sábado, 17 de dezembro de 2011

1 Coríntios 13 - Parte 4 - Uma Exposição Bíblica do Amor



Atenção: esse estudo é parte de uma série e é da maior importância que o leitor leia as partes anteriores seguindo os links que se encontram no final desse estudo.


ESTUDO 4

5. 1 Coríntios 13:5c

Introdução

Nos tempos antigos e ainda hoje, quando há espaço, grandes personalidades costumavam serem enterradas dentro das igrejas e catedrais. A prática é comum tanto no velho como no novo mundo e inclusive no Brasil. Na Catedral de São Paulo, em Londres, existe o túmulo de certo General cujo nome era Charles George Gordon. O que mais chama a atenção no túmulo do General é o epitáfio que diz: “Local sagrado à memória do General Charles George Gordon que durante todo o tempo e em todos os lugares deu da sua força ao cansado, do seu sustento aos pobres, sua simpatia aos que sofrem e seu coração a Deus”.

Podemos dizer que as únicas pessoas úteis neste mundo são estas que se assemelham com a descrição do General Gordon. É por este motivo mesmo que Paulo nos exorta que a ninguém devamos nada, a não ser o amor. Na vida cristã tudo pode ser suficiente, mas o amor está sempre em demanda. Ele é sempre necessário. A situação da igreja em Corinto ilustra bem o que estamos dizendo:

• A igreja em Corinto havia recebido de Deus tudo o que Ele podia dar.

• Eles haviam recebido de Deus a salvação, o Espírito Santo, a esperança do céu, segurança, a verdade da sã doutrina, dons espirituais, líderes, habilidades, mestres e toda sorte de bênçãos graciosas. Mas apesar de tudo isto, uma coisa ainda faltava. Faltava o amor.

• Como Paulo diz no início do capítulo 13, mesmo que eu entregue minha vida, que é nosso maior bem, para ser sacrificado, sem amor, nada me aproveitará.

• Os irmãos em Corinto eram egoístas e faltos de amor. Os dons espirituais foram dados por Deus para serem usados para abençoar os outros, mas lá eles estavam sendo usados de uma maneira egoísta, arrogante e para aparecer.

a. O amor do qual estamos falando tem suas próprias características:

• O amor só pode ser descrito se o mesmo for observado em ação. Por este motivo cada uma das características do amor, apresentadas neste capítulo 13 são descritas mediante o uso de verbos. Verbos são palavras que indicam ação. O amor não é algo que você define, mas algo que você faz.

• O amor não é um sentimento e sim uma decisão ou uma ação.

• O amor sempre se relaciona a outro alguém.

1. O Amor não se ressente do Mal - οὐ λογίζεται τὸ κακόν – ou loguízetai tò kakón - considerar, registrar. Com o negativo: Não registrar o mal.

a. Uma tentativa de definir λογίζεται- loguízetai.

Nossa palavra em português – ressente - traduz um termo grego que era utilizado pelos contadores e que literalmente quer dizer “manter um cálculo matemático”. É a palavra utilizada para indicar a escrituração de algo em livros contábeis. Porque os contadores registram os dados nos livros? Para não esquece-los!

Agora o que Paulo está dizendo aqui é que o AMOR NÃO MANTÉM UM REGISTRO CONTÁBIL DO MAL QUE SOFRE DE OUTRAS PESSOAS. O AMOR NÃO MANTÉM UMA FOLHA CORRIDA DAS OFENSAS DAS PESSOAS.

O amor não mantém outros permanentemente culpados por algo errado, maldoso ou injurioso que eles tenham feito. O amor perdoa e esquece. Deus lançou nossos pecados nas profundezas do mar - e colocou um sinal bem grande naquele lugar dizendo “é proibido pescar” - e nós devemos fazer o mesmo. Devemos afogar todas as ofensas feitas a nós no imenso mar do amor de Deus.

b. λογίζεται- loguízetai ou o verbo de onde se origina – logizomai - é a palavra utilizada no Novo Testamento para falar dos atos de perdão de Deus. Deus não mantém uma contabilidade do mal e dos erros que cometemos. Assim nós também não devemos manter uma contabilidade acerca dos erros que são cometidos contra nós.

Uma das maneiras que a palavra “logizomai” é traduzida no Novo Testamento é “imputar”. O Aurélio define imputar como “atribuir a alguém a responsabilidade de”.

De fato uma boa parte das vezes que a palavra “logizomai” ocorre no Novo Testamento, ela está sempre acompanhada da palavra “não”. Ou seja, Deus não está imputando a nós alguma coisa. Mas o que é esta coisa?

• Romanos 4:8 – Bem aventurado o homem a quem o Senhor jamais imputará pecado.

Na linguagem de 1 Coríntios nós poderíamos dizer: “bem aventurado o homem de quem o Senhor não se ressente do mal feito ou bem aventurado o homem de quem o Senhor não mantém uma folha corrida dos erros praticados. Deus não soma nossos pecados de maneira matemática como um contador pode fazer com receitas e despesas. Deus não mantém uma folha corrida dos nossos pecados.

• 2 Coríntios 5:19 – Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens suas transgressões... Em outras palavras, Deus não mantém um registro contábil dos pecados daqueles que se aproximam dEle.

Por outro lado, quando a palavra “logizomai” ocorre sem a palavra “não” indica que Deus está atribuindo a nós alguma coisa. Mas o que é atribuído a nós por Deus?

• Romanos 4:6 – Bem aventurado o homem a quem Deus atribui justiça, independente das obras.

• Romanos 4:19—22 – Ler todo o texto e notar a ênfase no verso 22 que diz: “pelo que isso lhe foi também imputado para justiça”.

• Tiago 2:23 a – “...ora Abraão creu em Deus e isto lhe foi imputado para justiça”.

O que estes versos que acabamos de ler nos dizem em alto e bom som é que Deus mantém registros somente da nossa justiça - que é pela fé - e não mantém registro do mal que cometemos. Mas independente do fato de Deus não guardar uma folha corrida dos nossos pecados nós ainda pecamos diariamente contra ele. De fato pecamos muitas vezes durante um mesmo dia. Para nosso próprio benefício, já que nós gostamos sempre de acertar contas, Deus tem nos dado um grande privilégio que o privilégio de podermos confessar nossos pecados e assim aliviar nossas consciências – ver 1 João 1:7—10.

c. A confissão de pecados é parte do processo do nosso relacionamento com Deus para nosso próprio bem.

d. Entendendo a confissão de pecados em 1 João 1:8—10.

A palavra grega ὁμολογῶμεν – omologômen – traduzida por confessarmos, quer dizer que concordamos em dizer a mesma coisa que outra pessoa. Isto é: se Deus chama determinada atitude de pecado da mentira, nós temos a obrigação de chamá-lo do mesmo jeito. E depois de concordar com Deus, através da confissão, nós devemos pedir que Deus nos perdoe o pecado da mentira. Quando concordamos com Deus – confissão ou admissão do que fizemos errado – Deus promete nos perdoar o pecado e nos purificar de todas as injustiças.

Conclusão

• Deus não mantém registro dos erros, aleivosias, ofensas e etc., que cometemos contra Ele.

• Deus nos perdoa, perdoa, perdoa e perdoa.

• Deus é nosso exemplo. Não devemos manter uma folha corridas das ofensas que nos são feitas. Devemos perdoar e procurar ver naquela outra pessoa o potencial que ela tem para servir Deus em vez de alimentarmos ressentimentos. Lembremo-nos da parábola do credor incompassivo: “Assim também meu Pai celeste vos fará se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” - Mateus 18:35.

• Nas ilhas da polinésia francesa os nativos costumam pendurar nos telhados das suas choças lembranças que os ajudem a não esquecer as ofensas que outros cometem contra eles. Eu penso que conosco ocorre o mesmo. Na nossa memória nós estamos muitas vezes suspendendo e pendurando elementos que nos ajudem a não esquecer o mal que nos foi feito.

• O verdadeiro amor não mantém um registro das ofensas. É isto que a expressão “não se ressente do mal” quer dizer.

6. I Coríntios 13:6

1. O Amor não se alegra com a injustiça οὐ χαίρει ἐπὶ τῇ ἀδικίᾳ - ou chaírei èpi àdikía - alegrar-se, folgar, ficar feliz com a injustiça. A palavra injustiça é sinônima da palavra iniquidade e ambas são duas expressões usadas por Deus para descrever o pecado. Pecado é um termo genérico para descrever coisas horríveis tais como: maus desígnios, prostituição, furtos, homicídios, adultérios, a avareza, as malícias, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Mas como e quando nós podemos nos alegrar no e com o pecado?

a. As formas de como nos alegramos no pecado.

• Nos alegrando no nosso próprio pecado. Todas as vezes que, contamos com arrogância, algum pecado que cometemos e no lugar de termos vergonha do que fizemos nos sentimos orgulhosos, nós estamos nos alegrando com a injustiça. Os Coríntios tinham um sério problema com isto - 1 Coríntios 5:1—7.

• Nos temos que nos lembrar que nossos pecados têm conseqüências devastadoras sobre nossas próprias vidas e as vidas das pessoas próximas a nós e que nós amamos. A promessa de Deus de nos abençoar até mil gerações deve ser um poderoso incentivo para vivermos corretamente. E a palavra de Deus de punir os pecados dos pais nos filhos, até a terceira e quarta gerações, deve ser um poderoso freio nas nossas vidas no que diz respeito a nos alegrarmos com a injustiça.

• Nos alegrando com os pecados do outros. Algumas pessoas se alegram quando ficam sabendo dos pecados cometidos por outros. Estas pessoas têm a falsa impressão de que são melhores que aqueles outros e isto faz com que se sintam bem.

• A grande verdade é que cedo ou tarde os nossos pecados nos acharão – ver Números 32:23.

• Não nos enganemos de Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear isto também ceifará – ver Gálatas 6:7.

b. A gravidade de nos alegrarmos com a injustiça ou pecado.

• Todo pecado é uma afronta a Deus. Se amamos a Deus nós vamos evitar o pecado e não vamos nos alegrar com as manifestações do mesmo. Tanto o Salmista quanto Cristo sofreram as conseqüências de não se alegrarem com o pecado – ver Salmo 69:9 e Romanos 15:3. Quando não nos alegramos com o pecado, isto incomoda muita gente. Não podendo agredir a Deus eles se voltam contra nós. Quando consumimos horas e horas de programas medíocres via televisão e achamos literalmente graça das profanidades, das insinuações maliciosas, das perversões sexuais e da adoração de demônios e coisas tais estamos nos alegrando com a injustiça e ofendendo Deus grandemente. Quando reagimos contra estas coisas o mundo se volta contra nós.

• Olhe ao seu redor e veja a quantidade de pecados que nossa sociedade tem aceitado sob as mais variadas desculpas. Eles nos dizem: Temos que ser mais tolerantes, vivemos em uma sociedade multifacetada, estamos vivendo novos tempos e a raça humana não para de avançar. Todas estas coisas não passam de desculpas esfarrapadas para justificar os mais perversos pecados. O apóstolo Paulo nós mostra um quadro bastante claro e apavorante do atual estado das coisas em Romanos 1:28—32.

• Qualquer pessoa que se diz cristão e participa - se alegrar é participar - nestas coisas não sabe o que é amar a Deus. O pecado é tão ofensivo a Deus, que se você ama a Deus de verdade os pecados da nossa sociedade deveriam deixar você com os cabelos em pé.

c. A implicação deste princípio com relação ao hábito de falar mal da vida alheia.

O verdadeiro amor não perde tempo falando acerca dos pecados que outros têm cometido. Fico pensando que existem certas pessoas que não tem outro assunto senão falar mal da vida de alguém. Sobre o que falaríamos se não tivéssemos a avalanche de notícias ruins dos jornais - escritos, falados e televisivos - e sobre as falhas e pecados das vidas das pessoas ao nosso redor? Se o amor não se alegra com a injustiça certamente o amor não se alegra em passar adiante notícias ruins, especialmente acerca dos pecados que outros têm cometido. Se sabemos que os pecados ofendem a Deus, fazemos bem em evitar promovê-los.

7. 1 Coríntios 13:6b

1. O amor regozija-se com a verdade. A expressão grega é συγχαίρει – sugchaírei, alegrar-se. Note que Paulo não contrasta injustiça com justiça e sim injustiça com verdade. Por que isto acontece? Porque onde existe injustiça, então a verdade divina está sendo adulterada, deturpada ou negada. Nós só podemos ser justos se estivermos baseando nossas vidas na verdade divina i.e., se crermos e praticarmos a verdade divina. Quando agimos assim, então podemos nos regozijar.

a. Onde podemos encontrar a verdade?

A verdade absoluta no que diz respeito ao CONHECIMENTO, ao MUNDO e principalmente aos VALORES que os seres humanos devem ter. Esta é uma pergunta que tem perturbado a humanidade desde os tempos mais antigos. Existem tentativas de responder a esta pergunta em todas as culturas conhecidas e nós, que participamos da cultura e sociedade ocidental temos desenvolvido um sistema filosófico complexo buscando responder essa pergunta. Assim temos:

• Gregos Pré Socráticos + Pitágoras, Heráclito, Anaxágoras e Demócrito.

• Sócrates, Platão e Aristóteles = Sofística, Gnosiologia, Moral, Política, Metafísica, Psicologia e Teologia.

• Período Ético = Estoicismo, Epicurismo, Ceticismo, Ecletismo e o Direito Romano

• Período Religioso = O Cristianismo, os Pais da Igreja, os Apologistas, os Controversialistas, os Alexandrinos e os Africanos. Os Luminares da Capadócia, Aurélio, Agostinho,Severino Boécio e Bento de Núrcia.

• Escolástica = Tomás de Aquino.

• Renascença = A renovação das antigas escolas filosóficas. O surgimento da nova Política com Machiavelli e da nova Ciência com Galileo Galilei. A Reforma Protestante e a Contra Reforma.

• Rcionalismo = Renato Descates, Baruch Spinoza, Guilherme Leibniz.

• Empirismo = Francis Bacon, Tomás Hobbes, João Locke, David Hume.

• Iluminismo = Estevão Condillac e Jean Jaques Rousseau.

• Criticismo Kantiano = Immanuel Kant.

• Idealismo = Fitche – ética – Schleiermacher – religião – Hegel – lógica. O pessimismo de Schopenhauer.

• Positivismo = Augusto Comte.

• Filosofias do Século 20 = Intuicionismo, Modernismo, Atualismo, Utilitarismo, Existencialismo e Pós Modernismo

Foi por dar ouvidos a este mundo de opiniões que nós nos encontramos exatamente onde estamos. Ou seja, metidos nesta grande encrenca que é a vida neste início de século XXI. A pergunta, todavia, persiste:

Onde podemos achar a verdade para que possamos nos regozijar nela?

A – Em primeiro lugar nós vamos encontrar a verdade em uma Pessoa: Jesus Cristo. Ele afirmou, que: EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA; NINGUÉM VEM AO PAI SENÃO POR MIM - João 14:6. Jesus Cristo, o Filho do Deus Vivo, é a personificação da verdade pois ele é a Própria Palavra de Deus feita em carne. NO PRINCÍPIO ERA O VERBO, E O VERBO ESTAVA COM DEUS E O VERBO ERA DEUS. Ler João 1:1—14.

B – Em segundo lugar nós vamos encontrar a verdade na Bíblia Sagrada, a Palavra Escrita de Deus. Foi o próprio Cristo quem disse: “SANTIFICA-OS NA VERDADE, A TUA PALAVRA É A VERDADE - João 17:17.

II – Uma vez que sabemos onde encontrar a verdade torna-se primordial, então, vivermos uma vida que seja coerente com a verdade. É só este tipo de vida que pode experimentar a verdadeira alegria. E como é que podemos viver, de maneira prática, a verdade revelada por Deus?

A – Primeiro vamos nos lembrar que o verdadeiro amor regozija-se com a verdade. De fato o Apóstolo João nos diz que: “E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos.” - 2 João 6.

B – Como podemos então andar segundo seus mandamentos? Sendo obedientes aos mandamentos! Quais mandamentos? A lista que segue é meramente ilustrativa e não exaustiva: a Bíblia usa uma linguagem simples para nos ajudar a entender o que Deus quer de nós. Em Efésios 4 Paulo usa uma ilustração simples de que a vida cristã é como trocar de roupa. Ou seja, devemos tirar a roupa velha e suja e nos vestir com roupas novas. Assim temos: ver Efésios 4:20—5:21:

A coisas que devemos pratica e evitar porque somo os eleitos de Deus de acordo com Efésios 5:3—2

• As coisas que devemos evitar:

 A prática e até mesmo a menção em conversas de coisas impudicas – sensuais – impuras ou relativas a qualquer tipo de cobiça – verso 3.

 Conversações torpes – obscenas e indecentes – nem palavras vãs – conversa à toa – nem chocarrices – zombarias – verso 4.

 Não nos deixar enganar acerca dessas coisas – verso 6.

 Não devemos participar nas práticas dessas coisas com aqueles que não conhecem a Deus – verso 6.

 Evitar a prática de tudo o que está relacionado com as trevas de onde saímos – verso 8.

 Não devemos participar nas obras infrutíferas das trevas de onde saímos – verso 8.

 Não devemos sequer fazer menção das coisas praticadas pelos filhos das trevas – verso 12.

 Não devemos nos embriagar com vinho – verso 18.

• As coisas que devemos praticar:

 Ações de graças – verso 5. Palavras boas para a edificação dos ouvintes – ver Efésios 4:29

 Devemos viver como filhos da Luz praticando a bondade, a justiça, a verdade – verso 9.

 Devemos provar as coisas que sabemos agradam o Senhor – verso 10.

 Devemos andar como pessoas prudentes e sábias e não como pessoas néscias – insensatas - verso 15.

 Devemos remir o tempo – usar o tempo que temos para fazer progredir o reino – verso 16.

 Devemos procurar – empenho – compreender qual a vontade de Deus – verso 17.

 Devemos nos encher com o Espírito Santo de Deus – verso 18.

 Devemos falar entre nós com salmos, entoando e louvando de coração o Senhor com hinos e cânticos espirituais – verso 19.

 Devemos dar sempre graças a Deus por tudo em nome do Senhor Jesus – verso 20.

 Devemos nos sujeitar uns aos outros – verso 21.

Logo depois destas considerações gerais Paulo se torna então mais específico, tratando de vários tipos de relacionamentos a saber:

Maridos e Esposas

Pais e Filhos

Servos e Senhores.

Conclusão

Meus irmãos sejamos pois obedientes à verdade. Tanto à verdade Viva - o Senhor Jesus Cristo - como à verdade Escrita - a Bíblia Sagrada. Que nosso desejo de obediência possa produzir verdadeira alegria em nossas vidas e nas vidas daqueles que nos observam, pois o verdadeiro amor REGOZIJA-SE COM A VERDADE.

8. 1 Coríntios 13:7

• A proeminência do Amor – versos 1—3.

• As características do perfeito amor.

1. O amor é paciente.

2. O amor é benigno.

3. O amor não arde em ciúmes.

4. O amor não se ufana.

5. O amor não se ensoberbece.

6. O amor não se conduz inconvenientemente.

7. O amor não procura os seus interesses.

8. O amor não se exaspera.

9. O amor não se ressente do mal.

10. O amor não sem alegra com a injustiça.

11. O amor regozija-se com a verdade

1. Verso 7 – O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta

a. O amor tudo sofre – No grego, o amor é como um telhado. Um telhado cobre, protege, suporta o mau tempo e protege àqueles que estão debaixo dele. A palavra também é usada para representar a segurança que têm aqueles que se encontram dentro de um navio, separados das águas do mar. A mesma palavra ocorre em 1 Pedro 4:8 onde o apóstolo Pedro nos desafia, dizendo: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. O amor serve como um escudo contra a presença do mal –

Ilustração: Conta-se que na Inglaterra controlada pelos puritanos – bem eles não eram tão puros assim como pretendiam ao adotar esse nome – a história de uma moça que segurou com o próprio corpo o badalo do sino que, ao tocar, seria o sinal para que seu noivo, um soldado condenado por uma corte militar fosse executado na Inglaterra de Cromwell.

b. O amor tudo crê – Indica que o cristão está sempre disposto a acreditar no melhor das pessoas, mas de forma alguma isto pode servir como pretexto para nos deixar enganar, manipular ou permitirmos sermos abusados por quem quer que seja. O amor que tudo crê é aquele que não procura expandir o mal que vê nas pessoas, mas acredita que o melhor de uma pessoa pode ainda vir a sobressair. O amor que tudo crê é aquele que demonstra vontade de confiar em uma pessoa, em vez de suspeitar malignamente. É aquele que procura entender a intenção sempre acima da ação. O amor que tudo crê, neste contexto, não tem nada a ver com crer nas Escrituras Sagradas. É o amor que acredita nos homens, acredita na bondade fraternal. É melhor errar sempre por ter confiado demais, do que errar por não confiar absolutamente.

c. O amor tudo espera – Quantas vezes nossos sonhos, projetos e esperanças foram completamente destruídos pela fraqueza de outros seres humanos. Muitos têm dito que só podemos confiar em Deus. Que não vale sequer a pena tentar confiar em outro ser humano. Mas o que esta parte do verso está nós dizendo é que o verdadeiro amor continua esperando e olhando para o que há de melhor nos seres humanos. No fundo, aqueles que exercitam o verdadeiro amor acreditam que o plano de Deus irá triunfar e que a boa vontade prevalecerá sobre o pecado.

d. O amor tudo suporta – O amor verdadeiro acredita na providência Divina. Tolera os abusos alheios, os fracassos dos outros, e os seus retrocessos. Embora não se alegre com tais comportamentos, suporta-os pondo em prática as qualidades mencionadas no início.

Note as palavras sóbrias e muito sérias contidas em Hebreus 12 1—4 que devem nos servir de incentivo e direção:

1 Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,

2 olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.

3 Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos
pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma.

4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue.


A bíblia enfatiza o amor em várias passagens. Ele é o símbolo por excelência que caracteriza ou deve caracterizar os cristãos. Por este motivo a bíblia nos diz que:

12 Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.

13 Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;

14 acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição - Colossenses 3:12—14.


9 E também faço esta oração: que o vosso amor aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção,

10 para aprovardes as coisas excelentes e serdes sinceros e inculpáveis para o Dia de Cristo,

11 cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus - Filipenses 1:9—11


Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento - Filipenses 2:2.

E o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco - 1 Tessalonicenses 3:12.

Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras - Hebreus 10:24.

Seja constante o amor fraternal - Hebreus 13:1.

Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados - 1 Pedro 4:8

Conclusão: Como implementar esse amor na sua vida.

Reconheça que amar é um mandamento de Deus e não a opinião do Alex - ver Romanos 13:8—10.

• Reconheça que o poder para implementar tal amor está dentro de você – ver Romanos 5:5.

• Reconheça que amar é o comportamento normal do cristão – ver 1 João 4:7—10.

• Reconheça que o amor é parte do fruto do espírito – ver Gálatas 5:22—23.

• Ponha o amor em prática – ver 1 Pedro 1:22.

Quando amamos de verdade, o mundo reconhece esse amor e Cristo recebe a glória que lhe é devida.

OUTROS ESTUDOS EM 1 CORÍNTIOS 13


http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2011/12/1-corintios-13-parte-1-uma-exposicao.html


http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2011/12/1-corintios-13-parte-2-uma-exposicao.html


http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2011/12/1-corintios-13-parte-3-uma-exposicao.html


http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2011/12/1-corintios-13-parte-4-uma-exposicao.html


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.


BIBLIOGRAFIA

Almeida, João Ferreira. Bíblia de Almeida na Versão Revista e Atualizada – 2ª Edição. Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, 1998.

Fee, Gordon D. The First Epistle to The Corinthians in The New International commentary on the New Testament. William B. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, 1987.

MacArthur, John. Perfect Love in John MacArthur´s Bible Studies. Moody Press, Chicago, 1983.

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