quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

PROVÉRBIOS 16:1 - MEDITAÇÃO PARA O ÚLTIMO DIA DO ANO DE 2014



VERSÍCULO MOTO PARA A IGREJA PRESBITERIANA BOAS NOVAS PARA 2015

Introdução:

A. Provérbios 16:1 diz o seguinte no original hebraico:
 לְאָדָם מַעַרְכֵי־לֵב וּמֵ‍יְהוָה מַעֲנֵה לָשׁוֹן[1]

B. Nossa tradução em português na Versão de Almeida Revista e Atualizada diz:

O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR.

C. Como podemos notar o verso tem uma estrutura, mesmo em português, algo estranha.

D. De fato o original, que é mais estranho ainda, chegou a ser desconsiderado por muitos copistas que preferiram deixar esse verso de fora nas cópias que estavam fazendo.

E. Todavia a vasta maioria de cópias realmente importantes usadas para se fixar o texto no hebraico têm esse verso, a ponto de não existir nenhuma dúvida de sua historicidade, nem necessidade de fazer qualquer anotação no aparato crítico acerca do mesmo.

F. Portanto com essa confiança vamos analisar o mesmo e extrair dele alguns princípios para nos motivar a viver para Deus no ano 2015.

NOSSO VERSO MOTO PARA O ANO 2015 — PROVÉRBIOS 16:1

I. As duas palavras mais importantes no verso são: Coração e Deus.

A. Essas duas palavras servem para enfatizar uma verdade Bíblica que é: Deus é soberano até mesmo sobre os corações humanos!

B. Os seres humanos são livres para planejarem, mas isso não é garantia absoluta, em nenhuma hipótese, que tais planos irão se concretizar.

C. Talvez a ilustração mais clamorosa que podemos usar para ilustrar essa verdade seja daquele homem rico que derrubou seus celeiros e construiu outros maiores para poder acomodar a gigantesca colheita que suas terras produziram com a bênção de Deus. Tal homem satisfeito depois de colher todo o fruto do seu campo diz para si mesmo o seguinte:

Lucas 12:19

Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.

D. Mas a resposta de Deus a tudo isso é:

Lucas 12:20

Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?

E. Isso tudo nos ensina que em todas as coisas é sempre Deus quem tem a última palavra. Isso deve nos conduzir a uma atitude de profunda humildade e dependência de Deus durante cada novo dia do ano 2015.

II. É Deus quem Supre Nossos Corações com a Sabedoria Necessária para Nossos Lábios.

A. Creio que a Nova Tradução na Linguagem de Hoje captura bem a essência desse verso ao dizer:

Provérbios 16:1 na NTLH

As pessoas podem fazer seus planos, porém é o SENHOR Deus quem dá a última palavra.

B. A história de Balaão ilustra bem essa verdade conforme a descrição que encontramos em Números 22:5—20. Foi pedido a Balão e lhe foi paga uma grande soma em dinheiro para ir e amaldiçoar ao povo de Israel, mas na hora “H”, Deus mudou a maldição em bênção!

C. Assim, os seres humanos, inclusive nós podemos fazer muitos planos, mas devemos saber que Deus é soberano sobre nossos corações, mentes e bocas.

D. Não há nada de bom ou que possa ser considerado útil para a edificação se não vier do próprio Deus para nós. E isso independente dos planos que podemos fazer em nossos corações.

E. A segunda lição que podemos aprender é que: Isso tudo nos ensina que devemos deixar Deus conduzir nossos planos. Que tudo o que pretendemos fazer possa ser moldado pela Palavra de Deus, caso contrário iremos experimentar apenas fracassos e amarguras.

CONCLUSÃO

A. Por causa do caráter de Deus, todos os planos feitos nos corações dos seres humanos estão, necessariamente, sob o controle daquele que é Todo-Poderoso e Todo-Sábio. Tais pensamentos não podem existir sem seu conhecimento e nenhum deles poderá progredir sem seu expresso consentimento.

B. Outras ilustrações que podemos dar são:

1. A decisão enciumada dos irmãos de José em prejudicá-lo que culminam com essas próprias palavras de José:

Gênesis 50:19—21

19 Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus?

20 Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.

21 Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração.

2. Ou a duras palavras do Faraó contra Moisés:

Êxodo 10:28—29

28 Disse, pois, Faraó a Moisés: Retira-te de mim e guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás.

29 Respondeu-lhe Moisés: Bem disseste; nunca mais tornarei eu a ver o teu rosto.

C. Deus é tão Majestoso a todo esse respeito que lemos o seguinte em

Salmos 76:10 

Pois até a ira humana há de louvar-te; e do resíduo das iras te cinges.

D. Deus em sua grande graça e misericórdia nos concedeu o maior benefício de todos que é a presença constante, poderosa e amiga do seu Espírito Santo habitando em nós. Que sejamos obedientes à direção do Espírito Santo, porque a última e melhor palavra e orientação procedem sempre de Deus.

E. Que assim seja nosso ano de 2015: guiados com toda humildade e confiança em Deus e na sua eterna e verdadeira Palavra, manifestada, especialmente, por meio de Seu Filho Jesus Cristo, que é a própria Palavra viva de Deus!

Que Deus abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis 

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Desde já agradecemos a todos.  



[1]Kittel R. Biblia Hebraica Stuttgartensia. Deutsche Bibelgesellschaft, Stuttgart 1996, c1925.  

IGREJA S/A É UM ÓTIMO NEGÓCIO! E TOTALMENTE ISENTO DE IMPOSTOS


O artigo abaixo foi publicado no site Gnotícias e foi assinado por Dan Martins

Arrecadação das igrejas no Brasil ultrapassa R$ 20 bilhões em um ano

A Receita Federal divulgou recentemente os números referentes à arrecadação das instituições religiosas no Brasil, revelando que, apenas no ano de 2011, as igrejas arrecadaram R$ 20,6 bilhões em todo o país. O valor fica próximo à receita líquida de uma empresa como a TIM, e é o equivalente a metade do orçamento da cidade de São Paulo.

As cifras, superiores ao orçamento de 15 dos 24 ministérios da Esplanada, foram obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação. Segundo a Folha de São Paulo, este valor equivale 90% da verba destinada pelo Governo Federal para o Bolsa Família neste ano.

A soma de R$ 20,6 bilhões arrecadada pelas igrejas inclui as mais diferentes tradições religiosas, como a católica, evangélica e outras. A maior parte deste valor vem das doações feitas pelos fieis através de doações como dízimos e ofertas. Foram R$ 39,1 milhões doados diariamente às igrejas, totalizando R$ 14,2 bilhões no ano, sendo cerca de R$ 3,47 bilhões por dízimo e R$ 10,8 bilhões por ofertas e outras doações voluntárias.

Os valores bilionários arrecadados pelas igrejas incluem também outras fontes de receita, como a venda de bens e serviços, que rendeu R$ 3 bilhões para as instituições religiosas em 2011, e rendimentos com ações e aplicações (R$ 460 milhões).

Os números divulgados pela Receita Federal mostram também que, entre 2006 e 2011, a arrecadação anual dos templos religiosos cresceu 11,9%, em valores declarados e corrigidos pela inflação.

Receita Federal

Apesar de serem isentas de impostos, as igrejas precisam declarar anualmente os valores e a origem de sua receita à Receita Federal. Porém, os dados de cada declarante são mantidos em sigilo, não tornando possível a verificação dos números por religião.

Veja o infográfico que detalha a arrecadação anual das igrejas no Brasil:

infográfico-arrecadação-igrejas
Fonte: Folha de S.Paulo

O artigo original publicado pelo Gnotícias poderá ser visto por meio do link abaixo:


Que Deus abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis 

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ESTUDO DA VIDA DE JESUS – PARTE 2 – ESTUDO 034 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO



Essa é uma série cujo propósito é estudar, com profundidade, a vida do Senhor Jesus como apresentada nos quatro Evangelhos. No final de cada estudo você irá encontrar links para outros estudos. A Série tem o título Geral de: Jesus Confronta a Religião, a Sociedade e a Cultura.

Jesus Confronta a Religião, a Sociedade e a Cultura.

Lição 034 – OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 008.

II. O Prólogo do Evangelho de João – João 1:1—18 - Continuação

C. Exposição de João 1:1—18 — Continuação.

1. João 1:1- No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus - Continuação.

A expressão grega λόγος lógos que é traduzida por “verbo” é, como todos os outros nomes atribuídos ao Salvador Jesus, descritiva da excelência da Sua pessoa, natureza ou trabalho. “Logos” cujo significado básico faz referência a uma “palavra falada, eloquência, doutrina, razão ou à capacidade de raciocinar” é atribuída ao Senhor Jesus de maneira muito apropriada uma vez que Ele é:

A. A verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem — João 1:9.

B. A fonte de toda a sabedoria e o único que pode dar “vida, luz, conhecimento e razão” a todos os seres humanos.

A maior e mais luminosa fonte de revelação que nos descortinou a própria pessoa de Deus Pai em toda a Sua essência —

João 1:18

Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

João10:30

Eu e o Pai somos um.

João14:9
Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?

e especialmente

1 João 4:8 e 16

8  Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.

16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.

C. Aquele que foi anunciado pelos profetas, pois a Bíblia declara que “o testemunho de Jesus é o espírito da profecia — Apocalipse 19:10”. Ver também

1 Pedro 1:10—13

10 Foi a respeito desta salvação que os profetas indagaram e inquiriram, os quais profetizaram acerca da graça a vós outros destinada,

11 investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam.

12 A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas essas que anjos anelam perscrutar.

13 Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.


D. O primeiro a demonstrar de forma prática e absoluta a realidade da imortalidade —

2 Timóteo 1:8—10

8 Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem do seu encarcerado, que sou eu; pelo contrário, participa comigo dos sofrimentos, a favor do evangelho, segundo o poder de Deus,

9 que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos,

10 e manifestada, agora, pelo aparecimento de nosso Salvador Cristo Jesus, o qual não só destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho,

Como podemos ver o anúncio proposto de forma tão “pomposa” pelos espíritas de que “a morte não existe” chegou com 18 séculos de atraso com relação à revelação do Senhor Jesus.

Já tivemos a oportunidade de nos referir ao fato de que certos autores gregos, especialmente Platão, Pitágoras e Zeno, entre outros, fizeram referências ao “verbo” como existente desde a eternidade e isto tem levado muitos a concluírem, de forma equivocada em nossa opinião, de que João teria emprestado deles as idéias acerca do “verbo”. Mas a realidade é bem outra. Tanto João quanto os escritores gregos, que, diga-se de passagem, viajaram bastante através de toda a bacia do Mediterrâneo, tomaram “emprestadas” as idéias pertinentes ao “verbo” do Antigo Testamento e dos comentaristas bíblicos, especialmente daqueles que surgiram após o grande e grave desterro para a Babilônia. Esses homens produziram extensas obras — traduções e comentários acerca do Antigo Testamento — em várias línguas, mas de modo especial em aramaico, que são conhecidas como “Targuns”. É óbvio que o apóstolo João tendo recebido uma revelação vinda do próprio Deus, nos falou com maior profundidade e propriedade acerca daquele que, sendo o Verbo —

João 1:14

Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

E o Verbo era Deus — Ao colocar, no idioma original, o predicado antes do sujeito — καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος — kaì Theòs ên o lógos — João pretendeu dar plena ênfase à realidade de que Jesus era Deus mesmo e nós devemos iniciar todas as conversas e discussões teológicas exatamente neste quesito. Contra todas as tentativas das religiões de negação da divindade de Jesus, bem como contra todas as muitas formas e manifestações heréticas nós precisamos insistir, como João o faz logo de cara, de que o Verbo era completamente divino.

Outros estudos acerca da vida de Jesus podem ser encontrados nos links abaixo:

001 — Estudos Na Vida de Jesus — Porque Jesus Veio a Este Mundo

002 — Estudos na Vida de Jesus — O Registro Escrito Acerca de Jesus — Parte 001

003 — Estudos na Vida de Jesus — O Registro Escrito Acerca de Jesus — Parte 002.

004 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões —

005 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 2.

006 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 3.

007 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 4.

008 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 5.

009 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 6.

010 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 7.

011 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 8.

012 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 9.

013 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 10.

014 — Estudos Na Vida de Jesus — A Revelação de Jesus e o Fim das Religiões — Parte 11.

015 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 12

016 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 13

017 A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14A

017 B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14B

017 C — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14C

017 D — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 14D

018 A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 15A

018 B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 15B

019A — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 16A

019B — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 16B

020 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 17

021 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 18

022 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 19

023 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 20

024 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 21

025 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 22

026 — Estudos na Vida de Jesus — A Revelação de Deus e o Fim das Religiões — Parte 23
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/04/estudo-da-vida-de-jesus-parte-1-estudo.html

OUTROS ESTUDOS ACERCA DA VIDA DE JESUS — PARTE 2 PODEM SER ENCONTRADOS NOS LINKS ABAIXO:
001 — Estudos Na Vida de Jesus — PARTE 02 — ESTUDO 027 — OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 001 — A PLENITUDE DO TEMPO
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/05/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
002 — Estudos Na Vida de Jesus — PARTE 02 — ESTUDO 028 — OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 002 — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE LUCAS — LUCAS 1:1—4
003 — Estudos Na Vida de Jesus — PARTE 02 — ESTUDO 029 — OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 003 — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE JOÃO — JOÃO 1:1—18 — PARTE 001
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/07/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
004 — Estudos Na Vida de Jesus — PARTE 02 — ESTUDO 030 — OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 004 — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE JOÃO — JOÃO 1:1—18 — PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/08/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
005 — Estudos Na Vida de Jesus — PARTE 02 — ESTUDO 031 — OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 005 — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE JOÃO — JOÃO 1:1—18 — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/09/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
006 — Estudos Na Vida de Jesus — PARTE 02 — ESTUDO 032 — OS PRÓLOGOS AOS EVANGELHOS — 006 — INTRODUÇÃO AO EVANGELHO DE JOÃO — JOÃO 1:1—18 — PARTE 004
007A — A DIVINDADE DE JESUS E A IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS OU IGREJA DOS MÓRMONS.
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/11/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
007C —  A DIVINDADE DE JESUS E OS ADVENTISTAS DO SÉTIMO DIA
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/11/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo_30.html
007D — A DIVINDADE DE JESUS E  IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA — PARTE 001http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/12/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
007E — A DIVINDADE DE JESUS E  IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA — PARTE 002http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/12/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo_3.html
008 — A DIVINDADE DE JESUS COMO APRESENTADA PELO EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 001
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2014/12/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo_31.html
009 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 002
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/02/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
010 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 003
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/03/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
011 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 004http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/05/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
012 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 005http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/06/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
013 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 006
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/07/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
014 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 007
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/08/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
015 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 008
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/09/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
016 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 009
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/11/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
017 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 010
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2015/12/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
018 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 011
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/02/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
019 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 012
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/04/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
020 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 013
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/06/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
21 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 014
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/08/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
022 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 015 — A LUZ DOS HOMENS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/10/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
023 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 016 — JESUS VEIO TRAZER O PERDÃO E A SALVAÇÃO DE DEUS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/12/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo_8.html
024 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 017 — JESUS É O MESSIAS PROMETIDO NA PROFECIA DAS 70 SEMANAS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2016/12/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo_11.html
025 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 018 — JESUS É O SOL DA JUSTIÇA PROMETIDO NA PROFECIA DE MALAQUIAS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/01/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
26 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 019 — O TESTEMUNHO DE JOÃO ACERCA DE JESUS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/estudo-da-vida-de-jesus-parte-2-estudo.html
27 — A DIVINDADE DE JESUS SEGUNDO O EVANGELHO DE JOÃO — PARTE 020 — O TESTEMUNHO DE JOÃO ACERCA DE JESUS — PARTE 002

Que Deus abençoe a todos. 

Alexandros Meimaridis 

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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS DÁ PASSOS FIRMES EM DIREÇÃO À TOTAL JUDAIZAÇÃO



O material abaixo foi publicado pela revista Cristianismo Hoje.

Entre levitas e menorás

Com o Templo de Salomão, Igreja Universal busca maneiras de se reinventar em meio a uma concorrência crescente.

Escrito por Leonildo Campos

Recebi um convite para participar de uma cerimônia no recém-inaugurado Templo de Salomão depois de ter sido incluído numa lista com nomes de colegas professores e alunos que seria submetida a alguém da Igreja Universal do Reino de Deus. Recebi então o convite para o chamado “Congresso de Pastores Evangélicos”, acompanhado de um cartão com as regras a serem seguidas no local e uma fita de identificação autorizando, somente para aquele dia e hora, o trânsito pelo santuário.

No dia marcado, acompanhado de minha mulher – que recebeu a orientação para não ir de calças compridas ou blusa com decote – estacionei num enorme espaço nos subterrâneos do prédio, com capacidade para aproximadamente dois mil veículos. Na entrada, rapazes com batas brancas e um cordão como cinto, chamados de “levitas”, recebiam os visitantes com uma saudação hebraica: “Shalom”, à qual respondi com um não menos simpático “bom dia”. A nave do templo permaneceu na penumbra durante o tempo de espera, com uma música orquestral de fundo e clipes com imagens filmadas na região do Sinai ou em cenários cinematográficos.

Às nove horas da manhã, começou a apresentação de um pequeno filme em projeção de 180 graus, contendo uma síntese da história de Abraão até o surgimento da Universal. Aliás, a qualidade das imagens e do som era excelente. Quando as luzes se acenderam, abriram-se as cortinas e o bispo Edir Macedo entrou acompanhado de um pequeno grupo de “levitas”. A cortina, na verdade, é um enorme véu – e por detrás dela, apesar da escuridão da nave do templo, dava para ver as palavras grafadas seguindo a curvatura das letras hebraicas: “Santidade ao Senhor”. No centro do palco, também chamado de “Altar de Deus”, estava uma enorme réplica da arca da aliança e um candelabro com sete luzes acesas. Aparentemente, os dois objetos são folheados ou banhados a ouro.    

O bispo e os “levitas” se ajoelharam diante da arca e, depois de uma breve oração, saíram todos, menos Macedo. O bispo, então, começou a cerimônia, seguindo-se uma ordem litúrgica simples, tal como ocorre nos demais templos da Iurd. Edir Macedo vestia terno e gravata, com um quipá na cabeça e uma capa com bordados judaicos sobre os ombros. Durante os 90 minutos seguintes, houve orações, cânticos e momentos reservados às ofertas, entremeados de curtos momentos de pregação, tudo sempre acompanhado por uma discreta música de fundo. Na hora das ofertas, as pessoas levaram seus envelopes à frente. Uns depositaram-nas em cofres; outros, nas salvas trazidas pelos “levitas”. Outro obreiro, com uma maquininha online, esperava pacientemente que alguns doadores, em uma pequena fila, digitassem as suas senhas de banco e o valor a ser depositado na conta da igreja.

O clima do culto parecia se inspirar quase que exclusivamente no Antigo Testamento. Aliás, essa tem sido a fonte de legitimação não somente para a Igreja Universal como para outras denominações pentecostais, que têm se entregado, desde os anos 1990, a uma onda de “judaização” crescente. A bem da verdade, a Iurd não é pioneira neste sentido na América Latina. A partir do Peru, está se espalhando pela região amazônica a Igreja Israelita do Novo Pacto Universal, ligada a grupos cristãos sionistas do Chile e da Colômbia. Surgida nos anos 1960, a instituição celebra as festas judaicas – e, em suas cerimônias, os fiéis se vestem a caráter e realizam sacrifícios de animais. Muito antes disso, ainda no século 19, o Adventismo do Sétimo Dia focou parte de suas doutrinas nas tradições judaicas e no Antigo Testamento.  Desde os anos 1980, no Brasil, a pastora Valnice Milhomens, da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, comemora a Festa dos Tabernáculos ou das Cabanas. Devem-se acrescentar, aqui, algumas comunidades judaicas chamadas de messiânicas, que aceitam Jesus de Nazaré como Messias; mas, ao mesmo tempo, reproduzem festas judaicas e ordens de culto tirados das sinagogas, usando-se, para isso, vestes, costumes e hábitos tipicamente judaicos.

Magali do Nascimento Cunha, professora de pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Metodista de São Paulo, menciona alguns exemplos de como o processo de ressignificação de símbolos do Antigo Testamento estão presentes na comunidade evangélica dos dias de hoje. “Expressões-chave retiradas do Antigo Testamento bíblico passam a representar o tipo da prática e de qualidade da relação dos fiéis com Deus”, explica. “O Senhor é identificado como ‘Rei’ e ‘General’ e relacionado a poder, domínio e majestade”. Por outro lado, ela observa que inúmeras canções de artistas gospel usam expressões como “chegar ao santo dos santos”; “estar nos átrios de Deus”, “trazer a arca”, “trazer o sacrifício” etc.

IMAGINÁRIO JUDAICO

As ligações da Universal ao imaginário judaico são enormes. É famosa, na denominação, a campanha intitulada Fogueira Santa de Israel, quando orações e ofertas dos fiéis são acompanhadas de pedidos por escrito de bênçãos específicas. A Igreja diz que os papéis são depois queimados e as cinzas, levadas pelos bispos para os montes situados na região do Sinai. Desde há muito, a Iurd tem ensinado que Israel é a “Terra Santa”; portanto, o óleo de oliveiras da Galileia, o sal do mar Morto e outros materiais trazidos de lá, como água, areia ou pedras, são muito valorizados por seus supostos poderes curativos ou pela alegada capacidade de produzir milagres econômicos na vida dos fiéis.

Outra evidência dessa aproximação é a ênfase na necessidade de o ser humano estabelecer uma aliança com Deus, como fizeram os patriarcas do Antigo Testamento. Mediante contribuições financeiras à igreja, Deus ficaria comprometido em atender a todos os pedidos – uma espécie de contrato feito entre o céu e a terra, tendo a Igreja Universal como intermediária. A arca da aliança exposta no templo, portanto, é a exteriorização desse contrato que Deus fez com Israel por meio de Moisés, ainda no deserto. Quando firmado hoje, é a garantia de que a bênção pedida será concedida, desde que o fiel aja com muita fé e faça a sua parte corretamente. Isso, pelo menos, é o prometido pelos pastores e bispos. Se algo der errado, a culpa não é da Igreja: o fiel é que não conseguiu cumprir todas as cláusulas da aliança feita com Deus.

Com o Templo de Salomão, verifica-se a exacerbação de um processo que já vinha sendo implantado há muito tempo na Universal. A sacralização do espaço religioso é algo que vem da tradição católica, dos cultos afrobrasileiros e das Escrituras judaicas, mais do que do Cristianismo protestante. No espaço ao redor do templo, foram plantados 12 pés de oliveira, para representar as doze tribos de Israel. E, à semelhança dos antigos templos católicos, há na sede mundial da Universal espaço para os túmulos onde, possivelmente, Macedo, seus familiares e figuras ilustres da igreja serão sepultados. Convém lembrar, no entanto, que Jesus insistia na temporalidade do templo de Jerusalém e dizia que, a despeito de sua beleza e do destaque que tinha na vida religiosa judaica na época, seria completamente destruído – e que o próprio Filho de Deus deixou claro que seus seguidores poderiam se reunir em qualquer lugar, sem preocupação com estruturas e quantidade de pessoas presentes.

Inteligentemente, os líderes da Igreja Universal fizeram uma adaptação das regras que regiam o templo da Israel. Excluíram, por exemplo, a proibição à entrada de mulheres, de pessoas de outras etnias ou portadores de deficiência física, o que seria inadmissível nos dias de hoje. Também não há sacrifícios de animais, rito que jamais voltou a ser praticado pelos judeus depois da destruição, pelos romanos, do templo de Jerusalém, no início de nossa Era.

O modelo seguido na construção da réplica do templo é outro ponto interessante, já que há divergência entre historiadores e pesquisadores a esse respeito. Arqueólogos como Israel Finkelstein consideram que a construção erguida pelo rei Salomão foi parte de uma saga histórica, contida na Bíblia desde o encontro de Abraão com Deus até o surgimento e queda dos reinos de Israel e Judá. Por outro lado, algumas correntes duvidam até da existência daquele templo, já que as únicas referências a ele estão na Bíblia. Essa discussão coloca um distanciamento entre fatos e mitos e levanta algumas questões. A partir de qual modelo Edir Macedo teria projetado a sua réplica? Onde ele teria se inspirado ou se motivado a projetá-lo, além das descrições e medidas registradas na Bíblia? Até que ponto ele se valeu do imaginário religioso brasileiro, no qual a ideia de majestosas catedrais católicas ocupa um importante lugar?

A réplica do templo judeu plantada em São Paulo tenta fazer conexão mística com a santidade de uma construção que não mais existe – ou nunca existiu, segundo os mais céticos. Porém, a Universal necessita ter, por causa de sua simbologia, um lugar que seja uma espécie de centro do mundo; um espaço que possa ser considerado shekinah (morada de Deus) num mundo de crescente secularização. Portanto, a construção está conectada à Terra Santa, de onde provêm a água do rio Jordão, a areia do Sinai e as pedras santificadas que foram colocadas em suas paredes. Paredes sólidas, que parecem representar o esforço da Igreja Universal do Reino de Deus em construir a imagem de uma denominação religiosa estável, que veio para ficar e se espalhar pelo Brasil e pelo mundo.

CONCORRÊNCIA

A construção do Templo de Salomão é o ponto mais alto de um processo que começou num coreto de subúrbio. Mais tarde, a Iurd ocupou salas de cinemas decadentes e passou a adaptar galpões abandonados como casas de culto para centenas, milhares de pessoas. Curiosamente, a importância que Macedo dá ao antigo templo hebreu parece ter muita semelhança com a relevância simbólica que aquela construção tem para o pensamento e os rituais da franco-maçonaria. A Igreja Universal e seu fundador necessitam de espaços sacralizados, que exorcizem um passado de desprestígio e de negação da grandeza atual e demarquem fronteiras entre o sagrado e o profano numa sociedade em que tais limites são cada vez mais dissolvidos.

Ao mesmo tempo, os templos majestosos que a Iurd exibe hoje estão interligados às catedrais eletrônicas, que são as suas emissoras de rádio e de televisão, onde a fé é teatralizada por meio de liturgias hibridamente construídas, que exigem a presença dos fiéis maciçamente e onde se expõem as influências da psicologia das massas e da hegemonia das leis do mercado. Pois é exatamente nos megatemplos que se coloca em prática, com mais facilidade, as formas de associação e hierarquização dos valores e das crenças, tendo como eixo uma cultura gospel e mercadológica. Nesses espaços em que tudo é grande, as crenças são reconfiguradas e adquirem novos significados; uma massa recrutada nas classes médias baixas e nas camadas oriundas das classes “C” e “D” consome avidamente os produtos religiosos oferecidos em busca de uma vida melhor aqui e agora.

Com isso, Macedo ataca rivais incômodos, como Valdemiro Santiago, ex-bispo da Iurd e hoje o exitoso líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, que nos últimos dez anos absorveu fatia significativa do público de Macedo e mostrou-se um adversário forte na TV. Ao mesmo tempo, ao não colocar o nome da Igreja na frente do templo, tenta ele diminuir as desconfianças existentes entre evangélicos, católicos e judeus frente aos seus empreendimentos. É preciso, diante do pluralismo e da concorrência cada vez mais predatória, reforçar o que deu certo e partir para novas formas de ser Universal – e de conquistar visibilidade numa sociedade em que a mídia tem se mostrado avessa a esta igreja e seus pastores, bispos e fiéis.

Leonildo Silveira Campos é pastor aposentado da Igreja Presbiteriana Independente, doutor em Ciências da Religião e professor efetivo do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie e professor-colaborador da Universidade Metodista de São Paulo.

O arquivo original do site da Cristianismo Hoje poderá ser visto por meio do link abaixo:


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Alexandros Meimaridis

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