se depender de Ricardo Gondim, a resposta é um rotundo NÃO!

Quanto à frase a "Oração move o braço de Deus" com a qual ele não mais concorda, certamente ele aprendeu a mesma no meio pentecostal em que foi criado e, deve ter usado a mesma milhares de vezes para ensinar algo que a Bíblia não ensina.

“2. Não consigo mais acreditar que os milagres de Deus sejam prêmios que privilegiam poucos. Não consigo entender que Deus se comporte como um "intervencionista" de micro realidades, deixando exércitos de ditadores “correrem frouxos". Inquieta-me saber que Deus tenha uma "vontade permissiva" para multinacionais lucrarem com remédios que poderiam salvar vidas. Não aceito que haja uma razão eterna para que governos corruptos atolem os mais pobres na mais abjeta miséria”.

Quem foi que começou com esses falsos ensinamentos de que os milagres de Deus são como prêmios que podem, inclusive, serem comprados, desde que o preço esteja certo? Não foram as denominações pentecostais às quais ele mesmo pertence? Ora, vá se queixar ao seu próprio bispo! Ele não aceita um Deus intervencionista, mas não entende que sem a intervenção de Deus, há muito já teríamos dado cabo de toda a vida que habita nosso frágil planeta. Gondim se concentra mais na pecaminosidade humana aparente, o que não se vê é muito pior, enquanto finge desconhecer a maravilhosa obra de salvação que Deus fez a nosso favor através de Cristo na cruz do Calvário. O que Deus fez está feito e não existe nenhuma maldade humana que possa mudar o fato de que Deus nos ama e nos ama de forma sacrificial. Paulo disse o seguinte a esse respeito:

Gálatas 2:19—21 –

19 Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo;

20 logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.

21 Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.

Até experimentar essa realidade, Gondim continuará a dar a indevida importância a ditadores, fabricantes de medicamentos e a governos corruptos.

“3. Não consigo mais acreditar que Deus, mantendo o controle absoluto de tudo o que acontece no universo, tenha sujado as mãos com Aushwitz, Ruanda, Darfur, Iraque e outras hecatombes humanas. Não aceito que ele, parecido com um tapeceiro, precisa dar nós malditos do lado de cá da história enquanto, do outro lado, na eternidade, faz tudo perfeito. Qual o propósito de Deus ao “permitir” que crianças sejam mortas pela loucura de um atirador ou que uma menina esteja paraplégica com bala perdida?”

Deus mantém sim, pleno controle de cada minúcia que acontece nesse complexo planeta, bem como em todo o vasto universo e isso, o tempo todo. Gondim é um covarde e traidor do Evangelho ao dizer que Deus sujou as mãos em Aushwitz, etc. Quando fala assim ele soa como o Papa Bento XVI, quando visitou o local e perguntou: Onde estava Deus?. Os dois refletem o mesmo coração cheio de incredulidade. Quanto ao cuidado que Deus tem por nós vejamos as palavras do próprio Senhor Jesus Cristo, nas passagens a seguir:

Mateus 6:25—33

25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?

26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?

27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?

28 E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.

29 Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.

30 Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?

31 Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos?

32 Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas;

33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

Mateus 7:15—23

15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.

16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.

18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.

19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.

20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.

21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22 Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?

23 Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade.

Certamente Ricardo Gondim irá pretender um bocado diante de Deus, de ter realizado essas obras, mas Jesus diz: pelos seus frutos os conhecereis. E os frutos desse senhor são podres, podres, podres.

Mateus 10:28—31

28 Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo.

29 Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai.

30 E, quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão contados.

31 Não temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.

Quanto ao tapeceiro, ele parece estar “brigando” com o Caio Fábio que nos brindou, algum tempo atrás, com uma bela mensagem acerca de como Deus trabalha em nossas vidas, algo que Gondim parece que não entendeu, até agora.

“4. Não consigo mais acreditar que a função primordial da religião seja acessar o sobrenatural para tornar a vida menos sofrida. Os cristãos, em sua grande maioria, tentam fazer da religião um meio de controlar o futuro; praticam uma fé preventiva, pois aceitam como verdade que os verdadeiros adoradores conseguem se antecipar aos percalços da vida; afirmam que os ungidos sabem prever e anular possíveis acidentes, doenças, ou quaisquer outros problemas existenciais do futuro. Creio que a verdadeira fé não foge da lida, mas encara o drama de viver com coragem”.

Quem são esses cristãos que ele menciona no texto acima? Não são, prioritariamente, os membros das igrejas pentecostais, carismáticas, de terceira onda, da quarta onda e de todas as ondas que essa malévola teologia pentecostal ainda irá produzir? A verdadeira fé ensinada pelos reformadores sempre se pautou pela paciência e pela perseverança em meio às agruras dessa vida – ver Romanos 5:3-5 e Tiago 1:2-4. Nós jamais ensinamos que “Jesus vai nos dar a vitória completa, sobre tudo e sobre todos, todos os dias, o tempo todo”. A igreja à qual ele pertence sim ensina esse tipo de bobagens e ele mesmo deve ter se cansado de ensinar: o triunfalismo barato, a prosperidade sem limites e as perenes conquistas dos crentes que querem ser sempre “a cabeça” e nunca o “rabo”.

“5. Não consigo mais acreditar em determinismo, mesmo chamado por qualquer nome: fatalismo, carma, destino, oráculo. Depois de ler e reler o Eclesiastes, parei de acreditar que o cosmo funcione como um relógio de quartzo. Acredito que Deus criou o mundo com espaço para a contingência. Sem esse espaço não seria possível a liberdade humana. Creio que no meio do caminho entre determinismo e absoluta casualidade resida o arbítrio humano. Entendo que liberdade é vocação: homens e mulheres acolhendo o intento do Criador para que a história e o porvir sejam construídos responsavelmente”.

Aqui Gondim se revela por completo. E demonstra a ignorância típica de pessoas que nunca entenderam o que a Bíblia, ensina de fato. Ele acredita que os seres humanos, escravos do pecado como são, possuem algum tipo de arbítrio que os permite ser livres. Vejamos o que Jesus diz a esse respeito:

João 8:31—36 -

31 Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos;

32 e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

33 Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão e jamais fomos escravos de alguém; como dizes tu: Sereis livres?

34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.

35 O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre.

36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

Essa utopia cega, na qual Gondim acredita, que os seres humanos são livres é negada em todas as páginas das Escrituras. Quando a Bíblia fala da raça humana caída, ela não deixa nenhuma dúvida quanto à nossa real condição. Os seres humanos caídos são qualificados pela Palavra de Deus como sendo:

“Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Ora, todos estes males vêm de dentro e contaminam o homem. Cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Injustos, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos. Desviados, perdidos, fracos, ímpios, extraviados, inúteis e pecadores; incapazes de fazer o bem, mortos em delitos e pecados, transgressores, homens naturais incapazes de aceitar e de entender a revelação de Deus. Iníquos, vivendo em trevas, filhos do Maligno, incrédulos. Escravos de prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas. Cheios de amargura, cólera, ira, gritaria, blasfêmias, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; de obras infrutíferas e bem assim toda malícia, de ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do falar. Egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Mentirosos, néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-se uns aos outros; infiéis, adúlteros, traidores, assassinos, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus. Incrédulos, abomináveis, impuros, feiticeiros.” 

Bem, a lista é longa, mas não é exaustiva!

Esses versos descrevem tanto o senhor Gondim como a mim mesmo. Portanto, sem essa de: “Entendo que liberdade é vocação: homens e mulheres acolhendo o intento do Criador para que a história e o porvir sejam construídos responsavelmente”. Ora, isso não existe. É pura alucinação. É como diz o Eclesiastes que ele diz que leu, algo que está próximo da verdadeira loucura e estultícia:

Eclesiastes 7:29

Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias.

6.“Reconheço que posso assustar na teimosia de importar do mundo do rock para dentro da espiritualidade o significado de “metamorfose ambulante". Nessa constante fluidez, a verdade pode ser simples, mas nunca deixará de ser perigosa. A senda sulcada da verdade foi sulcada por muitos, entre os passos, porém, percebo a marca das sandálias do meu Senhor. E só isso basta para eu prosseguir”.

Depois de tanto descalabro, de tantas mentiras assacadas contra o Deus ETERNO e contra a obra da salvação, tão necessária, executada por Jesus, o Filho de Deus e aplicada em nossas vidas pelo Espírito Santo, esse cidadão ainda tem o topete de dizer que segue nos passos do seu senhor. Quem é o senhor dele? Deixo ao leitor tirar suas próprias conclusões.

Mas isso não é tudo. Por fim, o Ricardo arrasta o bom nome do Deus ETERNO na lama assinando “Soli Deo Gloria”. Ricardo Gondim pare de se enganar a si mesmo. Você foi vítima de uma teologia estragada que mistura a verdade com a mentira e que por mais de um século tem contaminado a igreja e levado ao surgimento de todas essas aberrações que vemos aí, atribuindo todas elas à ação do Espírito Santo de Deus.

Você mesmo não é inocente dessas muitas culpas relacionadas à propagação desse falso evangelho que, misturando a verdade com a mentira mata, vagarosamente, a fé de todos aqueles que se deixam contaminar com o mesmo. Foi exatamente isso que aconteceu com você que se deixou contaminar pela mentira pentecostal de uma segunda experiência com o Espírito Santo e engoliu, juntamente com essa mentira, muitas outras advindas do arminianismo, que te levam a acreditar que és livre quando estás completamente escravizado. Mas ainda existe esperança para você, como para qualquer outro pecador arrependido, pois Jesus diz:

Apocalipse 3:15—20 –

15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!

16 Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;

17 pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.

18 Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.

19 Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.

20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.

Você não gostaria de renunciar aos teus pecados e aceitar a generosa oferta e o doce convite que Jesus lhe faz e se reconciliar e começar, pela primeira vez na sua vida, a viver uma vida de verdadeiro relacionamento com Deus e Seu Filho, no poder do Espírito Santo? Larga mão desse negócio de sandálias, pois fica muito mal para você que vive de forma confortável, muito acima da média nacional, que se dá ao luxo de correr maratonas em Nova Iorque e desfrutar de finos vinhos, falar em seguir as “sandálias do meu senhor”. Quanta hipocrisia!

Que Deus tenha misericórdia de você e possa ajudar a todos os leitores a entenderem quão sutil o Diabo pode ser em sua missão de escravizar a mente dos seres humanos, mesmo daqueles que tiveram oportunidade de estudar bastante sem, contudo, aprender o essencial necessário para um relacionamento saudável com Deus.

Outro artigo acerca de Ricardo Gondim poderá ser encontrado nesse link:

http://ograndedialogo.blogspot.com/2010/03/carta-aberta-da-revista-ultimato-sera-o.html

Que Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

Notas

1. Listas contendo as coisas terríveis que os seres humanos são capazes de fazer podem ser encontradas, por exemplo, em: Marcos 7:21—23; Romanos 1:28—32; Romanos 3:10—18; 1 Coríntios 2:14; 1 Coríntios 6:9—10; 2 Coríntios 6:14—18; Gálatas 5:19—21; Efésios 4:31; Efésios 5:5—16; Colossenses 3:5—9; e 2 Timóteo 3:1—6; Tito 3:3; Apocalipse 21:8. E isto para ficarmos no Novo Testamento somente.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O GRANDE CONVITE DE DEUS



Recentemente nossa igreja distribuiu folhetos em todas as casas do bairro e convidou as pessoas para comparecerem no culto do domingo seguinte. Naquela ocasião foi apresentada a salvação em Jesus atráves do sermão "O Grande Convite de Deus", cujo esboço oferecemos abaixo para todos.

Texto: Isaías 55:1—3

Introdução.

• Setecentos anos antes de Cristo, o profeta Isaías já havia recebido uma revelação divina que tratava da vida, morte e da ressurreição de Jesus Cristo. Essa revelação está registrada em Isaías 53.

• O profeta inicia o capítulo falando, da forma impressionante, como Deus iria oferecer a salvação através de Cristo e como as pessoas não iriam acreditar na obra de Deus. Ele disse: Isaías 55:1—3 -

1 Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?

2 Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.

3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.

• Mas Deus levou adiante sua obra, fazendo Cristo tomar nosso lugar e sofrer o castigo que nossos pecados mereciam: Isaías 55:4—6 –

4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.

6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

• Em Isaías 55:7—8 o profeta descreve o julgamento e a morte do Senhor Jesus:

7 Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8 Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.

• Por fim o profeta fala da ressurreição de Jesus em Isaías 55:12 –

12 Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.

A morte não foi o fim para Jesus, porque Deus o honrou fazendo-o ressuscitar – ver Atos 5:30 - e Lhe concedendo o único Nome pelo qual importa que sejamos Salvos – ver Atos 4:12. Além do mais, um dia vai chegar quando o nome do Senhor Jesus for pronunciado todos os joelhos se dobrarão: no céu, na Terra e debaixo da Terra – ver Filipeneses 2:9—10

• William Carrey, o sapateiro que foi o precursor das missões modernas, antes de partir para a Índia pregou um sermão para seus companheiros, pastores batistas, baseado em Isaías 54:2—3 que diz:

2 Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.

3 Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas.

• Para Carrey esse era um gigantesco texto missionário, porque nos ordena expandirmos nossas tendas, o que é uma metáfora, para nos ajudar a entender que o Evangelho deve ser levado a todas as pessoas.

• Se as coisas são assim, então é necessário que as pessoas sejam convidadas a participarem daquilo que Deus tem para nos oferecer.

OUVINDO O GRANDE CONVITE DE DEUS

I. Introdução

• O Deus da Bíblia é um Deus que gosta de convidar as pessoas para participarem das coisas que ele tem para oferecer – ver Mateus 11:28; Marcos 6:31; Lucas 14:17; Apocalipse 19:17.

• Nesse texto – Isaías 55:1—3 - ele convida os sedentos e os famintos a vir satisfazer suas necessidades. Fome e sede aqui são usadas como metáforas das profundas necessidades que temos de amor, alegria, perdão, paz, direção divina, poder para vencer o pecado em nossos vidas, etc.

• Como tudo que Deus nos oferece, apesar de ter custado a vida do Seu próprio filho para serem conquistadas, Ele nos oferece de graça. Sim! O melhor que Deus tem para nos oferecer, Ele nos oferece absolutamente de Graça. Esse é o motivo porque os ensinamentos da Bíblia acerca de Jesus são chamadas de “Boas Novas”.

• Considerando o texto que temos diante de nós é nosso desejo responder três perguntas básicas:

 Quem são os convidados?

 O que está sendo oferecido aos convidados?

 Quais são as instruções que precisamos seguir para receber o que está sendo oferecido para os convidados?

A. Quem São os Convidados?

• Todos são convidados. Independente de qualquer fator discriminatório – Homem ou Mulher, Culto ou Inculto, Rico ou Pobre, Branco, Negro, Amarelo ou Vermelho – todos estão sendo convidados, e isso pelo próprio Deus!

• Mas existem dois tipos de pessoas, que independente das condições mencionadas acima, estão sendo chamadas. Esses dois tipos são:

 Em primeiro lugar nós temos os sedentos e quebrados. Note: Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde.

• Muitos dos que estão aqui hoje encontram-se nessa categoria: sedentos e sem nada para oferecer em troca de água.

• Seu coração está seco, como a vegetação fica seca depois de muitas semanas sem chover. Muitas esperanças se secaram. Sonhos há muito esperados estão prestes a morrer. Sua vida parece um conjunto de “Ruas sem Saída”. Você se sente vazio, insatisfeito, não realizado. Mas no fundo do teu ser, você sabe que deve existir algo mais, algo melhor para essa vida. E não estamos falando de prosperidade e outras baboseiras tão em voga.

• As coisas não parecem boas, no entanto, você é capaz de notar, pelo menos uma coisa boa: você sente uma sede profunda. Você anseia por algo, que talvez nem consiga dizer, exatamente, do que se trata.

• E hoje Deus está dizendo para você: esse é o candidato perfeito que eu estou procurando: sem recursos, sem dinheiro, sem poder, sem condições de barganhar nada, sem prestígio, sem história impressionante. DEUS ESTÁ CONVIDANDO VOCÊ PARA PARTICIPAR DE GRAÇA DO BANQUETE DA SALVAÇÃO.

 O segundo tipo de pessoa é aquela que é auto suficiente. Eu tenho certeza que a maioria de vocês não se encontra nessa categoria. Mas, se esse for o caso, seja honesto com Deus e Ele irá te abençoar.

• Esse segundo tipo de pessoa é descrito em Isaías 55:2, onde Deus pergunta através do profeta: Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz?

• A diferença entre a primeira e a segunda pessoa é que: enquanto a primeira está cansada e quebrada, a segunda está ativa e tem dinheiro. Embora esse seja o caso da segunda pessoa, qual é o resultado final? Apenas frustração.

• Esse é o indivíduo que está correndo atrás das coisas, está buscando, experimentando: uma nova cidade, um novo carro, uma esposa diferente, um computador novo, um barco de pescar novo, um punhado de novas assinaturas, ingressos para assistir o “Show do Ano”, uma nova dieta, uma nova aparência. Mas o pote no final do arco íris, continua iludindo essa pessoa. O mesmo é verdadeiro com a fonte da juventude através das pílulas do “Dr. Fantástico”.

• Mas no fim do dia: o aplauso passou, a casa é um tédio, o carro estiloso está ultrapassado, e tudo que é novo acaba, mais cedo ou mais tarde, ficando velho.

• Creio que todos nós estamos em uma dessas duas categorias.

B. O Que Está Sendo Oferecido aos Convidados?

• A resposta vem em três partes:

 Os benefícios oferecidos estão em Isaías 55:1.

 A qualidade e a quantidade do que está sendo oferecido estão em Isaías 55:2.

 A realidade por trás daquilo que vemos encontra-se em Isaías 55:3.

1. Os Benefícios

• No verso 1 temos uma oferta, completamente de graça, de: água, leite e vinho. Esses três elementos representam nossos mais profundos desejos:

 A Água representa nosso desejo de nos refrescar. De ter um novo começo. O Salmista disse no Salmo 23:3b—4a, o seguinte: Leva-me para junto das águas de descanso; refrigera-me a alma. Hoje Deus está te chamando para te refrescar com a água viva que é Jesus Cristo. Deus está te chamando para te restaurar, para te renovar.

 O leite corresponde á nossa necessidade de alimento constante. Como crianças, precisamos de uma mamadeira de três em três horas. Deus não pode ser alguém que buscamos apenas nas horas de emergência, nem quando nos encontramos no topo da montanha. Deus quer se relacionar conosco de forma constante e regular, para nos ajudar a crescer como acontece com as crianças. Hoje Ele está te convidando para você começar um processo de crescimento e de relacionamento que irá culminar com a glória da eternidade na presença do nosso Pai celestial – ver João 17:3.

 O vinho corresponde a nossa necessidade de alegria. De transbordarmos de gozo verdadeiro. De uma alegria que vem de dentro, do fundo do nosso ser. E é isso que Deus nos oferece hoje: alegria espiritual que é fruto do perdão de todos os nossos pecados e libertação do poder do pecado – ver Romanos 6:12—14; Colossenses 2:13—14. Essa é a alegria que apenas o Espírito Santo pode nos oferecer – ver Gálatas 5:22.

2. A Qualidade e a Quantidade Do que Está Sendo Oferecido.

• No final de Isaías 55:2 nós lemos: Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.

• Quem ouve o que Deus tem pra dizer, através de Jesus e da Sua Santa Palavra, vai experimentar a melhor qualidade de vida possível. Deus só tem o melhor para nos oferecer. Deus não tem nada “meia boca” para nos oferecer. Jesus disse o seguinte, em João 4:14: Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.

3. A Realidade Por Trás Daquilo Que Vemos

• Isaías 55:3 diz: Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.

• Note que o convite para vir às águas do verso 1 agora muda para “Vinde a mim”. Deus nos convida para irmos até Ele! Isso é possível porque Jesus nos abriu um novo e vivo caminho de acesso para Deus, nem a necessidade de obras nem de intermediários – ver Hebreus 10:19—22.

• Deus é nossa água refrescante. Deus é o leite que nos alimenta. Deus é o vinho que nos enche de verdadeira alegria através da presença do seu Espírito Santo em nossas vidas. Vejamos os versos a seguir:

Salmos 73:25—26: Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra. Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre.

Salmos 42:1—2: Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?

Salmos 63:1—3: Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água. Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam.

• A promessa de Deus é que se ouvirmos sua voz e nos aproximarmos dele, Ele irá fazer conosco uma aliança eterna, que irá nos conduzir até a vida eterna.

Conclusão:

1. O texto de Isaías é realmente maravilhoso. Nele encontramos 11 verbos, todos no imperativo. Deus ordena que façamos essas coisas para o nosso próprio bem:
Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.

2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.

3 Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, que consiste nas fiéis misericórdias prometidas a Davi.

4. Tudo o que está acima pode ser resumido em quatro degraus:

• Vinde.

• Comprai.

• Comei.

• Deleitareis.

5. Todo mundo aqui se encontra em algum degrau desses:

• Se você está longe de Deus, você precisa se aproximar dele, chegar perto. VINDE!

• Se você está aqui considerando o que fazer. Então você deve comprar. Eu sei, é estranho comprar, sem dinheiro e sem preço, mas Deus está acostumado a fazer as coisas assim mesmo, de graça. Venha, pegue toda a água que precisar, todo o leite que te for necessário e todo vinho que possa alegrar tua vida. COMPRAI!

• Se você já comprou a água, o leite e o vinho, então você precisa provar esses elementos. Entenda: Deus não é algo que deva ser estudado. Ele é uma pessoa que precisa ser experimentada, através de um relacionamento real. Ele apenas é o verdadeiro alimento e alegria da tua alma. COMEI!

• Finalmente, se você está acostumado a comer, então aproveite e deleite-se em todas as coisas boas que Deus tem reservado para você, todos os dias, daqui até a eternidade. DELEITE-SE!

6. O Salmista disse, no Salmos 16:11: Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente.

7. Que Deus possa abençoar a todos.

Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A RAÇA NEGRA FOI MESMO AMALDIÇOADA POR DEUS?


feliciano

O pastor e deputado federal Marco Feliciano é um desses indivíduos que mais contribuem, de forma exaustiva, para a bizarrice no meio evangélico. Aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ver os vídeos do “pastor pião” ou do “colete ortopédico” poderão fazê-lo seguindo os links abaixo. Já dá para ter uma ideia do que estamos falando:

http://www.youtube.com/watch?v=xRNWvstH5sQ

http://www.youtube.com/watch?v=P0IhWGYbl98&NR=1
Ops. Esse vídeo não está mais disponível a pedido do interessado.

Além disso, Marco Feliciano gosta de dizer que fez seminário, que tem mestrado e inúmeros cursos de especialização na área de teologia. Bem, o bispo Macedo também alega possuir o grau de “doutor em teologia”. Até aí nada demais mesmo, porque Jesus nos disse o seguinte, em –

Mateus 7:15—20

15 Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.

16 Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.

18 Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.

19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.

20 Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.

Independente de todo o conhecimento teológico e treinamento que alega possuir, esse senhor declarou o seguinte: africanos descendem de um ancestral amaldiçoado por Noé e que sobre o continente africano repousa a "maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, aids (sic)". A citação original pode ser encontrada aqui:

http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=13090
Ops. Esse vídeo também não existe mais. Por que será?

Além disso, em uma nota de esclarecimento, Marco Feliciano disse o seguinte:” Após algumas horas de uma postagem na internet: AFRICANOS DESCENDEM DE ANCESTRAL AMALDIÇOADO POR NOÉ. ISSO É FATO. O MOTIVO DA MALDIÇÃO É A POLÊMICA. NÃO SEJAM IRRESPONSAVEIS TWITTERS rsss. Fui alvo de milhares de pedradas, sapatadas, raquetadas, “twittadas”, e ainda virei matéria de mídias como UOL.” O afamado pastor deveria se informar melhor, estudar mais e refletir umas 5.000 vezes antes de enxovalhar toda uma raça, que tem sido maltratada por milênios, não porque foi amaldiçoada por Deus, mas porque pessoas doentes falam sem entender o que a Bíblia diz, de fato.

Ora esse é um erro muito comum cometido por muitos pastores: atribuir uma maldição à raça negra, baseada em uma interpretação espúria daquilo que é ensinado pelas Escrituras. Foi essa interpretação que permitiu aos ingleses primeiro, e depois aos muçulmanos, caçarem os negros na África para transformá-los em escravos nas Américas e no Pacífico. Esse foi o maior genocídio da história – a matança indiscriminada dos homens e mulheres da raça negra. Historiadores estimam que o total de mortos tenha superado o número de cem milhões de pessoas. Esse autor não tem dúvidas que muitos crentes evangélicos e muitos pastores concordam com a interpretação do “mestre” Marco Feliciano. Visando ajudar nossos leitores, esse blog gostaria de submeter as seguintes informações para a consideração de todos:

Noé Amaldiçoa a Canaã, seu neto, em vez de Amaldiçoar a Cam, seu filho – ver Gênesis 9:25. Qual é o significado desse versículo?

Porque teria Noé amaldiçoado seu neto, Canaã, em vez de amaldiçoar seu filho, Cam? Todos sabem, pela narrativa bíblica, que foi Cam, seu filho, quem cometeu a transgressão – ver Gênesis 9:22. Aqui podemos acrescentar uma segunda pergunta: Qual é o significado da expressão hebraica traduzida por “maldito”, neste contexto?

Vamos começar respondendo à segunda pergunta primeiro. A palavra “maldito” que aparece na versão de Almeida Revista e Atualizada – ARA – traduz a expressão hebraica אָרוּר – arur. Neste instante precisamos notar que: apesar de Noé ter sido mencionado a primeira vez em Gênesis 5:29 e, apesar de ter vivido uma vida justa; de ter construído a arca; de ter arregimentado sua própria família como tripulação da arca; de ter enfrentado as águas do dilúvio; de ter desembarcado da arca; de ter oferecido os primeiros holocaustos mencionados na Bíblia e de ter plantado uma vinha e se embriagado com o vinho que produziu da uvas desta mesma vinha; a Bíblia não registra nenhuma palavra proferida por Noé até este momento. Suas primeiras palavras registradas nas páginas inspiradas das Sagradas Escrituras são: אָרוּר כְּנָעַן – arur kena`an – maldito Canaã.

No Antigo Testamento nós encontramos exemplos de seres humanos proferindo “maldições” – ver, por exemplo, Josué 6:26; 9:23; Jeremias 20:14—17. Como devemos entender estes tipos de afirmações? Seriam as mesmas decretos efetivos ou algo meramente optativo, como um desejo apenas? No exato momento em que Noé profere estas palavras, ele está fazendo uma oração e desejando que Canaã seja amaldiçoado ou Canaã já se encontra debaixo de uma maldição efetiva baseada nas palavras proferidas por Noé? De que maneira devemos entender a expressão אָרוּר כְּנָעַן – arur kena`an, uma vez que é uma sentença nominal na língua original? Temos diante de nós duas possibilidades. A expressão pode significar:

• Maldito seja Canaã.

ou

• Maldito é Canaã.

Entre os judeus da Antiguidade, as maldições ou bênçãos proferidas por pai ou mãe eram levadas muito a sério e em geral as pessoas tinham a expectativa de que as mesmas se cumprissem. Para um homem da era primeva receber a bênção de seu próprio Pai, sobretudo quando este estivesse em seu leito de morte, era algo crucial. Um exemplo dramático disto é o caso de Esaú como registrado em Gênesis 27:32—38. Se para aqueles homens receber a bênção era fundamental, também não era menos importante tentar evitar receber uma maldição. Naqueles dias, os pais funcionavam como sacerdotes familiares e acreditava-se que os mesmos tinham o poder de colocar em movimento coisas boas e más que afetariam não somente os filhos diretos, mas também os seus descendentes.

Antes de tentar um pensamento conclusivo acerca do dilema que temos acima, vamos fazer mais uma consideração. De acordo com o Antigo Testamento, quando Deus profere uma maldição a mesma é sempre um decreto efetivo e não algo optativo, como um desejo – ver, por exemplo, Gênesis 3:14, 17—19 e 4:11. Diante destes fatos temos que nos perguntar: Teria a expressão אָרוּר – arur – maldito, um significado quando proferida por Deus e um outro significado quando proferida por seres humanos? A gramática hebraica é bastante complexa aqui Gênesis 9:25 e parece indicar que devemos aceitar, como a melhor interpretação, a hipótese de que a maldição proferida por Noé seja algo optativo. A inclusão do nome de Deus - אֱלֹהִים – Elohim – em Gênesis 9:27 , também sinaliza que as palavras proferidas estão sujeitas a ação de Deus e que não possuem força em si mesmas, como se fossem palavras mágicas. Mais adiante veremos como foi que a maldição concentrada na expressão que encontramos no verso 25 foi concretizada, e nossa descoberta poderá ser surpreendente para a maioria dos leitores deste artigo.

A segunda questão que temos diante de nós, tem a ver com o fato de Noé não ter amaldiçoado o seu filho Cam, e sim ao seu neto Canaã. Porque ele teria feito isso?

Em primeiro lugar temos aqueles que acreditam e ensinam que o nome de Cam foi substituído pelo de Canaã por um bando de escribas judeus que tinham sentimentos muito negativos contra aquele ramo da família dos camitas representados por Canaã – ver Gênesis 10:15—19. Nesse caso, a maldição não teria nada a ver com a coloração da pele daqueles indivíduos, já que a maioria deles era branca. Existe certa evidência documental para essa hipótese em alguns manuscritos da Septuaginta – LXX – e de algumas versões das Escrituras hebraicas para o arábico, que trazem a seguinte expressão: “Cam, pai de Canaã” no lugar da expressão “Canaã” sozinha. Outras hipóteses que também estão baseadas em disputas ao redor do texto original são:

• Existiam duas versões dessa história onde, em uma, os filhos de Noé são mencionados como sendo Sem, Cam e Jafé, e outra, onde os filhos são Sem, Canaã e Jafé. Em algum tempo, um escriba desavisado, teria “misturado” estas duas tradições criando esta confusão.

• Outros acreditam que Canaã foi o verdadeiro transgressor ou que, no mínimo, teria funcionado como cúmplice dos atos de seu pai Cam.

• Por fim, alguns acreditam que nesse texto estamos diante de um perfeito caso de justiça baseada na Lei do Talião, onde Deus promete visitar a iniquidade dos pais nos filhos.

Existem ainda outras sugestões, mas as mesmas são por demais exóticas para ocupar nosso tempo com elas.

Outra explicação que parece ser a mais provável e que, se for mesmo verdadeira, significará que Noé estava realmente amaldiçoando a Cam. Essa hipótese tem a ver com o fato de que era costumeiro entre os povos da Antiguidade atribuir-se a grandeza de um filho ao seu pai, o qual era honrado por haver educado, de maneira tão destacada aquele filho. Este aspecto cultural da Antiguidade pode ser visto nas páginas da Bíblia, por exemplo, em 1 Samuel 17:55— 58, onde Saul busca honrar ao pai de Davi procurando saber de quem Davi era filho. Saul conhecia muito bem a Davi naqueles dias, mas é bem evidente que ele não sabia quem havia educado aquele moço. Sua insistente procura visando descobrir quem era o pai de Davi, indica seu desejo de honrar a Jessé segundo os costumes sociais da época. Por semelhante modo, uma mulher poderia bendizer os seios que amamentaram uma determinada criança contribuindo com isso, para que ela atingisse a honra com a qual estava sendo reconhecida – ver Lucas 11:27.

Quando um homem abençoava, na Antiguidade, a um de seus filhos, ele estava, em realidade, abençoando a si mesmo. Isso é verdadeiro, no caso de Noé, no que diz respeito à bênção proferida sobre seus filhos Sem e Jafé. Por este mesmo critério, se Noé tivesse proferido uma maldição sobre seu filho Cam, isto seria equivalente a proferir uma maldição sobre si mesmo. Desta maneira, a melhor forma de amaldiçoar a Cam, era, realmente amaldiçoando, o filho desse, Canaã, que foi exatamente o que Noé fez. Quando no futuro alguém perguntasse quem era o pai deste tal de Canaã, todos os dedos apontariam para Cam e não para Noé.

Conforme mencionamos acima, precisamos tentar entender as implicações das palavras de Noé quando disse: “Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos – Gênesis 9:25”. A primeira coisa que devemos notar é que existe uma tendência, muitas vezes doentia, de se atribuir um castigo bastante desproporcional para aquilo que não deve ser considerado como uma ofensa tão grave. É claro que as palavras de Noé não deixam nenhuma dúvida acerca da condição de humilhação e de humildade que deveria acompanhar os descendentes de Canaã – Gênesis 9:25—27. Mas não podemos esquecer que nos dias da Nova Aliança a exaltação é proporcional à humilhação – ver Marcos 10:42—45. E mais, somos recomendados a nos humilhar e nunca nos exaltar – ver Tiago 4:5 e 10.

Quando entendemos a distribuição dos povos sobre a face da terra – ver a “Tábua das Nações” em Gênesis 10 - também podemos entender melhor o papel representado por alguns dos descendentes de Cam, que são as pessoas que possuem cor em suas peles – negros, amarelos e vermelhos – concentrados em dois grupos – negroides e mongoloides. A contribuição dos descendentes de Cam, no que diz respeito ao desenvolvimento de tecnologias é insuperável, como esperamos demonstrar mais adiante. Através desse “serviço”, de desenvolvimento tecnológico, os descendentes de Cam fizeram uma contribuição única para o desenvolvimento da civilização humana. Todas as civilizações mais representativas da Antiguidade foram fundadas e desenvolvidas, do ponto de vista técnico, por povos Camitas. Existem milhares de livros que atestam que não existe, praticamente, nenhum desenvolvimento tecnológico digno de nota, que não tenha surgido primeiro entre os descendentes de Cam. A invenção da roda pelos sumérios, um povo que costumava chamar a si próprio de “homens de cabeças negras”, é considerada até hoje, a maior invenção da humanidade, é um claro exemplo do que estamos dizendo. Que o leitor não tenha nenhuma ilusão: a roda é muito mais importante que os trecos que usamos e logo abandonamos, e que foram inventados pelo falecido Steve Jobs, da Apple. Apesar da inacreditável impressão que temos em nossos dias, não existem registros históricos que indiquem que os descendentes de Sem e de Jafé, tenha feito qualquer contribuição significativa ao desenvolvimento tecnológico fundamental da nossa civilização humana.

Existe, como dissemos acima, uma interpretação realmente doentia atribuída à frase que diz que Canaã deve “ser servo dos servos a seus irmãos”. Seja por ignorância ou por puro preconceito, muitos procuram ver nestas palavras que as pessoas que possuem cor em suas peles são inferiores e devem “servir como escravos” aos outros descendentes de Noé. O autor acredita que a ignorância é o problema básico nesta questão. Quando Noé disse que Canaã deveria ser “servo dos servos” ele não queria dizer “escravo dos escravos” e sim, que Canaã deveria ser um “servo por excelência”. O sentido é o mesmo quando dizemos: “Senhor dos Senhores, Cântico dos Cânticos ou Santo dos Santos”. Mesmo incorporada no contexto de uma “maldição”, o sentido não é de degradação e sim de excelência. A história nos mostra que os descendentes de Cam acabaram por aproveitar muito pouco das grandes descobertas que fizeram para beneficiar a humanidade e, esta parece ser a verdadeira conseqüência da maldição proferida sobre eles.

A bênção proferida sobre Sem estava atrelada à relação de aliança – entre Deus e um ramo dos descendentes de Sem – como podemos perceber pelo uso da expressão יְהוָֹה אֱלֹהֵי – ETERNO - Elohim - SENHOR Deus, que é o título típico de Deus, no que diz respeito às alianças que encontramos no Antigo Testamento. É importante notarmos, entretanto, que mediante a inspiração divina, Noé foi capaz de predizer que essa relação de aliança seria interrompida um dia, e que Jafé iria assumir as responsabilidades atribuídas à Sem – ver Gênesis 9:26—27 e comparar com Mateus 21:32—46.

Os registros históricos que possuímos atualmente são compatíveis com o fato de que coube aos descendentes de Cam desbravar e tornar habitável a terra depois do dilúvio. Ao que parece, esse fato está diretamente atrelado a um ato deliberado de Deus sobre os descendentes de Cam. Para entendermos melhor como Deus agiu com relação aos descendentes de Cam é necessário recolhermos a informação contida em -

Gênesis 11:9

Chamou-se-lhe, por isso, o nome de Babel, porque ali confundiu o SENHOR a linguagem de toda a terra e dali o SENHOR os dispersou por toda a superfície dela.

Neste versículo, que é parte da história da Torre de Babel, o texto nos diz que Deus פִיצָם – piytsam – dispersou os descendentes de Cam por toda a superfície da terra. Esta expressão traduzida por “dispersou” que dizer, literalmente, espalhou ou esparramou. Todo o conteúdo deste versículo faz referência direta a um ato do próprio Deus que, de maneira forçosa e até mesmo violenta, toma em Suas próprias mãos o ato de espalhar os descendentes de Cam por sobre a superfície do nosso planeta.

A tradição judaica concorda que nem Semitas nem Jafetitas estiveram envolvidos no episódio da torre de Babel. Registros históricos nos apontam para o fato de que nenhum dos povos que descenderam de Sem e de Jafé sequer possuíam, por muito tempo, uma palavra equivalente à palavra “cidade” – ver Gênesis 9:4 onde o hebraico registra o termo עִיר – ‘yir – que procede de uma expressão antiga, que transmitia a ideia de “abrir os olhos”, como deve fazer um vigia que guarda um “lugar”. Foi esse “lugar” que chegou mais adiante a ser identificado com um acampamento ou mesmo com uma cidade. Não existem registros de que Semitas e Jafetitas tenham sido esparramados ao mesmo tempo que os Camitas, nem que tivessem nenhum tipo de inclinação para construir cidades.

Séculos mais tarde e em um ritmo bem mais lento, Jafetitas foram, gradativamente, se estabelecendo nas áreas que já haviam sido desbravadas pelos descendentes de Cam. Uma vez estabelecidos nestas áreas, os descendentes de Jafé adotaram as soluções já inventadas pelos Camitas para solucionar problemas e dificuldades da vida do dia-a-dia.

Os Semitas por sua vez ficaram concentrados naquela região – de um modo geral na região do Crescente Fértil. Isto se deveu ao fato de que eles precisavam amadurecer espiritualmente até estarem em condição de serem espalhados dentre outros povos e nações levando consigo a pura fé monoteísta. Todavia, os descendentes de Sem, representados pelos hebreus, em vez de receberem o seu Messias prometido – ver João 1:11 – preferiram rejeitá-lo. A consequência direta desse desprezo representou a remoção do reino particular que lhes pertencia. Este reino foi então entregue nas mãos dos descendentes de Jafé para que fosse devidamente administrado – ver Lucas 20:9—19 onde os judeus dos dias de Jesus entenderam esse fato e bradaram: NÃO SEJA ASSIM – verso 16. Mas foi e é assim.

O engrandecimento dos Jafetitas continua até os nossos dias tendo alcançado expressivo aumento nos últimos cinco séculos. Este aumento veio a expensas dos camitas, que eram os donos originais de, praticamente, todas as terras da Ásia, das Américas, da África e da Oceania.

Os Jafetitas são aqueles que decidiram experimentar e explorar nosso planeta de uma maneira que jamais foi sequer imaginada pelos Camitas. Esta exploração descontrolada é a maior responsável pelo estado atual em que o nosso planeta se encontra. No filme estrelado por Kevin Costner, “Dança com Lobos”, temos inúmeros exemplos das diferentes abordagens, com relação à natureza, entre Camitas e Jafetitas. Entre esses exemplos existe um que o autor gostaria de destacar. Os Camitas, representados pelos índios peles-vermelhas que eram os habitantes nativos dos Estados Unidos, costumavam matar todos os anos, uma determinada quantidade de búfalos que forneciam a carne necessária para durar até o verão do ano seguinte. Os Jafetitas, representados pelos caras-pálidas – brancos – quando surgiam no horizonte, matavam tantos búfalos quantos encontrassem pela frente, apenas para lhes retirar o couro. Os animais em si eram deixados apodrecendo nos campos. Desta maneira os descendentes de Jafé destruíam os meios de subsistência dos descendentes de Cam, contribuindo com isso, em parte, para o desaparecimento desses povos bem como daquela espécie de animal. Os índios sobreviventes foram simplesmente massacrados em outro brutal genocídio. Aqui vai a minha sugestão ao povo alemão: Construam um Memorial em Bonn para honrar a memória dos milhões de índios assassinados nos Estados Unidos da América, da mesma maneira que os Estados Unidos têm multiplicado o número dos chamados “Museus do Holocausto” praticado pelos alemães. De passagem, devemos dizer que nos tais museus do holocausto nenhuma referência é feita ao genocídio da raça negra através das práticas escravagistas, nem ao genocídio dos povos nativos da América do Norte. Apenas os judeus são “dignos” de serem considerados vítimas de um genocídio. Quanta hipocrisia!

A contribuição dos camitas para o desenvolvimento da civilização humana pode ser considerada inigualável quando, lendo as obras de historiadores, arqueólogos e antropólogos nós descobrimos que surgiram do seio dos camitas as primeiras descobertas referentes aos seguintes itens – a lista não é exaustiva. Note bem, estamos falando “das primeiras descobertas” e não de invenções definitivas.

Polias, Catapultas, Engrenagens, Correntes, Pontes Suspensas, Domos e Arcos, Cobre, Bronze, Ferro, Ferro Fundido, Aço, Vernizes, Esmaltes, Borrachas, Ouro e Prata, Carvão, Carbono, Potes e Jarros, Cimento, Lentes Variadas, Colas, Preservantes, Pregos, Serrotes, Tintas e Corantes, Brocas, Prédios, Janelas, Martelos, Aquecimento Central, Fogões, Portas, Dobradiças, Lixas, Água Encanada, Gás Encanado, Linho, Algodão, Seda, Plantas e Mapas, Lã, Tapeçaria, Agulhas, Pergaminho, Construções à Prova de Tremor, Gaze, Crochê, Fios, Corantes para Fios, Métodos de Silkscreen, Giz, Lápis, Lápis de Cera, Escrita, Roupas Feitas com Penas, Decoração, Papel, Livros, Bibliotecas, Roupas Feitas com Couro, Envelopes, Correios, Tipos Móveis, Fábulas, Sistemas de Catalogação, Enciclopédias, Aloés, Peras, Feijões, Emendas Invisíveis, Cereais Cacau, Café, Chás, Gomas de Mascar, Tabaco, Abacaxi, Pimenta Chilli, Cajus, Cáscara Sagrada, Amendoins, Mandioca, Alcachofra, Batatas, Tomates, Batata Doce, Abobrinha, Milho, Morangos, Lhamas e Alpacas, Porcos, Cavalos, Cachorros, Gatos, Venenos e Intoxicantes para a Caça, Camelos, Vacas, Carneiros, Cangas, Uso de Elefantes para Arar, Rodas Solidas, Rodas c/ aro, Compasso, Esquis, Armadilhas e Redes, Rodas Vazadas, Pontes, Canais, Remos Fixos, Uso de Animais para Caçar, Balões, Planadores, Helicópteros, Embarcações Aquáticas, Pipas, Paraquedas, Espelhos, Perucas, Uso de Pássaros para Navegar, Esmaltes para Unhas, Pentes, Tesouras, Pós Cosméticos, Veículos com Rodas, Pomadas, Escovas, Jóias, Geometria, Barcos Impermeáveis, Conceito de “zero”, Logaritmos, Trigonometria, Álgebra, Propulsão à Jato, Papel Moeda, Moedas, Preços, Pesos, Previsão do Tempo, Medidas, Salários, Bancos, Empréstimos, Regulamentos Comerciais, Contabilidade, Contratos, Anestésicos, Cocaína, Gargarejos, Pílulas, Supositórios, Loções, Sabão, Ferramentas para Trepanação, Ataduras, Torniquetes, Inaladores, Inseticidas, Linhas para Pontos Cirúrgicos, Fumegadores, Soros, Cesarianas, Quinino, Drogas para Dopar Animais, Curare, Fórceps, Mumificação, Lâmpadas, Drogas Tranqüilizantes, Vacinas, Berços, Ventiladores, Brinquedos, Camas Dobráveis, Fogões à Gás, Aquecedores, Lutas, Futebol, Palcos Móveis para Teatros, Lacrosse, Xadrez, Damas, Arcos, Panelas, Chaleiras que Apitam, Bestas, Armaduras, Gases Tóxicos, Venenos, Armas Pontiagudas, Rifles, Pólvora, Mísseis, Órgãos, Torres Incendiárias, Flautas, Trompetes, Trombetas, Harpas, Artilharia Pesada, Guarda-chuva, Óculos, Calendários, Piteiras, Óculos para a Neve, Canudinhos, Telescópio (?), Relógios, Alfinetes de Segurança, Impressões digitais.

A lista acima indica que os camitas desenvolveram estas tecnologias antes que descendentes de Jafé e de Sem o tivessem feito. Fosse através de uma civilização avançada ou não, o fato é que os camitas sempre demonstraram esta imensa habilidade de explorar os recursos disponíveis na natureza ao redor

Como podemos ver, a contribuição dos camitas para a civilização humana é realmente insuperável. É óbvio que em tempos mais recentes muitos caucasianos – brancos descendentes de Jafé – têm assumido à liderança no desenvolvimento de novas tecnologias. Mas não nos esqueçamos, nem por um instante, que muito de tudo o que é moderno e que aí está recebeu profundas colaborações de japoneses, chineses, indianos e etc.

As três raças descendentes dos filhos de Noé – Sem, Cam e Jafé – representam algo que vai muito além de meras variações genéticas dentro de certos tipos “raciais”. Existem evidências de que estes três ramos da raça humana foram, de fato, divinamente apontadas e a contribuição de cada um dos ramos é necessária para que a civilização humana se desenvolva, para o benefício de todos os seres humanos, sem exceção. Assim temos:

• A contribuição de Sem é espiritual.

• A contribuição de Cam é tecnológica.

• A contribuição de Jafé é intelectual.

Quando estudamos a história da civilização humana, nós podemos ver estes três aspectos sendo implementados nesta exata ordem.

O capítulo 9 de Gênesis termina com o registro da morte de Noé aos novecentos e cinquenta anos. Noé viveu 20 anos a mais que Adão e somente 19 anos a menos que Matusalém, que foi o homem que mais viveu de acordo com o registro bíblico.

Diante desses fatos lamentamos profundamente os comentários do senhor deputado Marco Feliciano e dublê de pastor, ao exibir toda sua ignorância quanto às raças que possuem coloração em suas peles, mas especialmente contra a raça negra concentrada no continente africano.

Essa ideia de que as pessoas que possuem cor em suas peles são inferiores foi um ensinamento fundamental também da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ou Igreja Mórmon. A maioria dos jovens missionários que trafegam livremente pelas nossas ruas e avenidas, aos milhares, não sabem que um dia seus antepassados ensinaram a inferioridade da raça negra apesar de tal ensinamento ainda se encontrar registrado no Livro de Mórmon e outras obras produzidas pelas primeiras lideranças dessa falsa e pretensiosa versão da fé cristã.

Portanto, meu caro leitor, cuidado com essas pessoas que ensinam mentiras e procuram nos ludibriar com o profundo racismo que escondem por debaixo de suas próprias peles.

Que Deus ajude todos a entenderem a verdade e tratarem com respeito todas as criaturas que Deus criou para servirem de elementos de bênção na vida uns dos outros.

Alexandros Meimaridis 

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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Colossenses 3:12-13 - Perdoai Uns aos Outros - AMAI-VOS UNS AOS OUTROS - PARTE 10 - SERMÃO 18


Esse artigo é parte da série "Amai-vos Uns aos Outros" e é muito recomendável que o leitor procure conhecer todos os aspectos dos mandamentos nos quais o Senhor nos ordena demonstrarmos amor uns pelos outros. No final do artigo você encontrará um link para o estudo posterior

Texto: Colossenses 3:12 - 13.

Introdução.

• Nossa nova vida em Cristo precisa ser caracterizada por práticas concretas de amor.

• O Novo Testamento está repleto de mandamentos que chamamos de “Mandamentos de Reciprocidade”. Estes mandamentos são assim chamados, porque eles são válidos para todos os crentes e ninguém está eximido da sua obediência.

• O primeiro grupo destes mandamentos que estamos examinando são aqueles que nos falam acerca das obrigações que temos, por amor, nos relacionamentos interpessoais. Eles são:

 Acolhei-vos ou aceitai uns aos outros.

 Saudai uns aos outros.

 Tende o mesmo cuidado de uns para com os outros.

 Sujeitai-vos uns aos outros.

 Suportai uns aos outros.

 Confessai vossos pecados uns aos outros

• Todas estas são qualidades que encontramos no próprio Senhor Jesus e, se queremos ser seus imitadores, precisamos tomar a decisão de seguir em seus passos.

• Qualquer tipo de comprometimento com Jesus que não seja semelhante, no dia a dia, a:

1. Negar a nós mesmo.

2. Tomar a nossa própria cruz.

3. E seguir – em obediência – ao Senhor.

• Será confrontado no grande dia com palavras desagradáveis do tipo: “nunca vos conheci, apartai-vos de mim vós que praticais a iniquidade – ver Mateus 7:23”.

• O motivo para isto é porque não podemos seguir o Senhor nos nossos próprios termos. Temos que seguir a Jesus nos termos estabelecidos pelo próprio Jesus.

• E um dos mandamentos que tem a ver como com nossos relacionamentos uns com os outros e que possui um peso dramático é aquele em que somos ordenados e que diz:

Perdoai uns aos outros

I. Introdução

Não existe elemento que revele, de melhor maneira, nosso nível de relacionamento com Deus do que a maneira como reagimos contra as pessoas que nos ofendem e nos machucam.

• Alguém já disse que o crente não é tanto conhecido por suas ações como por suas reações.

• Quando somos ofendidos nós podemos:

 Reagir com raiva e buscar dar o troco.

 Não reagir, mas mesmo assim podemos carregar uma mágoa e deixar brotar aquilo que a Bíblia chama de uma “raiz de amargura” – ver Hebreus 12:15.

• Mas, da perspectiva cristã, estas reações não são aceitáveis.

• Quanto mais nós entendemos e chegamos a apreciar a maneira como Deus, em Cristo, nos perdoou, mais nós desejamos perdoar aqueles que nos ofendem e nos machucam.

II. Perdoai Uns Aos Outros.

A. O mandamento:

Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou – Efésios 4:31 - 32.

Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição – Colossenses 3:12 - 14.

B. Definição do Mandamento.

• Perdoar uns aos outros quer dizer que:

 Nós vamos tratar aqueles que nos ofenderam ou nos machucaram sem desprezo e sem ressentimento.

 Nós vamos tratar o ofensor com compaixão.

 E nós não vamos mantê-lo como responsável nem pelo mal que praticou nem pelas conseqüências do seu erro.

C. Exemplos de obediência a este mandamento.

A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios – 2 Coríntios 2:10 - 11.

D. O Ensino da Bíblia Acerca deste Mandamento.

A razão porque se espera que perdoemos ou outros é porque fomos perdoados por Deus.

• Quando ofendemos e magoamos a Deus, Ele não reagiu com vingança.

• Pelo contrário, Ele reagiu com compaixão enviando Seu filho a este mundo para morrer em nosso lugar e para nos reconciliar com Ele mesmo.

• Em vez de nos julgar, Deus nos concedeu o dom da vida eterna que nós, definitivamente, não merecíamos.

• Porque Deus nos tratou desta maneira espera-se que tratemos uns aos outros de igual modo.

• Deus perdoou nossos irmãos e, quando recusamos perdoar, nos fazemos maiores do que Deus mesmo. E este não é um pecado de pretensão que passe despercebido por Deus. Jesus disse que:

 “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas – Mateus 6:14 – 15.

• Quem recebe o perdão de Deus está obrigada a perdoar os outros.

Conclusão:

1. Este mandamento possui as seguintes implicações.

• Perdoar nossos irmãos não é algo opcional. Que foi perdoado está obrigado a perdoar. Não perdoar é ser desobediente ao mandamento do Senhor – ver Lucas 17:3 – 4.

• Quando não perdoamos estamos andando segundo nossas próprias regras e não conforme as regras do Senhor. E já sabemos as graves consequências de não andar do modo como o Senhor deseja.

• O perdão que oferecemos deve ter estas características:

 Precisa ser sincero. Isto é, precisa ser do coração ou “do íntimo” como diz Jesus em Mateus 18:35.

 Não pode tratar-se apenas de palavras. Precisa vir acompanhado de atitudes que demonstrem o mesmo tipo de misericórdia que recebemos da parte de Deus.

 Quem perdoa precisa se dispor a ajudar quem ofendeu a ser plenamente restaurado conforme Gálatas 6:1.

 Nosso perdão não pode estar atrelado às nossas emoções. É, acima de tudo, um ato de nossa vontade soberana. Temos que perdoar um irmão tantas vezes quantas ele peque contra nós, independente, de como estamos nos sentindo – ver Mateus 18:21 – 22.

2. Perdoar não quer dizer que a ofensa e a ferida causada serão completamente esquecidas. Quer dizer que, quando forem lembradas serão tratadas sem ressentimento, sem mágoas e sem nenhum desejo de vingança.

3. Os cristãos devem reconhecer seus erros, admiti-los e confessá-los. Isto foi tratado na mensagem anterior.

4. O mandamento que estamos analisando hoje – perdoai uns aos outros – nos diz que devemos perdoar mesmo quando estamos diante de pecados que não são admitidos nem confessados.

5. Quando não perdoamos nós ajudamos a comunidade a ficar enferma além de prejudicarmos nosso testemunho diante do mundo, que nos observa atentamente.

6. A falta de perdão gera raízes de amarguras e destas brotam o ódio, o ressentimento, as dissensões, as facções, os partidarismos, as contendas e todo tipo de atitudes divisórias que devem ser evitadas para o bem de nós todos.

7. Onde não há perdão não existem desejos de edificar e de servir uns aos outros.

8. Por outro lado, onde existe um espírito de perdão o amor mútuo é fortalecido e todos podemos trabalhar em paz e harmonia.

9. Quando a Igreja vive em paz, seu testemunho é fortalecido e o perdão e a reconciliação que Cristo oferece tornam-se manifestos a todos.

10. Que Deus nos ajude a compreender a dimensão e a forma radical destes mandamentos e nos conceda a graça de andarmos segundo Ele mesmo deseja. Segundo Suas próprias regras.

Outros Estudos Acerca da Vida Comum dos Santos de Deus.

001 — O Custo do Discipulado =

002 — Uma Proposta de Vida =

003 e 004 — Comunhão e Interdependência =

005 — Os Dons espirituais e a Vida Comum =

006 — Discipulado =

007 — O Amor ao Próximo =

008 — Amai-vos uns aos outros — Parte 1 — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

009 — Amai-vos uns aos outros — Parte 2 — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS

010 — Romanos 15:1—7 — Acolhei-vos Uns aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 3

011 — Romanos 16:16 — Saudai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 04

012 — Romanos 15:1—7 — Acolhei-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 05

013 — Romanos 16:16 — Saudai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 06

014 — 1 Coríntios 12:24—25 — Tande o Mesmo Cuidado Uns Para Com os Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 07

015 — Efésios 5:18-21 — Sujeitai-vos ou Submetei-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 08

016 — Efésios 4:1—3 — Suportai-vos Uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 09

017 — Tiago 5:16 — Confessai Vossos Pecados uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 10


018 — Colossenses 3:12—13 — Perdoai uns Aos Outros — AMAI-VOS UNS AOS OUTROS — Parte 11

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis 

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