domingo, 27 de dezembro de 2015

ESTUDOS NO LIVRO DE PROVÉRBIOS — ESTUDO 005



Nesse estudo iremos abordar o Livro de Provérbios, mas iremos fazer isso de maneira diferente do que apenas apresentar uma exposição, versículo por versículo. Nossa intenção é apresentar os grandes temas que encontramos no livro e dar andamento no mesmo a partir daí.

ESTUDO 005

CONTINUAÇÃO...

VII. ALGUNS ASSUNTOS PRINCIPAIS DO LIVRO DOS PROVÉRBIOS

A. O HOMEM E DEUS

Conforme já falamos o Livro dos Provérbios não está tão preocupado com a relação aliancista entre Deus e o Seu povo. De fato, essa é uma característica completamente ausente no mesmo, o que nos deixa a impressão que a intenção dos compiladores finais foi a de produzir um livro de ensinamentos genéricos, mas teremos a oportunidade de ver que as coisas não são 100% assim.

Apesar do Livro não dar ênfase ao aspecto da aliança entre Deus e Seu povo, a quantidade de versículos que já vimos e que mencionam o “Temor do Senhor” servem como um excelente substituto a esse fator. Quando o Livro de Provérbios fala de Temor do Senhor, não está se referindo apenas à pessoa de Deus, mas está se referindo, principalmente, à obediência reverente aos mandamentos de Deus, como explicitados na Lei de Moisés.

Um exemplo típico do que estamos dizendo pode ser encontrado em versos tais como:

Provérbios 18:16

O presente מַתָּן mattan — que o homem faz alarga-lhe o caminho e leva-o perante os grandes.

Mas esse presente não irá transformar um grande ou poderoso em amigo de quem deu o presente. Agora, por outro lado —

Provérbios 17:23 —

O perverso aceita שֹׁחַד — shochad — suborno secretamente, para perverter as veredas da justiça.

Esses dois versos deixam bem claro que a justiça e não o sucesso — ser bem sucedido em qualquer coisa por meio de uma tramóia — deve ser nossa preocupação apropriada. Quanto aos inescrupulosos não receberão nenhum louvor por seus atos. O fato que permanece é: Nós precisamos ser pessoas boas para demonstrarmos que somos pessoas sábias. Bondade e sabedoria são duas realidades que não podem ser separadas, porque as duas completam uma única realidade.

Tudo isso tem uma profunda lógica no livro de Provérbios: a bondade precisa complementar a sabedoria e vice-versa, porque elas foram assim ordenadas pelo próprio Deus.

Essa realidade está, claramente, apresentada, em Provérbios 8. A existência da sabedoria e consequentemente da bondade é para os autores do Livro de Provérbios, uma prova definitiva da existência de Deus. A isso eles agregam a consciência que possuem de que são — somos — de fato pecadores diante de um Deus puro e Santo. Diante dessa realidade, note como o conteúdo de

Provérbios 20:9

Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?
faz perfeito sentido.

Ninguém pode alegar em nenhum momento que seja ignorante quanto a essas realidades, porque as mesmas são autoevidentes para todos os seres humanos.

Provérbios 24:12

Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? E não pagará ele ao homem segundo as suas obras?

Tal verdade não deixa ninguém escapar desse encontro crucial com o próprio Deus. Não existe espaço aqui, como podemos notar, para nenhum tipo de desculpa ou evasiva que sejam aceitáveis. Todos nós cometemos transgressões e, portanto, somos transgressores. O que podemos dizer a Deus para justificar um comportamento tão ofensivo à sua eterna santidade? E mais, nenhum tipo de exercícios ou práticas religiosas podem adquirir para nós qualquer favor com Deus. Pense um pouco nisso enquanto você reflete na quantidade de pessoas que frequentam alguma religião, qualquer religião, exatamente com esse propósito: alcançar alguma espécie de favor ou crédito diante de Deus.   

Agora compare com essas palavras do Livro de Provérbios —

Provérbios 28:9

O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será
abominável.

Abominável quer dizer “detestável a Deus”.

O mesmo será também verdadeiro com relação ao seu sacrifício — ver Provérbios 15:8 e 21:27.

Na nossa relação com Deus, todo pecado deve ser abandonado através da prática constante do arrependimento —

Provérbios 16:6

Pela misericórdia e pela verdade, se expia a culpa; e pelo temor do SENHOR os homens evitam o mal.

Junto com o arrependimento é necessário uma confissão verdadeira, não apenas do pecado que cometemos, mas também daquilo que nós somos em nossa essência: pecadores. Quem agir desse modo alcançará a verdadeira libertação da prática do pecado —

Provérbios 28:13

O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.


Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos.

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