sexta-feira, 17 de março de 2017

Gênesis — Estudo 048 — A TÁBUA DAS NAÇÕES É UM DOCUMENTO ÚNICO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

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Este estudo é parte de uma Análise do Livro do Gênesis. Nosso interesse é ajudar todos os leitores a apreciarem a rica herança que temos nas páginas da História Primeva da Humanidade. No final de cada estudo o leitor encontrará direções para outras partes desse estudo. 
O Livro do Gênesis
O Princípio de Todas as Coisas

בְּרֵאשִׁית בָּרָא אֱלֹהִים אֵת הַשָּׁמַיִם וְאֵת הָאָרֶץ              
              Eretz ha  ve-et  Hashamaim     et      Elohim        Bará     Bereshit
              Terra  a      e        céus              os       Deus          criou   princípio No
                                                                                     Gênesis 1:1

XI – Gênesis 10 e a Tábua das Nações — PARTE 004

M. A Tábua das Nações como um Documento Único.

Conforme tivemos oportunidade de verificar ao estudarmos a chamada “Tábua das Nações” de Gênesis 10 — ver links dos estudos anteriores abaixo —, a distribuição daqueles povos que descenderam dos três filhos de Noé — Sem, Jafé e Cam — segue o mesmo esquema daqueles que nos são apresentados pelas modernas ciências da história, arqueologia, antropologia e etc. Dessa maneira nós podemos afirmar de forma pacífica que a “Tabua das Nações”, como contida em Gênesis 10, permanece, de acordo com todo o conhecimento e todos os resultados das monumentais explorações arqueológica, acumulados até hoje, um documento etnográfico[1] original de primeira grandeza e sem paralelo na História da Humanidade.

1. A Tábua das Nações e a Arqueologia.

Em Gênesis 10:8—12 nós encontramos várias afirmativas acerca das origens da Civilização Babilônica. Quando lemos esses versículos nós aprendemos:

1. Que a Civilização Babilônica — inclui os Sumérios — é a mais antiga de todas as civilizações.

2. Que a Civilização Assíria foi derivada da Civilização Babilônica.

3. Que os fundadores da Civilização Babilônica não eram descendentes de Sem e sim camitas descendentes de Cuxe.

Cada uma dessas afirmativas estava em contradição absoluta com os ensinamentos humanos — Linguística, Arqueologia e Antropologia — referentes ao desenvolvimento das civilizações da Antiguidade, como eram compreendidos pelos estudiosos até o início do século XIX. Essas contradições persistiram até o advento das pesquisas de campo modernas e contemporâneas feitas tanto por arqueólogos como pelos chamados “antropólogos físicos”, que estão recuperando importantes “rotas migratórias” relativas aos tempos pré-históricos. Esses fantásticos trabalhos de exploração de campo, especialmente por parte dos arqueólogos, acabaram por vindicar por completo as três afirmativas bíblicas alistadas acima e corrigir o registro nos livros de história e antropologia, os quais nos dias de hoje refletem, na sua grande maioria, exatamente o que está registrado nas páginas da Bíblia. Assim temos:

1. A Civilização Assíria é, sem sombra de dúvida, mais recente do que a Civilização Babilônica.

2. De fato, a Civilização Assíria derivou a si mesma, bem como suas artes, sua religião, suas instituições e tudo o mais da Civilização Babilônica.

3. O elemento mais curioso relativo à Civilização Babilônica é que a mesma foi iniciada por um povo — Sumérios ou Acadianos — que não eram descendentes de Sem. Essa civilização tem sua origem atrelada a grupos de pessoas originados entre os povos Turanianos. Esse fato coloca os fundadores da Civilização Babilônica entre os descendentes de Cam, exatamente como o faz a Bíblia em Gênesis 10! Após o início sob os descendentes de Cam, a Civilização Babilônica veio a ser completamente dominada por bandos de semitas que acabaram se espalhando por toda aquela região.

Outro fato muito pertinente à “Tábua das Nações” e que não podemos deixar passar despercebido, tem a ver com a afirmativa contida em Gênesis 10:22, referente ao patriarca Elão. Este patriarca está alistado entre os descendentes de Sem. Ora, até onde ia o conhecimento humano era sabido que os Elamitas eram um povo ariano[2], não semita, e que possuía seu próprio idioma ariano. Durante muito tempo estudiosos bíblicos tiveram que lutar contra esta “evidência” e muitos defensores da antiga Civilização Hebreia chegaram a admitir que existia um erro nesta informação contida em Gênesis 10:22. Mas será que havia mesmo tal erro? Uma expedição francesa que foi escavar a cidade de Susa, a capital da Civilização de Elam, acabou por descobrir por debaixo das ruínas da histórica Elam, inúmeros tijolos e outros restos de uma civilização mais antiga ou anterior à Civilização Elamita. Entre aqueles materiais foram descobertas inscrições babilônicas que indicavam terem sido produzidas por pessoas de origem semita. E assim, o registro bíblico foi, mais uma vez, plenamente vindicado.

Para encerrar esse item basta dizer que em todas as situações em que as afirmativas contidas em Gênesis 10 podem ser testadas de maneira apropriada, as mesma são sempre, completamente acuradas, mesmo naquelas situações onde se mantinha que as afirmativas se encontravam no mais absoluto erro.   

2. O Valor Histórico da Tábua das Nações.

A chamada Tábua das Nações como inserida na forma do capítulo 10 do livro do Gênesis em nossas Bíblias, é o documento humano mais antigo a proclamar a unidade da raça humana. E essa é uma verdade que durante toda a extensão da história da humanidade tem sido negada por todos os tipos de racistas de plantão. Seja pelos judeus que se consideram os únicos “seres humanos” verdadeiros ao passo que consideram todos os outros seres humanos como “cães”;  seja pelos seus algozes alemães durante a Segunda Guerra Mundial que acreditavam em uma raça pura e ariana, isenta de qualquer mistura, a História da Humanidade contém mais registros de racismo — falsa superioridade e chauvinismo — do que nós podemos contar. É norma entre povos aborígenes considerarem somente seu próprio grupo como “homens verdadeiros”, e os outros grupos são referidos como “animais”. Os povos chamados “civilizados”, porque desenvolveram “civilizações” não são melhores neste quesito. Eles tendem a se considerar “humanos” porque civilizados ou educados ao passo que chamam os outros seres humanos de “bárbaros”. Fica assim evidenciado que desde os mais antigos registros disponíveis, nós podemos encontrar esta atitude racista de superioridade solidamente incrustada na mentalidade humana. A Tábua das Nações existe como um verdadeiro clamor de que estas atitudes humanas são erradas e que não existe mesmo base nenhuma para um grupo de seres humanos se considerar superior a qualquer outro grupo.

A Tábua das Nações serve, então, para enfatizar três propósitos:

1. Ela nos supre um capítulo essencial no registro inicial do Livro do Gênesis no sentido de nos informar o que aconteceu com a população da terra à medida que essa mesma população se expandia.

2. Ela demonstra que a raça humana perfaz uma única família e, com isso, elimina qualquer possibilidade de que qualquer ramo dessa família possa ter pré-eminência sobre os demais ramos.

3. Como um documento meramente histórico ela nos oferece iluminação acerca dos relacionamentos que existem entre os povos que habitam a Terra. Esses relacionamentos estão agora sendo confirmados pelas modernas ciências sociais e essa confirmação acaba servindo como um testemunho impressionante acerca da veracidade do registro que encontramos não somente na Tábua das Nações, mas em todo Livro do Gênesis.

A Tábua das Nações é também um documento isento de qualquer animosidade ou preconceitos. Mesmo a maldição que foi colocada sobre Canaã — ver Gênesis 9:25 — é completamente deixada de lado. Por outro lado, não podemos deixar de chamar a atenção do leitor que os descendentes de Cam e, por extensão de Canaã, recebem o mais extenso tratamento, pois a eles são dedicados 15 versos de um total de 30, ao passo que os descendentes de Jafé e Sem são descritos, juntos, em outros 15 versículos.


A Tábua das Nações é um documento sem paralelo em toda a História da Humanidade também em termos teológicos. Não existe nada que seja sequer próximo na produção hieroglífica ou cuneiforme. Nenhuma nação da Antiguidade pode nos oferecer absolutamente nada que possa ser comparado com a Tábua das Nações. As listas que encontramos no Egito e na Babilônia não passam de meros registros de nações conquistadas em guerras. Por esse motivo tais listas foram produzidas por um espírito contrário ao que encontramos em Gênesis 10. Enquanto na Bíblia nós encontramos uma apresentação serena e desprovida de orgulho, as listas produzidas por outras civilizações não passam de pura propaganda e chauvinismo.

Em termos teológicos, a afirmativa mais importante que encontramos em Gênesis 10, é a de que Israel é parte de um único mundo — racialmente falando — que é governado por um Deus. Esse conceito reflete o fato de que o autor da Tábua das Nações possuía o mais alto nível tanto de educação quanto de fé. É nossa mais profunda convicção de que é impossível manter como verdadeiro, o conceito de que “todos os homens são iguais” independente da, também verdadeira, concepção da própria natureza de Deus. A única maneira pela qual podemos defender a ideia de que todos os homens são iguais, quando se trata do valor intrínseco que possuem como seres humanos, é aceitarmos a realidade de que todas as almas possuem o mesmo valor diante de Deus. A menos que o padrão mais elevado de referência seja o valor que Deus mesmo atribui às pessoas, torna-se absurdo falarmos da igualdade de todos os homens. Quando o professor e escritor nigeriano Richard Dawkins afirma que os ateus podem ser mais éticos do que os cristãos, nós precisamos em ato contínuo perguntar: Em quê exatamente se baseia tal tipo de afirmação? Na opinião dele? Na opinião de outrem? E se alguém discordar? E Se alguém decidir agir de outra forma, de onde retirar a “moral e a ética” para corrigir eventuais desvios? Mas desvios do quê? Quem vai estabelecer o padrão? Quanto mais refletimos mais percebemos o absurdo da posição do professor Dawkins. Quando nossas sociedades contemporâneas avaliam seus membros pelo valor que estes indivíduos possuem para elas mesmas, elas não estão atrelando nenhum valor ao indivíduo, enquanto pessoa. Estão apenas avaliando as funções que o indivíduo exerce nesta mesma sociedade. Quando um indivíduo deixa de oferecer qualquer coisa que possa ser útil para a sociedade, ele perde imediatamente seu valor. Essa foi a absurda conclusão a que nos levou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche ao declarar a “morte de Deus” e o advento do suposto “super-homem”. O “homem” de Nietzsche só serve enquanto for “super”. No momento em que se tornar em algo menos que “super” ele está pronto para ser descartado. Adolf Hitler se apropriou dos conceitos de Nietzsche e o resultado todos nós conhecemos: mais de 50 milhões de pessoas perderam suas vidas durante a Segunda Guerra Mundial. Não temos nenhum motivo nem exemplo prático para aceitar que o caminho de Nietzsche e Hitler não seja o caminho que irão trilhar todos os que desenvolvem seus conceitos acerca do valor dos seres humanos, independente do fato que somos todos iguais, porque Deus nos criou a todos. A Bíblia, através da Tábua das Nações de Gênesis 10 reafirma, de maneira clara, estas duas verdades complementares: que Deus se preocupa de igual modo com todos os seres humanos e que, todos os homens pertencem a uma única família que está relacionada, de uma maneira única, com o próprio Deus criador através de Adão.

Neste mundo, Deus escolheu o povo de Israel para ser Seu próprio povo e para levar o conhecimento de Deus a todas as nações. Apesar disto, o capítulo 10 de Gênesis nos ensina que o povo de Israel compartilha uma origem comum com todos os outros povos. Para o autor da Tábua, aquilo que o povo de Israel possui em comum com os outros povos é mais importante que seu chamado por Deus. Toda a humanidade — inclusive o povo de Israel — independente da localização geográfica e das diferenças linguísticas e culturais, compartilha uma mesma origem. E é nessa origem comum que todos os seres humanos devem reconhecer a especial dignidade com que somos distinguidos. Somos todos descendentes de Adão e, depois do dilúvio, dos três filhos de Noé. Essa unidade é refletida pelo apóstolo Paulo quando em Atenas — de todas as cidades daqueles dias — proferiu as seguintes palavras:

Atos 17:24—28

O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.

A humanidade caída — como um todo — compartilha o sangue do primeiro Adão, o primeiro homem criado e de quem todos descendemos. Por semelhante modo, esta mesma humanidade só pode ser redimida pelo sangue do segundo Adão, que é o Senhor Jesus.  


Porque a Tábua das Nações — Gênesis 10 — é mencionada antes da narrativa que descreve a dispersão dos povos, como encontrada em Gênesis 11? Essa pergunta levanta uma questão muito pertinente porque nos encontramos diante de uma situação de ordem invertida, onde o efeito, a dispersão dos povos sobre a face da terra, precede a causa ou a explicação fornecida para esta mesma dispersão. Várias teorias já foram oferecidas visando explicar essa situação. Talvez a mais significativa de todas as soluções propostas, por não ser fantasiosa, seja esta que nos é oferecida por D. J. Clines em seu artigo intitulado “Themes in Genesis 1—11”. Para ele, a melhor explicação para esta falta de ordem cronológica, só pode ser justificada se basearmos nossa interpretação nos temas que tratam da “graça e do julgamento de Deus”, que encontramos em vários momentos nos primeiros onze capítulos do livro de Gênesis. Se a Tábua das Nações tivesse sido colocada após a narrativa que encontramos em Gênesis 11:1—9, então a mesma só poderia ser interpretada de maneira negativa, no sentido de que os descendentes de Noé estavam tão enfatuados consigo mesmos que acabaram por serem dispersos sobre toda a face do planeta. O significado da atual posição da Tábua das Nações é que a mesma acaba por preencher uma lacuna que foi criada pela necessidade de se ver cumpridas, tanto a promessa como o imperativo divino que encontramos em Gênesis 9:1. Desta maneira a dispersão dos povos sobre toda a face da terra reflete tanto a bênção de Deus — Gênesis 10 — como Seu desagrado — Gênesis 11. Uma situação semelhante pode ser vista na expulsão de Caim da presença do Senhor que nos mostra tanto a severidade quanto a bondade de Deus — ver Gênesis 4:10—16.

Além disso, nós podemos dizer, que a sequencia que temos constituída pelos capítulos 10 — 12 nos revela alguns fatos relevantes. Quando o autor do Gênesis coloca a narrativa da Torre de Babel imediatamente antes da narrativa acerca dos patriarcas, ele está querendo indicar que a humanidade que veio a existir depois do dilúvio era tão pecaminosa quanto aquela que existia antes daquele terrível acontecimento. Em vez de enviar outro cataclismo semelhante ao dos dias de Noé, Deus prefere implementar uma aliança com Abrão que deveria, em última instância, oferecer uma solução definitiva para o problema da pecaminosidade humana. Neste contexto, o problema — capítulo 11 — e a solução — capítulo 12 — são apresentados de forma contínua e dinâmica. A força contida por essa sequencia seria enfraquecida caso o autor tivesse colocado a Tábua das Nações entre a narrativa da torre de Babel e o chamado de Abrão.

5. A Tábua das Nações e a Questão Racial.

Em nossos dias é costumeiro dividir a população da terra em três “raças” básicas:
1. Caucasianos — Grupo que engloba ou que designa a maior divisão étnica da espécie humana, que tem características distintivas, tais como a cor da pele, que varia de muito clara a morena, e cabelos finos, de lisos a ondulados ou crespos. Esta divisão inclui grupos de povos nativos da Europa, norte da África, sudoeste da Ásia e subcontinente indiano, ou que habitam essas regiões, e os descendentes deles que habitam outras partes do mundo.

2. Negroide — Grupo de indivíduos de etnia ou raça negra que habitam, preferencialmente, o continente africano e seus descendentes espalhados pelo mundo.

3. Mongoloides — Grupo que agrega indivíduos que possuem características físicas semelhantes às dos mongóis, especialmente com relação aos olhos “puxados” e cuja cor varia desde o vermelho até tons de amarelo. Este grupo habitava a Ásia bem como o continente composto pelas Américas.

Ora, essa divisão acaba por confundir os grupos compostos por Negroides e Mongoloides como se fossem dois grupos diferentes. Por esse motivo torna-se praticamente impossível definir, de forma prática, características distintivas que possam ser aplicadas a qualquer um dos três grupos. A definição bíblica, por sua vez, oferece uma alternativa mais viável ao declarar que todos os seres humanos podem ser classificados como descendentes de um dos três filhos de Noé, a saber: Sem, Jafé e Cam. A definição bíblica não se preocupa com características físicas e sim com a capacidade produtiva de cada um destes três grupos. Assim temos que:

1. Os grupos Jafetitas nos legaram os grandes sistemas filosóficos — intelectualidade.

2. Os povos Semitas nos outorgaram os grandes sistemas religiosos sejam eles verdadeiros ou falsos — espiritualidade.

3. E, por mais surpreendente que isto possa parecer, especialmente para aqueles que não estejam familiarizados com as evidências disponíveis, foram os grupos Camitas que nos supriram a vasta maioria de todos os avanços tecnológicos — aspectos físicos.

A História da Humanidade confirma a estrutura apresentada acima. A forma como Gênesis 10 classifica os grupos humanos, apesar de não concordar com as modernas formas de classificação, não pode se desacreditada. Pelo contrário, a impressão que temos é que a Tábua das Nações nos mostra que a mesma está baseada em uma compreensão mais nítida da estrutura da História do que aquelas oferecidas pelas modernas ciências sociais. À medida que nosso conhecimento científico se expande a lógica consistente, como apresentada pela Tábua das Nações, tem ficado cada vez mais evidente. Distinções baseadas em aspectos físicos ou de aparência são sempre complicados e não refletem, na maioria dos casos, a realidade.

Para ilustrar isso que acabamos de falar vamos tomar o seguinte exemplo: os Egípcios costumavam distinguir a si próprios dos outros povos baseados na coloração da pele. Assim, para eles, os asiáticos eram “amarelos”, os líbios “brancos” e os africanos “negros”. Mas o que eles não sabiam é que amarelos e negros eram parte do mesmo grupo ao qual os próprios egípcios pertenciam. A diferença entre os egípcios e aqueles a quem eles chamavam de “negros” era apenas uma questão de intensidade da pigmentação e não de origem. No topo disso tudo, não podemos nos esquecer que nem todas as pessoas de pele com pigmentação negra podem ser classificadas como sendo negras. Literatura ariana produzida no vale do rio Hindu contém claras afirmações de que parte dos habitantes locais possuía pele negra, e esta realidade pode ser vista até nos dias de hoje na trama populacional de países como a Índia, o Paquistão, Bangladesh e outros países daquela região, onde encontramos indivíduos com pele bastante escura, negra até, mas com traços característicos de pessoas brancas.

6. A Tábua das Nações e a Expansão dos Povos Sobre a Face da Terra.

ROTAS MIGRATÓRIAS DA ANTIGUIDADE[3]

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O Mapa acima nos mostra as múltiplas direções seguidas pelos primeiros seres humanos em sua expansão para ocupar todo o território terrestre. O centro está localizado na região do Ararate que corresponde ao exato local onde Noé e seus filhos desembarcaram da Arca, após o dilúvio. A partir deste centro os seres humanos se deslocaram para o oeste e para o norte ocupando a Europa, inclusive as ilhas Britânicas, a Escandinávia e parte da Rússia; para o sul se expandiram ocupando a Palestina, a Arábia, e a África, até o Cabo da Boa Esperança; e o vale do rio Hindu. A partir deste último ponto se moveram para o sudeste até alcançar as Ilhas da Nova Guiné, a Austrália e a Nova Zelândia. Em direção ao leste os seres humanos se expandiram até ocupar a Ásia até sua extremidade. Quando alcançaram o extremo nordeste da Ásia atravessaram o Estreito de Bering, e cruzaram para o subcontinente norte-americano. Depois iniciaram sua expansão para o leste e sua longa descida na direção sul até alcançar a patagônia, no extremo sul do subcontinente sul-americano.  

7. Centros de Civilização da Antiguidade[4].

A História da humanidade confirma que os primeiros centros civilizatórios da Humanidade foram todos desenvolvidos entre povos Camitas como nos afirma a Tábua das Nações. 

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8. O Uso que o Novo Testamento faz da Tábua das Nações.
Quando tomamos a Tábua das Nações em nossas mãos para contar quantos são os nomes ali referidos, descobrimos que os nomes mencionados são em número de 70. Cada nome representa uma nação. Este é o número que encontramos no Texto Massorético — hebraico — do Antigo Testamento e o mesmo número é apresentado em nossas Bíblias na versão de Almeida Revista e Atualizada — ARA.

O evangelista Lucas é o único autor do Novo Testamento a mencionar que, em um determinado momento do Seu ministério, o Senhor Jesus enviou 70 discípulos de dois em dois — Lucas 10:1. O significado do número 70, como usado por Lucas, já foi descrito como sendo semelhante ao número de anciãos que existiam no Sinédrio em Jerusalém ou dos anciãos do povo de Israel, como mencionados em Êxodo 24:1. Mas é mais provável que o que estava na mente de Jesus fosse a Tábua das Nações, com seus 70 nomes que perfaziam o mundo conhecido de então. Assim Jesus teria enviado seus mensageiros a todas as nações conhecidas daqueles dias. O mundo criado por intermédio do Verbo precisava ouvir que o redentor estava presente em seu meio.

OUTROS ARTIGOS ACERCA DO LIVRO DE GÊNESIS

001 — Introdução e Esboço

002 — Introdução ao Gênesis — Parte 2 — Teorias Acerca da Criação

003 — Introdução ao Gênesis — Parte 3 — A História Primeva e Sua Natureza

004 — Introdução ao Gênesis — Parte 4 — A Preparação para a Vida Na Terra

005 — Introdução ao Gênesis — Parte 5 — A Criação da Vida

006 — Introdução ao Gênesis — Parte 6 — O DEUS CRIADOR

007 — Introdução ao Gênesis — Parte 7 — OS NOMES DO DEUS CRIADOR, OS CÉUS E A TERRA

008 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 1 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 1

009 – Gênesis — A Criação de Deus - Parte 8A – A Criação de Deus Dia a Dia – O Primeiro Dia — Parte 2

010 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus - Parte 9 – A Criação de Deus Dia a Dia – O Segundo e o Terceiro Dia

011 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 10 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quarto Dia

012 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 11 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Quinto Dia

013 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12 — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 1

013A — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 12A — A Criação de Deus Dia a Dia — O Sexto Dia — Parte 2

014 — Estudo de Gênesis — A Criação de Deus — Parte 13 — Teorias Evolutivas

015 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 14 — GÊNESIS 2A

016 — Estudo de Gênesis — Gênesis 2 — Parte 15 — GÊNESIS 2B

017 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 16 — GÊNESIS 3A

018 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 17 — GÊNESIS 3B

019 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — Parte 18 — GÊNESIS 3C

020 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — O Livre Arbítrio — Parte 19

021 — Estudo de Gênesis — Gênesis 3 — O Dois Adãos — Parte 20

022 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Era Pré-Patriarcal e a Mulher de Caim — Parte 21

023 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, O Primeiro Construtor de Uma Cidade — Parte 22

024 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, Como Assassino e Fugitivo da Presença de Deus — Parte 23

025 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — Caim, Como Primeiro Construtor de uma Cidade e Pseudo-Salvador da Humanidade — Parte 24

026 — Estudo de Gênesis — Gênesis 4 — A Conclusão Acerca de Caim — Parte 25

027 — Estudo de Gênesis — Gênesis 5 — Sete e outros Patriarcas Antediluvianos — Parte 26

028 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Perversidade Humana, Os Filhos de Deus e as Filhas dos Homens— Parte 27A

029 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — OS Nefilim e os Guiborim — Os Gigantes e os Valentes — Parte 27B

030 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Maldade do Coração Humano— Parte 27C.

031 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — A Corrupção Humana Sobre a Face da Terra e Deus Pode se Arrepender? — Parte 27D.

032 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 28A.

033 — Estudo de Gênesis — Gênesis 6 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 28B.

034 — Estudo de Gênesis — Gênesis 7 — Noé e a arca que ele construiu orientado por Deus — Parte 29 — O Dilúvio Foi Global Ou Local?

035 — Estudo de Gênesis — Gênesis 8 — A promessa que Deus Fez a Noé e seus descendentes — Parte 30 — Nunca Mais Destruirei a Terra Pela Água

036 — Estudo de Gênesis —  O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 001

037 — Estudo de Gênesis — O Valor Perene do Dilúvio para todas as Gerações — PARTE 002

038 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 001

039 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 002

040 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 003

041 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 004 — A NATUREZA DA ALIANÇA ENTRE DEUS E NOÉ

042 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 005 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 001

043 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 006 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 002 — OS NEGROS SÃO AMALDIÇOADOS?

044 — Estudo de Gênesis — A Aliança de Deus com Noé — PARTE 007 — OS FILHOS DE NOÉ — PARTE 003 — A CONTRIBUIÇÃO DOS FILHOS DE NOÉ PARA A HUMANIDADE

045 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 001 — OS DESCENDENTES DE JAFÉ
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/02/genesis-estudo-045-tabua-das-nacoes.html
046 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 002 — OS DESCENDENTES DE CAM: NEGROS, AMARELOS E VERMELHOS
047 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 003 — OS DESCENDENTES DE SEM E A ORIGEM DOS HEBREUS
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/03/genesis-estudo-047-tabua-das-nacoes.html
048 — Estudo de Gênesis — A TÁBUA DAS NAÇÕES — PARTE 004 — A TÁBUA DAS NAÇÕES É UM DOCUMENTO ÚNICO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
049 — Estudo de Gênesis — A TORRE DE BABEL — PARTE 001
050 — Estudo de Gênesis — A TORRE DE BABEL — PARTE 002
051 — Estudo de Gênesis — A TORRE DE BABEL — PARTE 003
052 — Estudo de Gênesis — A TORRE DE BABEL — PARTE 004
053 — Estudo de Gênesis — A TORRE DE BABEL — PARTE 005
http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2017/08/genesis-estudo-053-torre-de-babel-parte.html


054 — Estudo de Gênesis — A GENEALOGIA DOS SEMITAS

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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Desde já agradecemos a todos. 



[1] Etnografia = A parte dos estudos antropológicos que corresponde à fase de elaboração dos dados obtidos em pesquisa de campo

[2] Arianos - Povo pré-histórico da Ásia central, e que teria migrado para a Europa e para a Índia.

[3] O mapa representado sob o título “ROTAS MIGRATÓRIAS DA ANTIGUIDADE” foi retirado do livro de Arthur Custance intitulado “Noah’s Three Sons” publicado pela editora Zondervan Publishing House na cidade de Grand Rapids em 1979.

[4] O mapa representado sob o título “CENTROS DE CIVILIZAÇÃO DA ANTIGUIDADE” foi retirado do livro de Arthur Custance intitulado “Noah’s Three Sons” publicado pela editora Zondervan Publishing House na cidade de Grand Rapids em 1979. 

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