sexta-feira, 11 de julho de 2014

EDITORIAL DO HAARETZ CONDENA ÓDIO JUDEU CONTRA OS PALESTINOS


Foto do jovem palestino Mohammed Khdeir assassinado por seis judeus

O material abaixo é um editorial do Jornal Israelense Haaretz. Isso que dizer que não se trata da opinião de algum jornalista e sim da posição oficial do jornal. O editorial foi escrito no dia 9 de julho, ainda quando o Estado “democrático” de Israel impunha uma severa censura aos meios de imprensa e os ataques à Cisjordânia estava ocorrendo com a prisão de mais de 600 palestinos e a morte de cerca de 40 pessoas, incluído mulheres e crianças. O genocídio que está sendo perpetrado contra Gaza ainda não tinha começado, no qual Israel já efetuou mais de 900 ataques e matou mais de 100 pessoas, a maioria mulheres e crianças. Enquanto isso, nenhum judeu perdeu sua vida desde que os ataques de Israel tiveram início.  Segue o texto do Haaretz:

O ÓDIO QUE OS JUDEUS TÊM DOS ÁRABES PROVA QUE ISRAEL PRECISA PASSAR POR UMA REVOLUÇÃO CULTURAL

Sem uma revolução baseada em valores humanistas, a tribo judaica não será digna de possuir seu próprio estado.

Haaretz Editorial

Não existem palavras para descrever o horror alegadamente feito por seis judeus — ver outra notícia por meio desse link aqui: http://www.haaretz.com/news/diplomacy-defense/1.603317 — contra Mohammed Abu Khdeir de Shoafat. Apesar da censura imposta sobre a imprensa que nos proíbe de fornecer detalhes desse terrível assassinato e de revelar as identidades dos alegados assassinos, a narrativa feita pela família do jovem Abu Khedeir — segundo a qual o jovem foi queimado ainda vivo — é suficiente para horrorizar qualquer mortal. Qualquer um que não esteja satisfeito com essa descrição poderá assistir o filme de horror no qual membros da polícia de fronteira do Estado de Israel espancam brutalmente o jovem Tarik Abu Khdeir, que era primo do jovem assassinado por meio desse link aqui: note que o vídeo é brutal e não recomendável para crianças


A polícia de Israel foi rápida em qualificar os assassinos como “extremistas judeus” querendo dizer com isso, que eles não são parte do rebanho e sim pessoas estranhas como “sementes selvagens”. Essa é a forma que a polícia de Israel procura justificar um pecado, ou tenta transformar o que é “kosher em vermes”. Mas o verme é enorme e tem muitas patas. O verme dominou os soldados e outros jovens israelenses que tomaram de assalto as mídias sociais com muitos clamores por vingança e com manifestações de ódio contra os árabes. O verme foi bem recebido pelos membros do parlamento — Knesset —, pelos rabinos e por figuras públicas que exigem vingança. O verme não deixou de infectar nem o próprio primeiro ministro, que declarou o seguinte: “Vingança por meio do sangue de uma pequena criança, que Satanás ainda não criou”.

Os assassinos de Abu Khdeir não são “extremistas judeus”. Eles são os descendentes e os construtores de uma cultura de ódio e vingança que é nutrida e fertilizada pela direção do “Estado Judeu”: Estado esse para o qual todo árabe é um inimigo terrível, apenas porque é árabe; são esses que se calaram durante os jogos Beitar em Jerusalém enquanto um grupo de fãs judeus gritava “morte aos árabes”, para os jogadores árabes; são esses que clamam por uma limpeza étnica do Estado de Israel de sua minoria árabe, ou no mínimo a expulsão dos mesmos de suas casas e das cidades dos judeus.

Não menos culpados pelo assassinato do jovem palestino são todos aqueles que não paralisaram, com mão de ferro, a violência praticada pelos soldados israelenses contra civis palestinos e que deixaram de investigar tais crimes sob a alegação de “falta de interesse do público pela questão” O termo “extremistas judeus” realmente parece mais adequado para uma minoria de judeus que ainda estão em estado de choque e horrorizados por esses atos de violência e assassinato. Mas eles também reconhecem, infelizmente, que também pertencem a uma rancorosa e vingativa tribo de judeus cuja licença para praticar atrocidades está baseada nas atrocidades que são cometidas contra ela.

Processar os assassinos já não é algo suficiente. É necessário que exista uma revolução cultural em Israel. Os líderes políticos e militares de Israel precisam reconhecer essa injustiça e fazer o que é certo. Eles precisam educar a próxima geração, pelo menos com valores humanistas e incentivar uma discussão pública que seja mais tolerante. Sem que isso aconteça, essa tribo de judeus nunca será digna do Estado de possuir seu próprio Estado.

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FIM DO EDITORIAL DO JORNAL HAARETZ

O artigo original do Haaretz poderá ser visto por meio desse link aqui:


Todos os comentários, especialmente os que são fruto de ódio, devem ser dirigidos diretamente para o site do jornal israelense Haaretz por meio do seguinte link:


O fato desse editorial ter sido escrito antes do início da ofensiva contra Gaza torna o mesmo ainda mais emblemático.

Abaixo duas fotos de Tarik Abu Khdeir antes e depois de ser brutalmente espancado conforme o vídeo acima:

Tariq Khdeir

O mais curioso disso tudo é que esse jovem palestino é também cidadão estadunidense. Mas os Estados Unidos, como sempre, se mantêm calados enquanto o genocídio corre solto em Gaza e na Cisjordânia. Aliás acabaram de passar legislação apoiando o direito de Israel se defender de foguetes que não matam ninguém cometendo um verdadeiro massacre genocida contra a população palestina.

OUTROS ARTIGOS SOBRE ISRAEL




















http://ograndedialogo.blogspot.com.br/2013/10/biblioteca-digital-de-manuscritos-em.html

Que Deus abençoe a todos.

Alexandros Meimaridis

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