quinta-feira, 25 de junho de 2015

QUAL É O OBJETIVO DO CASAMENTO GAY?



O material abaixo foi publicado pelo site da Editora FIEL e é de autoria de David P. Murray.

O Objetivo do Casamento Gay não é o Casamento Gay

O objetivo do casamento gay não é, primariamente, o casamento gay; é principalmente o silenciamento de consciências gays.

Dado o fato de que tão poucos homossexuais de fato se casam quando têm a oportunidade legal, sua vigorosa e, muitas vezes, violenta campanha pelo casamento gay sempre me deixou confuso. Após ler o artigo de Brendam O’Neill The Trouble With Gay Marriage (O Problema com o Casamento Gay), não estou mais confuso. Embora O’Neill não faça uma abordagem a partir de uma perspectiva cristã, seu artigo pós-referendo sobre a atitude da República da Irlanda de legalizar o casamento gay lança uma forte luz sobre o objetivo último da maioria daqueles que fazem campanha pelo casamento gay — e não é o casamento gay.

Validação e reconhecimento

O’Neill começa observando quão pouca conversa ou quão poucos comentários houve sobre o casamento gay após o resultado favorável. Como ele coloca: “Ao invés de dizer: ‘Finalmente podemos nos casar’, a resposta mais comum ao resultado do referendo de ambos os líderes da campanha pelo “sim” e seu considerável exército de apoiadores na mídia e nas classes políticas foi: ‘Gays finalmente foram validados’. Toda a conversa foi a respeito de ‘reconhecimento’, não casamento”.

Ele empilha citação acima de citação para provar seu ponto. Por exemplo:

• A Vice-Primeira-Ministra da Irlanda Joan Burton disse que a votação favorável se tratava de ‘aceitação em seu próprio país’.

• Escrevendo para o jornal Irish Examiner, um psicoterapeuta disse: ‘o referendo se tratou de mais do que igualdade no casamento… era uma questão de plena aceitação [dos gays]’.

• O Primeiro-Ministro Enda Kenny também disse que o referendo tratava de mais do que casamento — era uma questão das ‘frágeis e profundamente pessoais esperanças’ dos gays sendo percebidas.

• Nas palavras do romancista Joseph O’Connor, a votação favorável foi um ato de ‘empatia social’ com parte da população.

• A campanha oficial pelo “sim” até mesmo descreveu a vitória do “sim” como um aumento da saúde e do bem-estar de todos os cidadãos irlandeses, especialmente os gays.

• Um colunista do Irish Times descreveu a ‘sombra de preocupação’ sobre seus amigos gays antes do referendo como um ‘sentimento de que [são] inferiores de alguma maneira’, e afirmou que a vitória favorável finalmente confirmou que eles agora podem desfrutar do apoio, da bondade e do respeito da sociedade.

• Fintan O’Toole disse que a vitória favorável foi uma questão de fazer os gays se sentirem ‘plenamente reconhecidos’.

• ‘Meu país reconheceu que nós existimos’, disse um empresário gay irlandês.

Votar para se sentir bem

O’Neill diz que “resumindo, o resultado favorável fez as pessoas se sentirem bem”, e que o que se buscava “não era realmente o direito de se casar, mas validação sociocultural do estilo de vida de uma pessoa — ‘empatia social’ — especialmente do Estado”. Ele ressalta literatura mais antiga sobre o casamento gay que também demonstrou que “os primeiros levantadores da questão do casamento gay pareciam primariamente preocupados com ‘atenuar a ansiedade adulta’”.

Por que validação, empatia, aceitação, reconhecimento e aprovação sancionados pelo Estado são tão importantes para aqueles que fazem campanha pelo casamento gay? Por que isso é tão mais importante do que, de fato, ter a permissão para casar?

Medidas desesperadas

A resposta se encontra em Romanos 1.18-32, onde o apóstolo Paulo explica que medidas desesperadas homossexuais (e outros pecadores impenitentes) tomam para silenciar a voz da consciência. Eles ouvem a proibição de Deus e a condenação em suas consciências, a odeiam e fazem tudo o que podem para calá-la — incluindo, nos nossos próprios dias, tornar o casamento gay legalizado em todo lugar, mesmo se relativamente poucos fazem uso dele. Porque, na maioria dos casos, não se trata do direito de casar; é principalmente uma tentativa vã de abafar a voz interna da consciência ao multiplicar e amplificar as vozes externas de aprovação.

Se estou errado, então porque eles não deixam em paz a suposta minoria que ainda desaprova o casamento gay? Por que eles não toleram dissidentes? Ativistas gays têm a mídia do seu lado, têm a indústria do entretenimento do seu lado, têm o estabelecimento educacional do seu lado, têm as empresas do seu lado, têm a maioria dos políticos do seu lado, assim como a maioria dos juízes. Isso não é o suficiente? Se eles estão tão certos da justiça de sua causa, por que não podem tolerar algumas poucas vozes aqui e ali que ainda insistem: “Isso é errado”?

Proteção sem precedentes

Não há quase nenhum grupo no mundo que tem o nível de aceitação, validação, aprovação e empatia do público que os homossexuais hoje desfrutam. Eles certamente têm mais reconhecimento, proteção e promoção do que os cristãos evangélicos em qualquer lugar. Então por que não podem deixar os cristãos em paz? O que mais eles querem ou do que mais precisam?

Somente Romanos 1.18-32 pode explicar isso. Com efeito, diz que mesmo que o casamento gay seja legalizado em todos os lugares e mesmo se cada voz destoante seja extinguida, as consciências gay ainda gritarão “Errado!” e “Culpado!”. No seu íntimo, eles ainda conhecerão “a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam” (Rm 1.32). Essa é a “sombra de preocupação” que espreita para sempre a consciência gay.

Paz através da cruz

A mensagem cristã para a comunidade gay é que ela abandone sua tentativa fútil de garantir paz de consciência através dos tribunais, da mídia e dos milhares de votos. É muito melhor trazer tais consciências pesarosas à cruz de Cristo para plena cura e permanente silenciamento vindo do próprio Deus, através da fé e do arrependimento. Isso fará um trabalho muito melhor para remover a ansiedade, as sombras e os medos do que qualquer quantidade de referendos ou falência de padarias e floristas. Também abrirá caminho para experimentar a imensurável largura, altura e profundidade do amor de Deus.

E para cristãos que estão sofrendo ou ainda sofrerão as consequências da desaprovação da sociedade ou do Estado sobre essa questão, confie no poder de uma boa consciência. Somos zombados, desaprovados, menosprezados, marginalizados, caricaturados e rejeitados mais do que qualquer outro grupo na sociedade. Somos chamados de intolerantes, homofóbicos e cheios de ódio. Mas ter uma consciência através da qual Deus demonstra sua aprovação e aceitação a nós significa que podemos continuar nos levantando por aquilo que é certo e verdadeiro, não importa quantas vozes de intolerância e ódio gritem contra nós.

O artigo original poderá ser visto por meio do seguinte link:


O autor: David P. Murray serviu como pastor da Locharron Free Church of Scotland de 1995 até 2000 e, posteriormente, na Stornway Free Church of Scotland entre 2000 e 2007. David Murray é professor de Antigo Testamento e Teologia Prática no Puritan Reformed Theological Seminary, em Grand Rapids, Michigan. Murray escreve no blog "Head, Heart, Hand: Leadership for Servants."

O artigo original de Brendan O'Neill pode ser acessado por meio desse link aqui:

http://www.spiked-online.com/newsite/article/the-trouble-with-gay-marriage/17016#.VYxNLRtVhBc


ROMANOS 1:18—32

18 A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;

19 porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou.

20 Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis;

21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato.

22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos

23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis.

24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si;

25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!

26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza;

27 semelhantemente, os homens também, deixando o contacto natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.

28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes,

29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores,

30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais,

31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.

32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Que Deus abençoe a todos

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

Um comentário:

  1. O objetivo do casamento gay é encher o saco da população, relativizar o conceito de família, e contribuir para a redução populacional global, porque, como diz Levy Fidelix, "dois iguais não geram, e aparelho excretor não reproduz".

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