segunda-feira, 31 de julho de 2017

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 015 —HISTÓRIA — A BUSCA PELO JESUS HISTÓRICO — PARTE 005


Jesus

Esse é um estudo especial que irá abordar temas de grande interesse, tais como: 1. Deus 2. Os seres humanos e o mundo criado 3. Jesus e Sua missão como o CRISTO. 4. O Espírito Santo. 5. A vida cristã. 6. A Igreja. 7. O futuro e etc. Esperamos que a mesma possa ajudar todos os nossos leitores a conhecerem melhor o que o Novo Testamento ensina acerca de tudo o que nos é importante.

INTRODUÇÃO GERAL

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO E A HISTÓRIA

A BUSCA PELO JESUS HISTÓRICO — A NOVA ORTODOXIA — PARTE 005

INTRODUÇÃO À NOVA ORTODOXIA

Conforme nossa apresentação da Escola Antiga da Busca pelo Jesus histórico, nós tivemos a oportunidade de ver que os estudiosos envolvidos naquela busca desejavam experimentar uma nova abordagem quanto à historicidade de Jesus lançando mão, alegadamente, da ciência da história. Eles desejavam evitar o que consideravam o tortuoso caminho representado pelos dogmas da Igreja. Todavia, depois de mais de um século de tentativas, eles descobriram que não tinha conseguido chegar em nenhum lugar. O Jesus histórico, simplesmente não podia ser alcançado pelas metodologias adotadas pela escola antiga. Ver estudos anteriores na lista completa abaixo.

Novas abordagens e novos métodos precisavam ser descobertos e estabelecidos. Foi ai que Karl Barth e outros teólogos da Nova Ortodoxia assumiram o papel preponderante na Busca pelo Jesus histórico.

Antes de prosseguirmos com a história da busca pelo Jesus histórico uma palavra importante acerca, especificamente de Barth, é necessária. A teologia liberal do século XIX havia transformado os seres humanos, certamente influenciada pela chamada Teoria da Evolução, em pessoas boazinhas, evoluindo para um patamar cada vez mais elevado de civilidade e humanidade. E, tudo isso, sem qualquer necessidade de Deus ou de qualquer intervenção divina. Todavia, com o advento da Primeira Guerra Mundial entre os anos 1914-1918, a verdadeira condição dos seres humanos foi exposta de modo incontroverso. Os seres humanos não passam de pecadores depravados prontos a se matarem ao menor pretexto e até mesmo sem nenhum pretexto. Naqueles anos Barth publicou seu pequeno comentário na Epístola de Paulo aos Romanos — Der Römerbrief — no final de 1918 com data de publicação de 1919. O comentário original de cerca de 250 páginas foi depois expandido para as atuais 576 páginas. Barth estava desiludido com a teologia liberal protestante e buscou nas Escrituras a definição para a verdadeira condição dos seres humanos. Isso posto, prossigamos com o desenvolvimento da Nova Ortodoxia e sua busca pelo Jesus histórico.

Não é algo incomum, estudiosos da teologia pensarem que Rudolf Bultmann teria mais prerrogativas sobre a Nova Ortodoxia do que Karl Barth. No entanto, apesar de sua crescente popularidade durante o século XX, Bultmann não é, de fato, tão relevante para as bases da teologia no século passado quanto Karl Barth. Quando o assunto é teologia sistemática é certo que a obra de Karl Barth contida nos quatorze volumes da sua Church Dormatics é insuperável. Em nossa opinião, Karl Barth é ainda mais radical do que o próprio Bultmann quando se trata do relacionamento da história com a mensagem pregada pelos apóstolos, pelo menos em teoria. Bultmann, todavia, terá um papel importante na próxima fase da busca, quando iremos falar da Nova Busca pelo Jesus Histórico que podemos também chamar de Neoliberalismo.
  
CONTINUA...

OUTROS ARTIGOS ACERCA DA TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO

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TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 003

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TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 6

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TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 010

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 011

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 012

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 013

TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO — ESTUDO 014


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Alexandros Meimaridis

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sábado, 29 de julho de 2017

A VIDA DO APÓSTOLO PAULO — ESTUDO 003 — PAULO COMO PERSEGUIDOR DA IGREJA


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Essa é uma série de artigos acerca da vida do apóstolo Paulo em ordem cronológica. Convidamos todos os nossos leitores a acompanharem a mesma à medida que for sendo publicada. Boa leitura.

A vida do Apóstolo Paulo é única. Tendo iniciado sua vida pública como fariseu e aluno de Gamaliel, quando ainda era chamado Saulo, tornou-se num feroz perseguidor da Igreja do Senhor Jesus. Após um encontro pessoal com Jesus no caminho para Damasco, para onde se dirigia com a intenção de prender e arrastar de volta para Jerusalém crentes em Cristo, ele teve seu nome mudado para Paulo e tornou-se no maior pregador do evangelho da graça de Deus. Seus escritos, parte integral do Novo Testamento, continuam influentes até nossos dias. Vale a pena conhecer um pouco melhor sua trajetória, em ordem cronológica:

III. Paulo como Perseguidor da Igreja.

A. As primeiras menções acerca de Saulo de Tarso no Novo Testamento nos mostram um ferrenho opositor e perseguidor da Igreja cristã:

1. Ele era a referência da autoridade de Sinédrio durante o apedrejamento de Estevão —

Atos 7:58 – 8:1a.

58 E, lançando-o fora da cidade, o apedrejaram. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo.

59 E apedrejavam Estêvão, que invocava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito!

60 Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu.

1  E Saulo consentia na sua morte.

2. Saulo perseguia os cristãos para onde quer que tivessem fugido prendendo-os —

Atos 8:1b—3

1 Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria.

2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele.

3 Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere.

Atos 9:1—2

1 Saulo, respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote

2 e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.

B. Paulo sempre reconheceu que sua atitude perseguidora representava um problema que encontrava solução exclusivamente na misericórdia e na graça de Deus. Por ter perseguido a Igreja de Cristo Paulo se considerava:

1. O menor dos apóstolos e até mesmo indigno de ser considerado um apóstolo —

1 Coríntios 15:9

Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus.

2. O principal dos pecadores —

1 Timóteo 1:15—16

15 Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.

16 Mas, por esta mesma razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.

3. O menor entre todos os santos de Deus, i.e., o menor entre todo o povo de Deus —
Efésios 3:8

A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo.

A pergunta que precisamos fazer aqui é a seguinte: o que teria levado um homem instruído como Paulo a se tornar um opositor tão feroz daquilo que parecia ser apenas mais uma em meio às muitas seitas existentes no judaísmo?

Naqueles dias prevalecia na terra de Israel uma noção que dizia o seguinte: apesar de não existir absolutamente nada que pudesse ser feito para apressar ou impedir a vinda do Messias e da inauguração da Era Messiânica, transgressões e apostasias no meio do povo podiam contribuir para atrasar tal manifestação. Por este motivo os fariseus entendiam como sendo parte das suas obrigações garantirem o mais estrito cumprimento da lei, especialmente durante aqueles dias em que, segundo a compreensão que eles tinham, o Messias se encontrava em “trabalho de parto” e deveria aparecer muito em breve. Além disso, era interesse dos fariseus manter o povo o mais unido possível nos dias que antecederiam a bendita manifestação do Messias.

Os motivos alistados acima são alguns dos que motivaram Saulo a se tornar tão ferrenho perseguidor dos seguidores de Jesus. Para Saulo o Senhor Jesus havia sido desacreditado como o Messias porque havia sido crucificado. Não era possível aceitar como Messias alguém que havia sido amaldiçoado por Deus de acordo com —

Deuteronômio 21:22—23

22 Se alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o pendurares num madeiro,

23 o seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança.

Portanto, não fazia nenhum sentido tolerar a pregação, considerada cismática dos seguidores de Jesus. Os mesmos precisavam ser silenciados.

Existem duas passagens no Antigo Testamento que poderiam ser utilizadas para justificar os atos de Saulo. São elas:

C. Números 25:1—5 que descreve a ordem dada por Moisés para que fossem destruídos todos os que haviam se comportado de forma imoral em Baal-Peor imediatamente antes do povo de Israel entrar na terra prometida.

D. Números 25:6—15 que fala acerca de como a ira de Deus foi desviada por Finéias que agiu com firmeza visando eliminar a apostasia do meio do povo de Israel. Por seu ato Finéias foi louvado pelo próprio Deus.

Para Saulo a situação em seus próprios dias poderia se parecer muito com aquelas descritas nos primeiros 15 versículos de Números. Da mesma maneira que a apostasia nos dias de Moisés representava um retrocesso no processo de entrada do povo de Israel na terra prometida, a apostasia, como entendida por Saulo, existente em seus dias representava um retrocesso no processo de chegada da Era Messiânica. Os seguidores de Jesus eram vistos como responsáveis diretos pelo retardamento da chegada da bênção de Deus sobre Seu povo.

E. Outras duas passagens contidas nos livros apócrifos dos Macabeus também poderiam ser usadas para justificar os atos de Paulo. Elas São:

1 Macabeus 2:23—28

Mal terminou ele de proferir estas palavras, um judeu apresentou-se, para sacrificar sobre o altar de Modim, segundo o decreto do rei. Ao ver isto, Matatias inflamou-se de zelo e seus rins fremiram. Tomado de justa ira, ele arremessou-se contra o apóstata e o trucidou sobre o altar. No mesmo instante matou o emissário do rei, que forçava a sacrificar, e derribou o altar. Ele agia por zelo pela Lei, do mesmo modo como havia procedido Finéias para com Zambri, filho de Salu. A seguir clamou Matatias em alta voz através da cidade: “Todo o que tiver o zelo da Lei e quiser manter firme a Aliança, saia após mim!” Então fugiu, ele e seus filhos para as montanhas, deixando tudo o que possuíam na cidade.

1 Macabeus 2:42—48

Então uniu-se a eles o grupo dos assideus[1], homens valorosos de Israel, cada um deles apegado à Lei da mesma forma, todos os que fugiam desses males aderiam a eles e forneciam-lhes apoio. Assim organizaram um exército e bateram os ímpios em sua ira e os homens iníquos em sua cólera. Os restantes fugiram buscando a salvação entre os gentios. Matatias e seus companheiros fizeram incursões pelo país afim de destruírem os altares e circuncidarem à força todos os meninos incircuncisos que encontrassem pelo território de Israel. Deram caça aos filhos da soberba e seu empreendimento prosperou em suas mãos. Conseguiram recuperar a Lei das mãos dos gentios e dos reis, e não permitiram que o celerado triunfasse.

Além dessas duas passagens, é possível que Saulo estivesse também levando em consideração a exortação contida em —

2 Macabeus 6:12—13

Agora, aos que estiverem defrontando-se com este livro, gostaria de exortar que não desconcertem diante de tais calamidades, mas pensem antes que esses castigos não sucederam para a ruína, mas para correção da nossa gente. De fato, não deixar impunes por longo tempo os que cometem impiedade, mas imediatamente atingi-los com castigos, é sinal de grande benevolência.

Com esses exemplos tirados da história do povo de Israel e diante da grande expectativa do advento da Era Messiânica podemos entender melhor — não justificar — a motivação que existia em Saulo para arrancar o mal pela raiz daquilo que ele acreditava ser uma verdadeira e grande apostasia.

F. Outro e último aspecto que devemos notar entre as motivações de Saulo para perseguir os cristãos tem a ver com a atitude que os seguidores de Jesus tinham para com o templo em Jerusalém. O templo que existia nos dias de Jesus e de Saulo era uma luxuosa construção, ricamente adornada e que havia demorado 46 anos para ser concluída — ver João 2:20. A área do templo ocupava 1/5 da área total da cidade de Jerusalém. Naqueles dias, o templo em si havia se tornado um polo de atração e muitos judeus espalhados ao redor do mundo estavam retornando para Israel para morar ali, porque acreditavam que agora o templo estava pronto para o advento do Messias. Uma consequência direta desta expectativa é que o templo acabou se transformando em uma verdadeira “vaca sagrada”, além de ser uma extraordinária fonte de renda para aqueles que exploravam os vários negócios atrelados ao funcionamento do mesmo. Entre estes negócios podemos citar:


1. A venda de animais de todos os portes — pombos, ovelhas e bois — era um grande incômodo transportar animais em longas viagens quando o objetivo era ir adorar em Jerusalém. Por esse motivo, foi providenciado o “serviço” de se manter animais cerimonialmente limpos nas imediações do templo para atender às necessidades dos adoradores que podiam, dessa maneira, adquirir os animais que seriam oferecidos em sacrifício em Jerusalém, em vez de ter que transportá-los em longas viagens. A intenção era boa na origem, mas profundamente criminosa no final, pois a grande maioria dos animais vendidos não eram sacrificados e sim reciclados para serem vendidos novamente. Esta é uma perversão muito comum em todos os grandes santuários ao redor do mundo, em todas as épocas.

2. Outra imoralidade que existia no comércio praticado no templo em Jerusalém, tinha a ver com a questão da moeda a ser utilizada na compra dos bens e serviços que eram ofertados. De acordo com o regulamento existente era aceita somente a moeda local — o shekel hebraico. Esta situação era usada para extorquir os adoradores que sofriam grandes perdas todas as vezes que tinham que trocar suas moedas. 

G. Não é à toa que o Senhor Jesus reagiu com firmeza contra esse estado de coisas, não uma vez apenas, mas duas. Uma no início do seu ministério e outra durante a última semana antes da sua crucificação — ver João 2:13—16 e Marcos 11:15—17. Mas a atitude de Jesus ao criticar aqueles estado de coisas não deve ser percebida como se ele concordasse com a desmesurada e idolátrica posição que os judeus mantinham com relação ao seu grande e glorioso templo. A posição de Jesus com relação ao templo em Jerusalém, posição essa que foi bem compreendida pelos seus seguidores era a seguinte:

1. Jesus se considerava, como não poderia deixar de ser, maior do que o próprio templo —

Mateus 12:6

Aqui está quem é maior que o templo.

2. O templo, Jesus ensinou, cumpria um papel temporário. Acerca da disputa que existia entre judeus e samaritanos quanto ao lugar correto para se adorar — monte Sião ou monte Gerizim — Jesus foi categórico ao afirmar:

A hora vem, quando nem neste monte – Gerizim – nem em Jerusalém adorareis o Pai — ver João 4:20—21.

3. Ademais Jesus deixou bem claro o seguinte:

João 4:23—24

Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

Tal tipo de adoração é completamente independente do local onde acontece. Pode ser aqui, ali ou acolá. O local é irrelevante. O importante é a atitude: em espírito e em verdade.

Estes ensinamentos foram apropriados pelos cristãos e falaremos disto um pouco mais adiante. Mas incentivar as pessoas com a ideia de que o templo em Jerusalém não era central para a adoração ao Deus verdadeiro, ainda mais aquele templo suntuoso, digno do mais radiante Messias, era considerado o supra sumo da apostasia. Daí porque Saulo reage com tamanha violência.

OUTROS ESTUDOS ACERCA DA VIDA DE PAULO

Estudo 001 — As Origens de Paulo

Estudo 002 — Paulo e o Judaísmo


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Alexandros Meimaridis


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[1] Assideus — forma grega do hebraico hassidim, os piedosos, comunidade de judeus apegados à Lei. Eles resistiram à influencia pagã desde antes dos Macabeus e tornaram-se a tropa de choque de Judas Macabeus — ver 2 Macabeus 14:6 —, mas sem se subordinarem à política dos Asmoneus — ver 1 Macabeus 7:13. Segundo Josefo, sob o principado de Jônatas, por volta de 150 a. C., eles se dividiram em fariseus e essênios — Nota retirada da Bíblia de Jerusalém, publicada pelas Edições Paulinas, 1ª edição em Língua Portuguesa, São Paulo, 1980.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO E NO PLANO ETERNO DE DEUS – ESTUDO 024 — A PREDESTINAÇÃO DIVINA


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NESSA SÉRIE NÓS ESTAMOS TRATANDO DE DOIS ASPECTOS IMPORTANTES ACERCA DA VERDADEIRA IGREJA: 1) A IGREJA COMO CORPO DE CRISTO; E 2) A IGREJA NO PLANO ETERNO DE DEUS. CONVIDAMOS TODOS OS NOSSOS LEITORES A ACOMPANHAREM ESSA SÉRIE E COMPARTILHAREM A MESMA COM TODOS OS SEUS CONHECIDOS, AMIGOS E IRMÃOS. OUTROS ESTUDOS DESSA SÉRIE PODERÃO SER ENCONTRADOS POR MEIO DE LINKS NO FIM DE CADA ESTUDO.
CONTINUAÇÃO

Efésios 1:4—5 — Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor.
e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade.


1. A pré-ordenação da parte de Deus. Dessa maneira nosso chamamento é sempre um chamamento válido e garantido, pois somos convidados ou chamados ou eleitos de acordo com a pré-ordenação de Deus que decidiu derramar suas benções sobre quaisquer pessoas, movido exclusivamente por Sua própria vontade —

1 Pedro 1:1—2

1 Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia,

2 eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.

Isto tudo, deve deixar bem claro, o fato de que o chamamento dos gentios, para pertencer à igreja, que é o corpo do Senhor Jesus, não é algo acidental ou secundário. Muito pelo contrário. O chamamento dos gentios para pertencerem ao povo de Deus é algo que foi decidido quando Deus estava, na eternidade passada, elaborando todo o esquema da salvação através do Senhor Jesus. É assim que nosso chamamento está conectado com a pré-ordenação de Deus a nosso respeito.

2. Nossa conformação à imagem do Seu filho, o Senhor Jesus Cristo. Quando somos alcançados pelo Evangelho, nós somos convidados a compartilhar a mesma glória experimentada pelo Senhor Jesus —

2 Tessalonicenses 2:13—14

13 Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,

14 para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.

Supondo exatamente o que está sendo suposto pelo apóstolo Paulo, que é o fato de que amamos a Deus, então podemos estar certos de que nosso chamamento certamente resultará na nossa glorificação como filhos de Deus à semelhança do Senhor Jesus. É por esse motivo que o nosso chamamento prova o ponto que diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, mesmo no tempo presente. Todas essas coisas provam que estamos verdadeiramente destinados à glória futura. O conhecimento, a predestinação, o chamamento e a justificação só fazem sentido se o objetivo final for alcançado. E este objetivo final é a glorificação. Mas essa glorificação se concretiza em sermos conformados à imagem do Seu Filho Jesus!!

Jesus é o primogênito da nova criação entre muitos irmãos. Assim, Ele é chamado de cabeça do corpo que é a igreja! Ele é a cabeça do corpo composto por todos os redimidos. Jesus foi o primeiro ser humano a experimentar a ressurreição, algo que representa o surgir para uma nova e definitiva vida, distinta e, em certa medida, oposta à existência terrestre. As pessoas que foram ressuscitadas por Jesus não experimentaram a ressurreição como Jesus. Todas as pessoas que Jesus ressuscitou tornaram a morrer. Jesus, ao contrário, ao experimentar a ressurreição, venceu a morte e foi levantado para experimentar um estado de glória eterna. É neste mesmo propósito que o Senhor nos promete:

João 14:19

Porque eu vivo, vós também vivereis.

Para a adoção de filhos por meio de Jesus Cristo — A adoção de filhos, que recebemos da parte de Deus, não se trata apenas de dizer a mesma coisa com outras palavras como alguns querem fazer parecer, quando ensinam que as doutrinas da eleição, da predestinação e da adoção são “tudo a mesma coisa”. Não é esse o caso. Como vimos eleição e predestinação são doutrinas bastante distintas e o mesmo sucede com a nossa adoção como filhos de Deus.

A palavra grega υἱοθεσίαν uiothesían que é traduzida por “adoção” nunca é usada em referência ao Senhor Jesus, pois Ele é o “Filho Unigênito” — único filho gerado — de Deus. No nosso caso, pela graça de Deus, somos adotados na família de Deus quando Deus nos concede Seu Espírito Santo —

Romanos 8:15

Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai.

No Evangelho de João nós encontramos um excelente comentário acerca da nossa adoção para nos tornarmos membros da família de Deus. Estamos nos referindo a —

João 1:12

Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.

Vamos analisar esse versículo para entendermos melhor o que significa sermos adotados na família de Deus mediante a concessão do Seu Espírito Santo.

Mas, a todos quantos o receberam — Temos sempre que nos lembrar que João escreveu seu Evangelho por volta do ano 90 da Era Cristã. Isso quer dizer que ele escreveu o Evangelho que leva seu nome cerca de 60 anos depois dos eventos terem transcorrido. Quase podemos ver o apóstolo João constatar a triste realidade acerca de que, mesmo depois de sessenta anos, a vasta maioria das pessoas, incluindo judeus, havia preferido ignorar o Senhor Jesus e Sua obra de salvação —

João 1:10—11

10 O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu.

11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.

A grande massa das pessoas em geral e os escribas[1] e fariseus[2] e as castas sacerdotais, concentradas entre os saduceus[3] em particular, haviam frontalmente rejeitado o Senhor Jesus. Independente dessa constatação, João também declara que outras pessoas, poucas é verdade, receberam ou aceitaram o Senhor Jesus. Receber a Jesus significa simplesmente crer em Jesus como fica claramente demonstrado pela parte final de João 1:12. Crer em alguém ou no nome de alguém, neste contexto, significa que confiamos naquela pessoa e no nome que a representa. O nome de alguém expressa a totalidade do ser a quem esse mesmo nome está atribuído. Quando falamos em “crer em Jesus” estamos fazendo uma referência direta à crer em Sua pessoa e na obra de salvação realizada por Ele. A estes que creram em Jesus o próprio Jesus... 

Deu-lhes o poder — Isso quer dizer que recebemos, da parte do Senhor Jesus, o direito ou privilégio de, pela manifestação do Seu poder em nossas vidas, nos tornarmos em algo que não éramos naturalmente. Como o apóstolo Paulo afirma “éramos por natureza filhos da ira como também os demais” — ver Efésios 2:3 —, mas agora fomos feitos, via adoção, em filhos de Deus!

De serem feitos filhos de Deus — Somos chamados de “filhos de Deus” por que:

1. O Pai nos adotou — ver 1 João 3:1.

2. Somos semelhantes ao Senhor Jesus, pois temos o mesmo Espírito Santo habitando em nós – Romanos 8:15.

3. Estamos intimamente relacionados ao Senhor Jesus como verdadeiros irmãos — ver Mateus 25:40 — ao ponto de que a maneira como o mundo nos trata equivaler, realmente, à forma como o mundo trata o Senhor Jesus! Dessa maneira, somos verdadeiramente “filhos do Deus Todo-Poderoso”. 

A saber, aos que creem no seu nome — Crer no nome de Jesus é o mesmo que crer em Sua pessoa —

João 2:23

Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome.

João 3:18

Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

1 João 5:13

Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus.

Esse verso de João 1:12 nos ensina que:

1. Ser um filho de Deus é um grande privilégio que vai muito além de qualquer paternidade humana. Ser filho de Deus distingue o cristão com uma honra que é a mais elevada entre todas as possíveis.

2. É Deus mesmo quem nos concede esse privilégio. Não é fruto de qualquer mérito da nossa parte. É fruto da decisão de Deus derramar esta bênção sobre nós —

Efésios 2:8—9

8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;

9 não de obras, para que ninguém se glorie.

João 15:16

Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
3. Esta bênção é concedida somente àqueles que “creem no Seu nome”. Todos os outros são filhos do Diabo — por assemelhação — e ninguém que não possui exclusiva confiança em Deus concernente a questões do espírito e da vida comum sobre a terra pode ser considerado genuíno filho de Deus. As pessoas sem Deus gostam de se considerar “filhos de Deus”, mas o fato é que Deus não reconhece como filhos aqueles que de forma sistemática e desafiadora não confiam em Deus, aqueles que duvidam e negam o que Deus tem falado bem como aqueles que desprezam o caráter santo de Deus e insistem em ignorar o Senhor Jesus e Sua obra salvadora.

A nossa adoção como filhos de Deus é então a maior demonstração de amor que o Pai pode nos dar. Capítulos inteiros do Novo Testamento, tais como Romanos 8 e Gálatas 4 são dedicados a esse tema — ver especialmente Romanos 8:12—17 e Gálatas 4:6—7. Para o apóstolo João não existe nada mais elevado — ver 1 João 3:1. No mundo em que vivemos as pessoas estão buscando honra e glória e temos um interesse apaixonado por “grandes” homens e mulheres. Mas a grandeza e elevação neste mundo é sempre decadente e transitória. O Senhor Jesus comparou aqueles que são admirados e aplaudidos neste mundo como pessoas que já receberam seu galardão — ver Mateus 6:5. A história do rico e Lázaro e a parábola do homem rico e imprudente com relação a Deus, contadas por Jesus, desnudam de maneira abrupta a realidade que espera aqueles que entesouram para si mesmos e não são ricos para com Deus — ver Lucas 16:19—31 e 12:20— 21. Note que o rico tinha tudo nessa vida — comida, bebida, roupas finas, posição e honra. Lázaro por sua vez era mendigo, estava cheio de chagas e tinha que disputar com os cachorros as sobras dos banquetes que o homem rico dava diariamente. Jesus nos diz que os dois homens partiram desta vida e aquele que era rico, nesta vida, viu-se em um lugar de tormento sem possibilidade de ser consolado. Lázaro, por sua vez, se encontrava plenamente consolado. O mundo em que vivemos não sabe absolutamente nada acerca de verdadeira honra e da verdadeira riqueza! Não entende e não demonstra nenhuma apreciação por essas realidades. Se dissermos a uma pessoa desse mundo que ele pode se tornar em um verdadeiro filho de Deus isto nada significará para ele. Corremos o risco de sermos zombados por acreditarmos em tais “bobagens”. O próprio Filho de Deus, o Senhor Jesus, não foi reconhecido como tal. As pessoas dos Seus dias não viam absolutamente nada de extraordinário em Jesus. Viam somente o filho do carpinteiro. Mas a reação dos discípulos foi bem diferente —

João 1:14

E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.

E nós estamos destinados a compartilhar dessa mesma glória mediante a adoção que recebemos como filhos de Deus!

Note a expressão “para ele” em Efésios 1:5. Paulo diz que Deus nos adota como filhos “para Ele mesmo”, indicando quão exclusivo e amoroso é este nosso relacionamento com o Pai!

Segundo o beneplácito de sua vontade — A palavra grega εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, traduz a idéia de alguém que está bastante satisfeito. A mesma expressão é usada para indicar “boa vontade, boa mente ou agrado” conforme pode ser visto em Lucas 2:14; Filipenses 2:13 e Lucas 12:32. Desses contextos podemos derivar a idéia de que essa palavra denota propósito ou vontade somados a benevolência. Alguns tradutores preferem representar o original grego como: “de acordo com o Seu mais benigno decreto”. Mas independentemente do significado do termo εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, o que nos chama a atenção nesta parte final de Efésios 1:5 é o propósito do apóstolo Paulo de estabelecer o porquê Deus escolheu as pessoas para herdarem a salvação. De acordo com o termo escolhido pelo apóstolo Paulo, essa escolha foi feita por Deus baseada no que Lhe parecia melhor dadas às circunstâncias do caso. Nenhum ser humano detinha nenhum tipo de controle ou influência sobre a pessoa de Deus naquele momento. Nenhum ser humano foi consultado nesse processo. E essa decisão de Deus não foi baseada em qualquer boa obra humana, real ou prevista por Deus. De fato, temos que reafirmar que o mundo nem sequer estava criado quando Deus escolheu aquelas pessoas que iriam herdar a vida eterna. A escolha de Deus não foi uma escolha aleatória baseada na sorte ou numa enorme roleta celestial. O termo εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito, indica que foi uma escolha proposital.

Devido o pecado de nossos primeiros pais todos nós somos culpados e estamos condenados diante de Deus. Por sábias razões, as quais Deus preferiu não nos comunicar, Ele determinou trazer, pelo menos, uma porção de seres humanos à salvação. Para alcançar esse objetivo Deus decidiu não deixá-lo ao acaso. Deus sabia que se dependesse de nós mesmos, todos sem exceção, rejeitaríamos Sua oferta de Salvação e, a menos que um método eficiente fosse utilizado o sangue redentor seria derramado em vão.

Deus, todavia, não revelou às pessoas quais eram aquelas que Ele iria salvar nem a razão porque dentre todos os seres humanos alguns seriam particularmente levados ao céu. Ao mesmo tempo Deus decidiu tornar a oferta de salvação universal; decidiu também tornar os termos da salvação tão simples quanto possível, removendo assim quaisquer motivos justificados de reclamação. Se as pessoas não aceitam o perdão oferecido; se elas preferem buscar satisfação em seus próprios pecados; se não existe nada que possa induzi-las a aceitarem a salvação, então por que reclamam? Se as portas da prisão estão abertas e escancaradas, as correntes que prendem os prisioneiros estão soltas pelo chão e os guardas não estão mais nos seus postos e ainda assim os prisioneiros se recusam a abandonar a prisão em que se encontram, eles realmente não possuem nenhum motivo justificável para reclamar. Temos que nos lembrar sempre que os propósitos de Deus correspondem aos fatos exatamente como eles acontecem —
Efésios 1:11

Nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,

Assim temos que a εὐδοκίαν eudokíav — beneplácito de Deus é o que rege todas as ações de Deus, todos Seus atos graciosos e toda Sua bondade para conosco. E esses atos aparecem na nossa predestinação pela graça, para partilharmos da glória de Deus, juntamente com Jesus e excluem por completo a fé, a santidade e boas obras como motivos para tais atos da parte de Deus. Como disse o profeta Jonas: “ao SENHOR pertence a salvação”! – Jonas 2:10. Jonas estava no ventre do peixe nas profundezas do mar. O que em sã conciência ele poderia fazer para salvar-se a si mesmo?

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A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 022 — O Propósito de Deus em Nossa Eleição: Nos Fazer Santos e Irrepreensíveis
A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 023 — Nossa Eleição e seu Relacionamento com nossa Predestinação

A Igreja Como Corpo de Cristo e No Plano Eterno de Deus — ESTUDO 024 — Nossa Predestinação Divina

Que Deus abençoe a todos.


Alexandros Meimaridis


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[1] Escribas - na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado bem como sua extensão, e faziam isto em detrimento da verdadeira religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados no Novo Testamento tanto em conexão com os Fariseus como com os sacerdotes e anciãos do povo.

[2] Fariseus - Seita que parece ter iniciado depois do exílio babilônico, entre os chamados “Hassidim”, que foram os homens piedosos que se aliaram a Judas Macabeu, para combater os invasores helenistas representados pela dinastia Selêucida, da Síria. Além dos livros do Antigo Testamento, os Fariseus reconheciam na tradição oral, um padrão de fé e vida que deveria ser seguido por todos os judeus. Os Fariseus procuravam alcançar reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tais como: lavagens cerimoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente, os Fariseus eram negligentes da genuína piedade que consistia em: justiça, misericórdia, fé e amor de Deus — ver Mateus 6:1—7 e 16—18; ver também Mateus 23:23 e Lucas 11:42 e, orgulhavam-se em suas boas obras.  Eles mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade, no Hades, seriam novamente chamados à vida pelo Messias, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família de Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência sobre o povo comum. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; e foram, por outro lado, duramente repreendidos por Jesus por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.

[3] Saduceus – Partido religioso judaico que existia nos dias de Cristo e que deriva seu nome da expressão hebraica צדוק — zadok — justo. Os saduceus não aceitavam, como os Fariseus, que a lei ou a tradição oral fosse parte da revelação divina ao povo de Israel. Eles criam que somente a lei escrita, outorgada por Moisés, era obrigatória para a nação israelita. Os Saduceus tinham posições teológicas bem distintas e negavam, entre outras coisas, a crença na: 1) ressurreição do corpo; 2) imortalidade da alma; 3) existência de espíritos e anjos; e 4) predestinação divina, pois afirmavam o livre arbítrio.