quinta-feira, 18 de junho de 2015

COMO ESCAPAREMOS NÓS – PARTE 004


 

CONTINUAÇÃO

Hebreus 2:2—3a

Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?

Se sob Moisés a Lei permaneceu firme e suas penalidades foram aplicadas com todo o rigor, sobre qualquer um que, de forma deliberada ou mesmo de modo negligente, foi desobediente aos seus preceitos, quanto mais, podemos ter certeza, de que as consequências mais severas aguardam todos aqueles que são descuidados ou agem de forma não comprometida com respeito ao Evangelho, que é aqui descrito como “tão grande salvação”. O Evangelho da graça de Deus é tão maravilhoso que não existem palavras apropriadas para descrevê-lo.

De modo contrário à lei de Moisés que foi mediada por meio de palavras proferidas pela boca, o Evangelho foi mediado pelo Verbo que se tornou carne —

João 1:14

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

A seriedade intensificada desde a manifestação da própria pessoa de Deus em Seu Filho Unigênito, Jesus, está claramente sublinhada pelo próprio Senhor Jesus quando diz que: o dia do julgamento será mais tolerável para os habitantes de Sodoma e Gomorra do que para aqueles que tratam com desprezo o Evangelho da graça de Deus —

Mateus 10:14—15

14 Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés.

15 Em verdade vos digo que menos rigor haverá para Sodoma e Gomorra, no Dia do Juízo, do que para aquela cidade.

Mateus 11:20—23

20 Passou, então, Jesus a increpar as cidades nas quais ele operara numerosos milagres, pelo fato de não se terem arrependido:
21 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido com pano de saco e cinza.

22 E, contudo, vos digo: no Dia do Juízo, haverá menos rigor para Tiro e Sidom do que para vós outras.

23 Tu, Cafarnaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se fizeram, teria ela permanecido até ao dia de hoje.   

Calvino diz que Deus deseja que seus dons sejam valorizados de acordo com o valor que possuem. “Quanto mais preciosos tais dons são, mais absurda é nossa ingratidão, se os mesmos não receberem de nós o valor apropriado que lhes é devido. De acordo com a grandeza de Cristo, assim também será a severidade da vingança de Deus com todos aqueles que desprezam o Evangelho”.

2 Coríntios 9:15

Graças a Deus pelo seu dom inefável!

A Lei como Paulo costuma insistir é, de fato, santa, boa e gloriosa.

Romanos 7:12, 14

12 Por conseguinte, a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom.

14 Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado.

2 Coríntios 3:7—9

7 E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente,

8 como não será de maior glória o ministério do Espírito!

9 Porque, se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça.

De que maneira, aquilo que Deus nos deu por meio do Evangelho pode ser considerado menor ou inferior? O problema não se encontra com a Lei, que é o padrão divino para as nossas vidas —

Levítico 18:5

Portanto, os meus estatutos e os meus juízos guardareis; cumprindo-os, o homem viverá por eles. Eu sou o SENHOR.

Ezequiel 20:11, 13

11 Dei-lhes os meus estatutos e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles.

13 Mas a casa de Israel se rebelou contra mim no deserto, não andando nos meus estatutos e rejeitando os meus juízos, os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles; e profanaram grandemente os meus sábados. Então, eu disse que derramaria sobre eles o meu furor no deserto, para os consumir.

Neemias 9:29

Testemunhaste contra eles, para que voltassem à tua lei; porém eles se houveram soberbamente e não deram ouvidos aos teus mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos, pelo cumprimento dos quais o homem viverá; obstinadamente deram de ombros, endureceram a cerviz e não quiseram ouvir.

Lucas 10:26—28

26 Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas?

27 A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

28 Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás.

Gálatas 3:12

Ora, a lei não procede de fé, mas: Aquele que observar os seus preceitos por eles viverá.

mas com o homem que é pecador, e com isso, ele trás sobre si as consequências da lei que esta sobre ele, como uma ordenança de condenação  e morte, exatamente, porque a mesma é santa e justa.

Mas a glória da Lei é completamente ultrapassada pela glória do Evangelho porque esse último trás a vida, enquanto que aquela produziu apenas a morte. Isso torna ainda mais evidente o fato que o homem pecador não pode em nenhuma hipótese, por causa da sua natureza pecaminosa ser justificado pelas obras da Lei, mas apenas por meio da fé, por meio da graça de Deus em Cristo Jesus —

Gálatas 2:15—16

15 Nós, judeus por natureza e não pecadores dentre os gentios,

16 sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.

No entanto, a Lei e a graça não se encontram em conflito, pois, por uma lado, a base da aceitação do sacrifício realizado pelo próprio Senhor Jesus Cristo a favor do ser humano pecador encontra-se na perfeição com que Jesus praticou a Lei e a vontade do Pai, e, pelo outro, por meio da obra do Espírito Santo, a lei que anteriormente era um instrumento externo de condenação, transforma-se num princípio interno, gravada nas pedras vivas do coração, de tal maneira que agora o crente verdadeiro tem agora dentro de si mesmo, tanto a vontade quanto o poder para fazer a vontade da lei de Deus, lei essa que antes ele tinha desobedecido —

2 Coríntios 3:3—5

3 Estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações.

4  E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus;

5  não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus.
  
Essa doutrina elevada acerca da Lei de Deus precisa ser levada em consideração na interpretação dessa e outras passagens, pois como diz o professor Westcott: “através de toda a epístola, a lei é considerada como uma manifestação graciosa da vontade divina”.[1]

CONTINUA...



Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos. 



[1] Westcott, B. F. The Epistle to the Hebrews. Eerdmans Publishing Company, Grand Rapids, 1965.

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