sábado, 21 de janeiro de 2012

O Propósito Divino para o Casamento


Este estudo é parte de uma série de palestras que estamos ministrando nas reuniões de casais da nossa igreja. O link para o estudo seguinte poder ser encontrado no final desse estudo:


I – O Fundamento Necessário


A – Dois Pressupostos Básicos:

1 – Tanto o homem, criado primeiro, como a mulher, criada depois, foram feitos à imagem e semelhança de Deus. Eles não são idênticos, mas eles são iguais diante de Deus – ver Gênesis 1:26.

2 – A união entre o homem e a mulher deve refletir a própria unidade de Deus – ver Deuteronômio 6:4. Como Deus é um, assim um homem e sua mulher devem se unir de tal forma que, mesmo sendo dois, constituam uma unidade. É por este motivo que Deus condena a fornicação - relação sexual entre pessoas não casadas - o adultério - relação de uma pessoa casada com outra qualquer que não seja o cônjuge - e o divórcio - a dissolução do casamento.

B – A Monogamia Satisfaz o Intuito de Deus.

Deixando o pai e a mãe, o que se aplica tanto ao homem como à mulher, a união conjugal é mostrada como uma unidade espiritual, uma comunhão vital de corações, bem como dos corpos, nos quais a mesma encontrará sua consumação.

II – O Casamento Hoje

A – Continua sendo o plano de Deus

1 – Ameaças ao casamento hoje:

• Pornografia - filmes, livros, revistas, novelas, Internet, etc.

• Fornicação

• Adultério

• Homossexualismo

• Aborto

• Esterilização

•Revolução Sexual

2 – Mesmo casamentos que se mantêm são caracterizados por:

• Infidelidade/Adultério

• Mentiras/Engano

• Perda de Respeito

• Orgulho

• Perda de Confiança

• Egocentrismo

• Materialismo

• Preguiça

•Solidão

B – O Que Fazer?

1 – Duas Verdades Básicas

• Você precisa ser cristão – Foi Deus quem criou o homem, a mulher e os uniu para expressarem a mesma unidade que existe em Deus. Foi Deus também que nos deu o livro onde nos ensina como o casamento deve funcionar – a Bíblia.

• Você precisa andar em sintonia com Deus i.e. em submissão a Deus. Ver Gálatas 5:25 e Efésios 5:18—20.

• Todo cristão que anda em desacordo com a vontade de Deus vai, certamente, enfrentar problemas no casamento e nas relações familiares.

III – Os Elementos chaves para cumprir o propósito que Deus tem para o Casamento.

• Efésios 5:21 – Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo. Vale para a mulher com relação ao homem e vice versa.

• Tiago 4:1 – Porque os conflitos existem? Egoísmo.

• Marcos 10:43—45 – O mandamento de Deus. Estamos aqui para servir nosso cônjuge e filhos.

A – Sujeição – submissão – explanada:

No grego a expressão é: HUPOTASSO = HUPO = sob + TASSO = alinhar-se.

• O todo da vida cristã, à medida que nos relacionamos com outros deve ser caracterizado por humildade e atitude de serviço.

B – Sujeição exemplificada na Vida do Próprio Senhor Jesus Cristo.

• Filipenses 2:4—8

C – Sujeição examinada

• Efésios 5:22—6:9

• O alvo do apóstolo Paulo é enfatizar a submissão mútua. E ele ilustra seu propósito usando vários tipos de relacionamentos:

  Marido e Mulher – Efésios 5:22—25.

  Pais e Filhos – Efésios 6:1—4.

  Senhores e Servos – Efésios 6:5—9.

IV – A Sujeição como Princípio: Como se Aplica.

A – Na TRINDADE

• I Coríntios 11:3 – A liderança de Deus – o Pai - sobre Cristo - o Filho - não é uma questão de essência e sim de função.

• Cristo é Deus: João 10:30 e João 14:9.

• João 4:34 – Em essência e natureza Cristo e Deus são um e o mesmo. Mas pelo propósito do Deus triuno houve a necessidade do Filho se submeter ao Pai. Cristo estabelece o exemplo para nós. A resistência tanto dos homens como das mulheres dos nossos dias, de se sujeitarem uns aos outros, chega a ser ridícula!

B – No Casamento

O casamento do ponto de vista dos povos da Bíblia:

1 – Os Judeus:

• Os casamentos eram arranjados pelas famílias.

• A família do noivo normalmente pagava um preço pela noiva, em dinheiro, roupas ou outros itens de valor. Este preço não indicava que a noiva pertencia ao noivo, mas era somente uma compensação pela perda da capacidade produtiva da noiva em favor da família dela.

• No dia do casamento o foco da atenção era o noivo.

• A noiva deixava sua casa e ia morar com a família do noivo.

• Mulheres não tinham nenhum direito a heranças.

• O homem podia tomar uma concubina para gerar filhos, caso sua mulher fosse estéril.

• Bigamia e poligamia eram práticas comuns.

• A lei mosaica procurou proteger as concubinas e as múltiplas esposas, mas Deus nunca aprovou estes relacionamentos. O objetivo era proteger estas que são vítimas inocentes de paixões descontroladas dos homens – seres masculinos.

• O homem podia divorciar a mulher por qualquer motivo, mas, era obrigado a conceder carta de divórcio e não podia, em hipótese nenhuma, tornar a se casar com a esposa anterior.

• O divórcio era um ato público e só o homem podia iniciar o processo

2 – Os Gregos:

• Casamentos eram arranjados pelas famílias ou agentes. O amor era irrelevante, já que os noivos não se conheciam.

• Havia também os casamentos em que um dos cônjuges era comprado.

• Nos casamentos arranjados a família da noiva providenciava um dote composto de roupas, jóias e, não raramente, escravos. O dote pertencia à noiva todo o tempo. Em caso de divórcio a noiva levava o dote com ela.

• Os homens podiam possuir além da esposa uma concubina.

• Bigamia era tolerada em períodos de baixa quantidade de homens disponíveis devido às excessivas guerras.

• O adultério levava ao divórcio quando cometido pela mulher e o homem era chamado de Keroesses - chifrudo.

• O homem podia divorciar sua mulher a qualquer tempo sem ter necessidade de declinar o motivo.

• As mulheres podiam pleitear o divórcio baseadas na crueldade ou excessos cometidos pelos maridos.

• Os homens tinham uma visão utilitária das mulheres, principalmente no que diz respeito ao lar.

• As mulheres não podiam assinar contratos, assumir dívidas, disputar legalmente coisa alguma e qualquer coisa feita sob a influência de uma mulher não tinha valor legal e podia ser desfeita pelo marido.

• Os Atenienses acreditavam na teoria de Eurípides que as mulheres eram “aleijadas mentais”.

3 – Os Romanos.

A. Durante a República

• O pai da família podia decidir se a criança nascida deveria viver caso fosse defeituosa ou mulher.

• A filha casada continuava sob o poder do pai a menos que ele transferisse este direito ao marido da mesma.

• As mulheres eram definidas pela lei como “imbecillitas” ou incapazes.

• Mulheres eram proibidas de aparecerem em juízo, mesmo como testemunhas.

• Como viúvas, as mulheres não podiam requerer absolutamente nada das posses dos maridos.

• As mulheres estavam o tempo todo sob a tutelagem de algum homem – pai, irmãos, marido e até mesmo dos filhos.

B. Durante o Império.

• Os casamentos eram arranjados e os noivos quase nunca se conheciam.

• A família da noiva providenciava um dote para o noivo. O dote pertencia ao noivo mesmo em caso de divórcio.

• Adultério era muito comum tanto da parte do marido quanto da esposa. As mulheres se defendiam alegando que os maridos já haviam sido compensados através do dote.

• As mulheres podiam pleitear e quase sempre conseguiam a emancipação - liberdade da tutelagem de algum homem.

• As mulheres emancipadas passavam então a trabalhar no comércio ou nas indústrias, principalmente na têxtil. Algumas avançavam mais ainda e tornavam-se advogadas e médicas.

• Praticamente não havia posição na sociedade Romana que não fosse também ocupada por mulheres. As mulheres competiam pra valer com os homens.

• Divórcio era comum e não era necessário dar-se carta de divórcio.

4 – O Cristianismo.

O ponto de vista cristão é: homem e mulher são criados à imagem e semelhança de Deus e são iguais perante Deus. Homem e mulher têm funções diferentes no relacionamento matrimonial, mas não existe superioridade de nenhuma das partes.

• O homem e a mulher devem deixar suas respectivas famílias e se unirem, vindo a ser uma só carne.

• O casamento é monogâmico e não se aceita o concubinato em nenhuma hipótese.DEUS ODEIA o DIVÒRCIO – ver Malaquias 2:16: Pois o SENHOR Todo-Poderoso de Israel diz: —Eu odeio o divórcio; eu odeio o homem que faz uma coisa tão cruel assim. Portanto, tenham cuidado, e que ninguém seja infiel à sua mulher.

• Divórcio é possível, não obrigatório, em caso de adultério de uma das partes.

• Única exceção ao adultério é o caso do cônjuge cristão ser abandonado pelo cônjuge pagão. Neste caso o cristão é livre para casar com outro cristão.

• Espera-se da mulher que se sujeite - submeta-se - à liderança do seu marido com tudo o que este princípio implica. O homem é o cabeça da mulher não para mandar nela, mas para servi-la como Cristo fez com a Igreja apesar de ser o cabeça da mesma.

• Espera-se do marido que ame sua esposa como Cristo amou a igreja, ou seja, que o marido esteja disposto a servir a esposa e a entregar a própria vida pelo bem da esposa com tudo o que está implicado neste princípio.

• A igreja, como congregação dos santos, precisa participar ativamente na solução de questões que estejam levando casais a se separarem. Disciplina cristã genuína pode salvar a maioria dos casamentos ou expor corações empedernidos ao extremo.

V – Conclusão

Precisamos urgentemente retomar:

• O conceito Bíblico de que o casamento precisa refletir a unidade de Deus.

• A disposição de sujeitarmo-nos uns aos outros manifesta claramente em uma atitude de serviço, tanto do marido quanto da mulher, seguindo o exemplo e o mandamento do Senhor – Marcos 10:43—45.

• A centralização da Igreja local, quanto comunidade dos santos, no tratamento dos casais que violam os dois itens anteriores.

O Estudo 002 dessa série pode ser encontrado aqui:



Que Deus abençoe a todos.
 
Alexandros Meimaridis 

PS. Pedimos a todos os nossos leitores que puderem que “curtam” nossa página no facebook através do seguinte link:


Desde já agradecemos a todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário